quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Do 80 para o 8

Nas últimas três semanas estive a trabalhar em casa com os miúdos. Era um verdadeiro caos, sim senhor: ora estava a escrever e eles a “destruirem” tudo à volta, ora estava de volta deles, mas agarrada ao telemóvel para adiantar trabalho, enfim, um 2 em 1 dificil de conjugar. Mas a verdade é que foram 24 horas sobre 24 horas. Sem perder pitada da vida deles. Esta semana começaram a escolinha e eu voltei para a redacção. Birras matinais à parte, que isso todos já estamos à espera, a verdade é que passei de um extremo ao outro. Nesta fase de adaptação aos novos horários, quase que não estou com eles, enquanto eles estão acordados. De manhã, levanto-os no limite, e é sempre tudo a correr: pequeno-almoço, xixis, fraldas, mudas de roupa, etc etc. À tarde, quando os vou buscar, o sono é tanto que mal chego a casa espeto com eles no banho, ao mesmo tempo que ponho o fogão a trabalhar (aquecer sopa e comidas dos mais básico que há). Saem do banho, engolem o jantar e muitas vezes penso que nem acabam de mastigar bem a última colherada. Quando olho para eles já dormem. Fico ali a olhar para eles, com a sensação que estou a perder tanto deles. Adoro ser mãe. Mas mãe à séria. Preparar o lanche, dar banho e brincar, ler histórias, levar ao parque, cozinhar com ela, gatinhar com ele. Hoje, as coisas melhoraram. Ele acordou às 7 horas. Fiquei tão feliz. Dei-lhe o pequeno-almoço e a seguir deixei-o no chão, à vontade. Ele feliz da vida. A brincar com os brinquedos do quarto dele. A gatinhar e a esconder-se. Fez tanto barulho que a mana acordou. E antes de eles irem para a escolinha deles, tive tempo para usufruir deles. Brincaram um com o outro e comigo. Viram desenhos animados sem pressas absurdas. Comeram com toda a calma. Gosto de ser mãe assim, em pleno. De viver com e para eles. E eles são do melhor que pode haver...

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