Tenso. É muito tenso o novo filme de Gavin Hood, o mesmo realizador do comovente e galardoado “Tsosti”, distinguido com o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 2006. “Detenção Secreta” volta a levar-nos até África, mas para falar do terrorismo e do pânico instalado nos EUA após o 11 de Setembro. Passei o filme todo ansiosa para que a história terminasse e quando finalmente chegou ao fim nem me consegui levantar da cadeira. É arrebatador. É forte. Fala da tortura, mostra-nos a tortura. Fala sobre a sinceridade e como às vezes só a mentira nos ajuda. Mais do que tudo, é extremamente humano. Não é um filme sobre a guerra, mas sobre o que todos os dias se passa em países extremistas. Fala sobre a justiça. E o pior é pensarmos no fim, quantas pessoas já não terão passado por tudo aquilo, sem terem uma cabeça que acredite nelas. Aqui, o assunto gira em torno de um americano nascido no Egipto que numa ligação Cidade do Cabo – Washington é apanhado pela polícia por suspeitas de ligação a um atentado terrorista. É pois uma critica feroz à detenção secreta ou rapto extraordinário, legal nos Estados Unidos e que consiste em prender cidadão suspeitos de serem uma ameaça à segurança nacional, sem lhes dar qualquer hipótese de falar com ninguém, e enviá-los para uma prisão no estrangeiro. O filme estreia na próxima quinta-feira, dia 24, e conta no elenco com Meryl Streep, Jake Gyllenhaal, Reese Whiterspoon, Alan Arkin e Peter Sarsgaard. Eu já o vi e gostei muito. Não percam.
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