A vida é uma maravilha. É mesmo, de verdade! E é por ser assim, tão preciosa e única que é tão fugaz. Nós por aqui somos 5 e somos muitos diferentes! 5 mais um cão e adoramos viver e todos os dias fazemos mais qualquer coisa para sermos mesmo felizes!
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
É tempo de ir ao Circo
Quem tem gente miúda em casa não pode falhar uma das maiores tradições desta quadra natalícia: a ida ao Circo. Na grande Lisboa há cinco alternativas: Circo Internacional Aéreo, no Passeio Marítimo de Algés, Circo Cardinali, no Parque Tejo, Circo Chen, no Parque das Nações, Circo Walter Dias, no Parque da Bela Vista e o emblemático circo do Coliseu dos Recreios. Falei com todas as companhias e em todas à “grandes atracções”, mas apenas ainda assisti ao Circo de Victor Hugo Cardinali, no Parque Tejo. Acompanhada de gente miúda, pois claro, que verdadeiramente apreciou o espectáculo, posso dizer que quando tudo acabou só ouvi dizer: maaiis! Não que seja grande apreciadora de Circo, porque de facto não sou, posso dizer que Victor Hugo Cardinalli tem um bom espectáculo e, mais importante que tudo, deixa os miúdos boquiabertos. E o que seria do Natal sem esse entusiasmo dos pequenos? Fica por isso a sugestão. É tempo disso: vão ao circo!
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ResponderExcluirO Absurdo dos Animais nos Circos
ResponderExcluirNúmero de Elefantes no Circo Victor Hugo Cardinali. Foto: ADI/ANIMALNo seu meio selvagem e de acordo com as suas características fisiológicas e psicológicas, os ursos usados nos circos nunca andariam de bicicleta, os babuínos nunca montariam póneis, os tigres e leões nunca passariam por entre arcos em chamas e os elefantes nunca se manteriam apenas em duas patas. Na verdade, as actuações de animais em circos apresentam uma visão distorcida da vida selvagem e de como aqueles animais são, mostrando sempre animais como caricaturas de humanos ou animais ridicularizados, em situações que lhes impõem uma vida de encarceramento em condições miseráveis e de condicionamento e treinos de grande violência, cujo objectivo é levá-los a executar as actuações que lhes são mais estranhas.
Do Meio Selvagem ou do Zoo para a Depressão nos Circos
Chimpanzé Isolado no Circo Soledad Cardinali. Foto: ADI/ANIMALMuitos dos animais que são usados nos circos foram violentamente capturados no meio selvagem, tendo as suas famílias sido mortas para esse fim. Outros foram comprados a jardins zoológicos, de onde também são separados das suas famílias. Outros ainda são comprados a outros circos. Em qualquer caso, os animais de circo têm sempre passados traumáticos e, fruto da maneira como são mantidos e tratados enquanto são usados para os espectáculos de circo, estão condenados a uma vida de permanente angústia e depressão.
O Stress e os Distúrbios Comportamentais
A ansiedade e o stress resultantes da clausura, do tédio e das muito pobres condições de bem-estar em que são mantidos, e a angústia causada pela violência da condução, do maneio e dos treinos a que são submetidos, fazem com que os animais de circo fiquem com distúrbios comportamentais graves, nomeadamente a repetição permanente dos mesmos movimentos sem sentido, que indicam que os animais estão já alheados do mundo, de tal modo estão perturbados pela sua escravidão no circo. Outros comportamentos estereotipados, como a auto-mutilação, a coprofagia (comem as próprias fezes), o constante abanar da cabeça, o caminharem incessantemente para a frente e para trás ou de um lado para o outro, entre outros, tomam conta dos animais, que necessariamente cedem à pressão e entram num autêntico estado de loucura.
A Violência na Condução, no Maneio, nos Treinos e mesmo nos Espectáculos
Victor Hugo Cardinali a picar elefantes na zona dos olhos e da face durante o espectáculo. Foto: ADI/ANIMALA lição mais importante que os animais aprendem, desde bebés, nos circos é que, se desobedecerem, serão castigados violentamente. Durante todas as suas vidas, tigres, leões, elefantes, ursos, chimpanzés, babuínos, zebras, camelos, girafas, póneis, cavalos, cães e outrosSoledad Cardinali a chicotear um pónei durante o treino. Foto: ADI/ANIMAL animais, vêem os seus momentos de tédio marcados pela apatia que resulta do encarceramento permanente em jaulas pouco maiores do que os próprios animais, momentos que são apenas interrompidos por sessões de treino cruéis, em que o espancamento, o uso de barras de metal, de aguilhões-gancho e de chicotes e a electrocussão são os meios de treino, e pelos espectáculos, onde também há violência. A violência e o medo fazem parte do dia-a-dia destes animais e são os ingredientes para que a actuação destes aconteça.
O Profundo Mau Estar
Quanto mais exóticos e especiais são os animais nos circos, mais Burro pontapeado no Circo Soledad Cardinali. Foto: ADI7ANIMALfechados estão. O lar de qualquer animal num circo é, normalmente, uma jaula pouco maior do que o próprio animal, que é também o vagão que serve para o transportar, e onde o animal passa a maior parte da sua vida, fechado. É frequente as jaulas estarem sobrelotadas, onde os animais mal se podem movimentar, como se as mínimas dimensões destas não fossem já suficientemente más e inadequadas. Animais que, no meio selvagem, correriam dezenas de quilómetros por dia, são forçados a passar quase todas as horas dos seus dias em jaulas exíguas, vivendo muitas vezes sobre as próprias fezes e urina, sem se poderem exercitar, ficando aborrecidos e deprimidos pelo tédio e muito desconfortáveis com a total falta de higiene.
O Transporte, as Doenças e as Feridas não tratadas
Cavalo ensanguentado no Circo Dallas. Foto: ADI/ANIMALDurante o transporte, os animais viajam em condições igualmente pobres, sujeitos a todas as condições climatéricas, expostos ao frio e ao calor, mesmo quando as suas características biológicas colidem absolutamente com estas condições. Acresce ainda o facto de muitos animais ficarem feridos e com deficiências físicas crónicas em resultado do uso das correntes com que são presos durante muito do seu tempo de reclusão. Outros animais exibem ferimentos que nunca são tratados. Mesmo para os animais que têm direito a ser mantidos em espaços pequenos de recreio, como acontece por vezes com cães, póneis, lamas e camelos, é muito comum que, para viagens do circo de uma localidade para outra que demorem apenas uma hora, os animais estejam fechados nos vagões durante mais de dezasseis horas. Para os animais queUrsos a Dançar no Circo Soledad Cardinali. Foto: ADI/ANIMAL nunca têm espaços de recreio, a chegada a uma nova localidade apenas significa que poderão respirar um pouco melhor, pelo facto das suas jaulas/vagão passarem a estar mais abertas (estando fechadas durante as viagens), mas onde continuam a ser mantidos.
Circos com Animais, Espectáculos Degradantes e Anti-Pedagógicos
Exposição circense de primatas e serpentes. Foto: ADI/ANIMALA ANIMAL defende que a utilização de animais em circos, por ser cruel e impor-lhes um grande sofrimento físico e psíquico, não é aceitável e deve ter um fim. Desafia os mais elementares princípios da conservação das espécies – na verdade, os circos com animais estão frequentemente envolvidos no tráfico de animais exóticos – e revela-se um entretenimento mórbido, conseguido a partir da miséria dos animais usados para este fim. Os circos com animais são também espectáculos anti-pedagógicos, onde animais complexos e sensíveis são apresentados como caricaturas de humanos e ridicularizados, levando as crianças – principal público dos circos – a ficarem com ideias completamente erradas acerca de como os animais são.
O Circo Pode e Deve Existir, Mas Sem Animais
A ANIMAL acredita que, enquanto o circo com animais é o pior espectáculo do mundo, já o circo sem animais tem todasPónei extremamente magro no Circo Chen 2. Foto: ADI/ANIMAL as condições para ser o “maior espectáculo do mundo”. Por todo o mundo, companhias de circo tradicional abandonaram o uso de animais e apostaram a sua energia nas actuações de artistas humanos – essas sim, admiráveis. Na corrente do “Novo Circo” – que tem como opção artística ter apenas a participação de artistas humanos –, circos como o “Cirque du Soleil”, o “Cirque Plume” e outras grandes companhias de novo circo maravilham o público em todo o mundo, com os seus trapezistas, malabaristas, actores, palhaços, contorcionistas e outros artistas, que escolheram fazer parte de um espectáculo admirável onde os animais não devem estar e onde só podem estar se forem violentamente forçados a isso.
Boicote os Circos Com Animais
O apelo da ANIMAL é claro: não contribua para a miséria e sofrimento dos animais de circo. Não ajude a que continuem aPónei esbofeteado por trabalhador no Circo Soledad Cardinali. Foto: ADI/ANIMAL ser cruelmente explorados desta maneira. A solução é simples: não visite circos com animais. O sofrimento, o medo e a angústia deles não são espectáculo. Aconselhe todos os seus familiares, amigos e conhecidos a fazerem o mesmo.