quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Autoliderança - Somos nós que fazemos o nosso percurso

image.png Na semana passada a Católica Business School, de quem eu sou orgulhosamente ex-aluna, organizou uma conferência sobre a transformação RH, onde se falou particularmente nos desafios da liderança no sec. XXI. Um dos conceitos que mais gosto desta nova forma de trabalhar é o de Auto Liderança. 
Já há muitos anos, passava um anúncio na TV que dizia qualquer coisa como “se eu não gostar de mim, quem gostará?” e para mim a questão é exatamente e tão simples como isto: Somos nós que fazemos o nosso percurso. Somos nós e só nós. Podemos ter sorte, podemos cruzar-nos com muitas pessoas que nos gostam de dificultar a vida. Podemos encontrar outras pessoas que são preciosas e não elevam. Mas na base estamos nós. Somos nós que permitimos que os outros nos puxem ou nos empurrem. Somos nós que temos que nos impor. Somos nós que permitimos a influência dos outros em nós. Não digo que seja sempre fácil. Não é. Mas é possível.
Toda a minha vida sempre fui uma pessoa de partilha. Sempre. Quando criança não tinha problemas em emprestar brinquedos. Enquanto profissional não me importo de mostrar aos outros como trabalho. Primeiro e acima de tudo, porque gosto mesmo de ajudar e depois porque sei que isso não me vai tirar brilho, nem me tornar menos. Não ficarei menos especial por outros aprenderem e fazerem da mesma maneira. Porque sei que amanhã vou continuar à procura de novas formas de me desenvolver.
Auto liderança é isto: procurar desenvolver-nos de forma autónoma e efectiva. Não podemos esperar que a empresa nos recomende fazer algo para desenvolver as nossas capacidades. Temos que ser nós a reconhecer o que devemos trabalhar, mais e menos. Sempre me fez um pouco de confusão ver colegas que não sabem que formação pedir na altura de recolha de necessidades de formação ou na avaliação anual. Eu sei sempre o que necessito de desenvolver. O que temo é que a empresa não tenha disponibilidade para suportar o que necessito, mas aí terei de pensar se devo ou não fazê-lo por mim. Porque hoje estou naquela empresa, mas amanhã posso querer estar noutra e se sinto que há uma formação que devo fazer, que é de facto importante para mim, para as minhas funções, para o meu desenvolvimento, então terei que ser eu a suportar. 
Há cinco anos mudei completamente a minha vida profissional. troquei a comunicação, mais precisamente o jornalismo, pelos Recursos Humanos. Foi um mero acaso, mas que eu decidi abraçar. Podia ter sido um acaso que eu tivesse recusado, mas atirei-me de cabeça e, surpresa das surpresas, descobri que gosto mesmo de trabalhar para e com as pessoas em ambiente corporativo. 
Assim que tive oportunidade, o que decidi fazer? Uma formação de Recursos Humanos para executivos. Saiu-me do pêlo? Sim. Durante um ano não tive sábados, mas foi uma escolha minha. Fiquei mais segura. Conheci pessoas maravilhosas que me inspiram todos os dias. 
Na semana passada fui convidada a ir à conferência que vos falei no inicio desta partilha. Calhou num dia caótico no trabalho. Podia ir ou não ir, ninguém me disse para ir ou não ir. Eu decidi ir e foi mais uma vez uma escolha certeira que me despertou para algumas questões.
Ou seja, somos nós que temos que fazer por nós aquilo que é o melhor. Se temos objetivos, se temos um plano traçado, não podemos esperar que se lembrem de nós. Somos nós que temos que dar corda aos sapatos. Ir, arriscar, suar, TRABALHAR.  
E isto é igual para quem quer evoluir onde está ou mudar para o outro lado do mundo. Pensem no que querem e liderem esse percurso.

sábado, 15 de fevereiro de 2020

Mr. Jensen- precisa-se de mais, por favor



Há reuniões que nos ficam na memória por serem boas. Há outras que nos ficam na cabeça por serem muito más, mas na maioria das vezes, o sentimento é genérico: fazem-se reuniões a mais e não servem para nada na sua grande maioria. AS expectativas são quase sempre baixas, mas depois há momentos que podem valer ouro ou cada milha de avião percorrida. Esta semana tive o privilégio de participar numa reunião que me transformou. Completa e profundamente. Foi a melhor reunião onde alguma vez estive. Pode não vir a mudar a minha vida ou até pode, não sei. Mas mudou a minha maneira de estar de forma imediata. 

Acho que já o disse aqui: 2020 começou demasiado morno para mim. Senti-o logo na passagem de ano, no primeiro dia. Comecei com a motivação e a auto estima em baixo. Um cansaço enorme e violento que originou uma gigante bola de neve. Todos os dias a alimentar-me com menos energia, menos vontade, mais amorfa.

A verdade é que todos nós precisamos de um empurrão de vez em quando e esta reunião de dois dias em Madrid abanou-me dos pés à cabeça. Assisti a intervenções verdadeiramente maravilhosas, de pessoas que sabem bem o que fazem e como tocar os outros e vi o vídeo que aqui estou a partilhar. Vi uma e vi duas vezes e vejo agora outra vez que estou aqui a escrever estas linhas. A educação pela positiva, a atitude positiva perante a vida é TUDO. 

É mais fácil dizer a alguém que não tem jeito ou talento para alguma coisa e dar a dica para mudar de hobbie, desporto ou trabalho, do que pegar e perante a paixão assumida por algo, incentivar e ajudar a desenvolver habilidades. É mais fácil na escola repreender os miúdos que não se enquadram na estrutura do ensino, do que abrir.lhes os horizontes e mostrar-lhes outros caminhos. Todos podemos ser diamantes em bruto, se tivermos paixão por alguma coisa. O reconhecimento vem depois, com muito trabalho feito. O Ronaldo que é o Ronaldo também precisou que alguém acreditasse nele. Tinha talento logo ao início, tinha. Mas seria o que é se não trabalhasse tanto como trabalha? Ainda hoje. Todos os dias. Sem dúvida que não.

Nem todos temos vocação para professor. Nem todos têm capacidade para ser chefe. Ser professor não é só obrigar a seguir a norma. Ser chefe não é mandar. Ser professor é acolher e motivar. Ser chefe e ouvir e desenvolver.   

E quando tudo parece não resultar, é sentir que se fez de tudo para conseguir que isso já vale muito a pena. Porque, uma viagem não é chegar ao destino, mas sim fazer com que cada Km conte!

Há algum Mr. Jensen por aí?

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Bárbara Tinoco - Sei Lá



Voltar a escrever. Centrar-me. Escolher o que me faz bem. Definir o que me faz mesmo feliz e seguir esse caminho. Sem medos.
2020 começou morno. Sem força e pouca motivação.
Não estou a 100%, mas começo a reagir o que já não é nada mau.
Vamos lá 2020. Ainda vamos bem a tempo.

E para começar aqui o ano, escolho esta música que gosto tanto.
Tão simples, tão boa.