segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O meu Natal


Teve rabanadas, sonhos e azevias. Mousse de chocolate, de manga e arroz doce. Bolo de noz, de cenoura e chocolate e torta de laranja. Teve bacalhau, roupa velha, cabrito assado e leitão. Teve presentes inesperados (como a bola de pilates oferecida pelo mano e cunhada F a cada um de nós os dois e os chouriços para a piscina para os cinco, da cunhada P), outros previsíveis, mas ansiados e outros maravilhosos como só a minha mãe sabe dar. Teve abraços, beijos e agradecimentos comovidos e sentidos. Teve gargalhadas e gritos de euforia dos mais pequenos até nos doerem os ouvidos. Teve birras de ansiedade, terminadas em sonos repentinos e igualmente rápidos. Teve uma alvorada apressada para ver se o senhor das barbas brancas tinha comido as bolachas deixadas junto à lareira. Teve bom vinho à mesa. Teve família, a importante reunida à mesa, mas também sentada no sofá e até no chão para brincar com os petizes. Teve dores nas costas de cansaço, sono e barriga cheia de doces. Teve uma mesa cuidada e requintada, no início, e manchada de vinho de copo derrubado no fim. Teve gritaria e ralhetes com fartura, para pôr ordem nos mais pequenos. Enfim, teve tudo o que significa ser Natal.

Nenhum comentário: