Ando com um humor desgraçado. Não tenho paciência para nada nem ninguém. Grito com os miúdos como se fossem um fardo na minha vida, quando na verdade são a minha essência. Ando assim: sem achar graça a nada, sem me contentar com nada. E por isso hoje fiz-me à estrada, que é como quem diz ao passadiço ou ciclovia, ou o que quiserem. Numa semana perdida de Janeiro fiz duas caminhadas e prometi a mim mesma que sempre que o sol brilhasse lá ia eu fazer a dita, que faz um bem danado ao espírito e ao corpo. Mas porque chove, porque o miúdo está doente, porque ela tenha ranhos no nariz, porque é urgente ir ao supermercado, porque tenho roupa para lavar e estender e passar e arrumar. Porque tenho que preparar jantares com antecipação. Porque não me apetece e pronto. Porque não me lembro. Porque não faz parte de mim. De Janeiro a Março passaram dois meses e caminhadas que é bom nem vê-las. Mas hoje fui. Transpirei. Respirei. Oxigenei. E voltei a prometer que sempre que o tempo permitir lá vou eu outra vez mexer o rabiosque e pôr os olhos no mar.
Também quando posso vou caminhar, ficamos relaxadas e com energia para enfrentar o dia a dia.
ResponderExcluirSó custa é começar...
Boas caminhadas!!!
Faz tão bem caminhar, apanhar sol!
ResponderExcluirEnergia da boa! :-)