quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

O Natal


Aborrece-me cada vez mais o consumismo desenfreado do Natal. O comprar por comprar. As filas de trânsito por onde quer que se ande. Os encontrões nas lojas. Os minuto de espera para comprar fatias douradas que estão mais pretas do que nunca porque são muitas as encomendas. A correria para casa dos avós sem ter tempo de atender o telefonema daquela amiga que passa o ano inteiro a aturar-nos.
Pode muito bem ser da idade, ou mesmo do meu mau feitio, mas contem cada vez menos comigo para Natais destes. De que serve comprar coisas para oferecer aos outros quando nem os vemos a abrir os presentes? Quando queremos é despachar a coisa que há toda uma cozinha para pôr em ordem? Mas  quando é que oferecer algo passou de prazer e satisfação a mera obrigação ou cumprimento de calendário?
Para mim Natal é partilha e as melhores coisas do meu Natal foram as manhãs dos domingos de dezembro em que fomos preparando tudo. Foram as músicas de Natal ouvidas enquanto fazíamos a árvore de Natal em conjunto. Foi fazer o presépio e contar a história mais antiga e fascinante do mundo. Foram os presentes feitos pelos meus filhos (na foto) enquanto a nossa Ginja tentava "roubar" sempre alguma coisa. Os serões a falar do que queríamos para sobremesa. Foi fazermos a mousse de chocolate, a baba de camelo, a mousse de lima e os brigadeiros a dez mãos: uns partem os ovos, outros batem as claras em castelo, outros fazer sumo de lima e outros vão à procura de pepitas e formas pequeninas. Foi estarmos os cinco na cozinha uns para os outros. A ouvir os outros. A rir à gargalhada com os bigodes deixados de quem rapava as tijelas! Isto é Natal.
Sim, eu também compro presentes. Sim, os meus filhos pedem este e o outro mundo. Sim, eles só falam da meia noite e contam todos os minutos para poderem abrir os presentes. Mas cabe-nos a nós travar-lhes esse consumismo e acreditem que eles preferem muito, mas muito mais que nos sentemos com eles no chão a explorar o brinquedo novo que acabaram de receber que a desembrulhar mais uma caixa. E o que eu adoro sentar-me no chão com eles a ver tudo de novo na manhã de dia 25 enquanto o tempo parece verdadeiramente suspenso.
Para mim Natal é dar atenção. É oferecer uma camisola e pedir à pessoa que experimente e ver se lhe ficou bem. É usufruir dos presentes dados. Não pode haver pressa para os arrumar, para a casa estar impecável porque no dia a seguir mais família vai chegar e não podemos ter nada fora do lugar. É ficar no chão no meio da criançada a ver o "Sozinho em casa" pela vigésima vez e já saber tudo de cor, mas continuar a rir com gosto! è sair de casa e levar uma sobremesa para o Natal de uma amiga de quem gostamos.  É comer o Arroz Doce que só a minha mãe sabe fazer tão bem e dizer mil vezes que está maravilhoso. É esperar ouvir alguém perguntar a receita do que levámos e ficar na expectativa do que os outros levam para partilhar.
É estarmos lá, verdadeiramente.

domingo, 2 de dezembro de 2018

Ginja update!

Na próxima semana a Ginja completa quatro meses e nós completamos dois como família adoptiva de um cão! Quem diria!
Já temos algumas coisas ruidas, já se estragou muita roupa nesta casa que os dentes de leite da Ginja mais parecem agulhas. Apanhei montes e montes (literalmente) de cocós e limpei xixis que nunca mais acabam, mas o balanço é tão positivo. Gostamos tanto dela. Ela gosta tanto de nós. Ela percebe-nos tão bem! É muito meiga, mas muito brincalhona e arisca também. Faz-nos rir. Faz-nos correr atrás dela e do que ela leva na boca. Agora descobriu o divertido que é correr pela casa com uma ponta de papel higiénico na boca até acabar o rolo. Faz-nos sentar no chão e dar-lhe comida à boca, um modo mimo puro. Faz-nos pegar nela ao colo e deitar com ela no tapete a brincar. Já se tornou parte da família, mas já não estamos constantemente a lembrar que ela está sozinha em casa, numa preocupação desmedida como estávamos no inicio, sem conseguir ir a lado nenhum de tanta preocupação. Ela já se habituou. Nós já nos habituamos.
Está enorme e adora comer as côdeas das torradas da manhã. Quase passa o dia inteiro sem comer, por não estarmos com ela. Quando chegamos come toda a ração que lhe damos e mais houvesse! Adora fugir para dentro do duche. Nós adoramos o cheirinho com que ela fica quando a limpamos com os toalhetes que comprámos especialmente para ela, enquanto não pode tomar banho a sério. Ainda não pode ir à rua, mas já não falta tudo. Antes do Natal vai dar o primeiro passeio! Adora jogar à bola logo às sete da manhã e pouco lhe importa que seja domingo ou feriado. Os miúdos lutam todos pela maior atenção dela e quase temos que fazer escalas para lhe dar biscoitos cada vez que faz alguma coisa bem!
Somos seis, não temos um minuto de sossego, mas somos mais felizes por termos a Ginja na nossa vida.

Uma festa tropical em Novembro? Why not?!

Não queria deixar fechar o mês de novembro sem trazer aqui a festa da Matilde, mas foi completamente impossível. A verdade é que só passaram duas semanas e por isso acho que ainda vou muito a tempo de partilhar a festa da miúda! Há muito que ela tinha decidido na sua cabecinha que queria uma festa de ananáses e flamingos. Eu assobiava para o lado, porque achava que passando o verão, ela mudasse de ideias. Pois que nunca mudou e eu também não tentei uma única vez mudar. Porque raio alguém que nasceu em Novembro não pode celebrar o aniversário com uma festa tropical? Bem pode chover lá fora, mas dentro de casa há todo um mood verão para viver, pois claro!
As cores estavam automaticamente escolhidas: rosa e amarelo e fomos coleccionando apetrechos que fomos encontrando aqui e ali para fazer da mesa um verdadeiro cenário de verão. Eu gostei muito e ela adorou!
Fui buscá-la à escola com um mega balão de Flamingo que a fez sorrir como só ela sabe sorrir. Não aparece nas fotos porque o colocámos à porta de casa, para a chegada dos avós e da amiga do coração que vinha jantar connosco e ficar para o dia seguinte, o dia da festa com os amigos da escola.
No dia dela éramos por isso poucos, só 8, e por isso a mesa ficou pronta num instante. Era dia de semana e não havia muito tempo para grandes cozinhados, mas acho que resultou na perfeição! Encomendamos pizzas, como ela sugeriu e demos-lhe toda a atenção que ela merece e no fundo isso é que conta.
As miúdas fizeram um acampamento na sala e dormiram cansadas de tantas gargalhadas. No sábado, vieram mais duas amigas almoçar e à tarde lá fomos para a festa cheia de desportos e insufláveis para gastar todas as energias que ainda sobravam!

domingo, 14 de outubro de 2018

A Ginja


Há muito que queríamos ter um cão. Há muito que os miúdos nos pediam um cão. Há muito que achávamos que os miúdos deveriam ter um animal de estimação, mas um que lhes trouxesse verdadeiro amor e também responsabilidade. Por mais engraçado que fosse ter um peixinho no aquário, não os iria transformar, não iriam receber um abraço nem ia mostrar uma enorme alegria quando os visse regressar a casa. Até lhes podia trazer alguma responsabilidade, mas o retorno iria ser pouco. Um passarinho também não melhorava muito e um gato continuava sem reunir consenso. A verdade é que, há muito que queríamos mesmo um cão!
Mas assim queríamos, assim diziamos que não dava. Que passamos muitas horas fora de casa, que o cão ficaria sozinho, que vivemos num apartamento e um cão precisa de uma casa com jardim, que no inverno seria uma chatice ter que o ir passear com frio e chuva à noite e de manhã cedo, que depois não tínhamos onde o deixar quando quiséssemos ir de férias. Respondiamos tudo isto e claro, os miúdos apresentavam um monte de soluções descomplicadas, como só as crianças sabem fazer. E lá íamos nós empurrando o assunto para o depois, para mais tarde.
Mas a vida não espera e se formos a querer o momento ideal nunca teríamos um cão, nem nunca teríamos tido filhos na verdade!
Com um conjunto de coincidências, na quinta-feira da semana passada atirámo-nos de cabeça e ficámos uma cadelinha Labrador de 2 meses. Um amor. Uma amor tão enorme ao qual não conseguimos resistir. Qualquer dia os miúdos tornavam-se adultos e diriam que nunca tiveram um cão na vida. Queríamos ouvir isso?
A Ginja chegou à nossa familia no dia de anos do Miguel. No dia em que coincidentemente fez também ela 2 meses. No dia em que se celebrava o Dia do Animal de Estimação.
Têm sido dias super intensos. Por ter chegado à nossa família num fim-de-semana grande e de festa, começou logo por ser um quebra cabeças. Como podíamos ir passar o fim-de-semana fora com um cão? Numa pesquisa rápida encontramos um monte de ofertas de hotéis que permitem animais de estimação. E lá fomos nós. Ela super bem comportada sem dar trabalho nenhum, sem fazer barulho, a dormir horas a fio aos nossos colos e no carro.
Nunca chorou à noite. Fica na cozinha e ora está a dormir na sua caminha ora segue viagem para debaixo da mesa para mais uma soneca. Quando nos vê de manhã faz uma festa tão grande que chega a ser comovente. Já começa a fazer xixi no resguardo que lhe comprámos, mas sim, também faz xixi aqui e ali sem grande cerimónia. Dá sinal de querer fazer cocó e já sabemos que quando chora e anda às voltas sem parar é para isso. Levamo-la à varanda e é certinho!
Para já não pode ir à rua e só passaremos à fase dos passeios no ano novo, pelo que a varanda é uma optima solução para ela correr e brincar com a bola como tanto gosta.
Adora roer chinelos e atacadores dos ténis e até agora ainda não fez nenhum estrago.
Queria muito que continuasse assim. Os miúdos competem a atenção dela, mas espero que ao entrar na rotina a deixem descansar mais um bocadinho. O Francisco começa a deixar de ter medo de cães e não só está sempre de volta dela, com festinhas e a pegar-lhe ao colo, como já brinca com outros cães na rua.
A nossa família ficou mais rica, sem dúvida, e isso deixa.me muito serena, apesar de todo o trabalho que ter um cão bebé em casa dá!

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

É segunda-feira e estamos cá para ela!

Go!


Se é para trabalhar que seja em bom. Não queremos ser mais um, queremos ser os melhores, certo?
A semana está ai e temos que a agarrar. Bom dia e boa semana!

domingo, 9 de setembro de 2018

Nutwood - uma razão gelada (e tão boa) para ir à Ericeira

Foi a grande novidade de Verão na Ericeira no que toca a gelados: a Nutwood instalou-se a meros 100 metros a norte do muro da Praia dos Pescadores da Ericeira e vale cada passinho que se dá para ir comer um gelado!
A marca é portuguesa e nasceu há cerca de dois, três anos, em Torres Vedras e chegou neste Verão à Ericeira. Tanto orgulho no que é nacional!
As receitas seguem os segredos dos gelados italianos e eu garanto são os gelados mais cremosos que já comi! Há uma enorme variedade de sabores e são todos fabricados de modo artesanal a partir de fruta fresca ou frutos secos, o que faz com que a oferta seja diferente de semana para semana, mês para mês. O meu preferido é o de snickers, que vêem na foto, mas avelã, manga, limão e chocolate vêm logo a seguir!!! A loja é simpática e não esquece os clientes de quatro patas, com um espaço à porta para que também eles se possam refrescar. Não tem esplanada (parece que a de Torres Vedras tem!), mas ainda bem, porque assim damos uma volta pela vila de gelado na mão e não fica tanto peso na consciência, para que possamos voltar ainda mais vezes!
As noites ainda estão boas pela Ericeira e assim, as desculpas para ficar em casa são ainda mais difíceis de encontrar...
O que estão a pensar fazer neste domingo?

sábado, 8 de setembro de 2018

O "velho" Bongo tem nova receita mais saudável


Com o regresso à escola voltam as dores de cabeça com os lanches a preparar para os mais pequenos. Todas as mães procuram encontrar snacks diferentes e fáceis de organizar na correria do dia-a-dia e, mais importante que tudo o resto, que sejam saudáveis. A equação nem sempre é fácil de resolver, mas cá por casa temos marcas amigas que nos acompanham o ano inteiro: no recreio da escola, no lanche dos jogos de futebol, ou nos piqueniques na praia. O Bongo é uma dessas marcas amigas e tem uma nova receita que me deixa mais descansada.
Os miúdos sabem que não podem beber sumo todos os dias. Para a escola só podem levar uma vez por semana e ao fim-de-semana, ou em festas, podem beber também, mas não qualquer um.

Disponível em cinco sabores diferentes: 8 frutos, Laranja, Maçã, Manga e Banana, o novo Bongo é composto por 80% de fruta e 20% de água, sem adição de açúcares e sem ingredientes artificiais. Nutricionalmente mais equilibrada, a nova receita contém apenas os açúcares naturalmente presentes na fruta. Excelente notícia, não?!
Cá em casa somos todos fãs e foi por isso que ficaram radiantes com a chegada desta caixa "tesouro" que a marca nos enviou para conhecermos a nova história Bongo. Obrigada!

E vocês, que marcas fazem parte da vossa vida?

Livro do fim-de-semana #42


Quem tem medo de ratos ponha a mão no ar!
De certeza que são muitos por aí de braços esticados, por aí e por aqui que também não simpatizamos nada com esse bicharoco. Nem de ratos, nem de aranhas, baratas... nada!


Mas deste livro ficámos fãs quando em Junho deste ano o encontrámos na Feira do Livro de Lisboa. o "Grande Livro dos Medos de Emily Gravett do Pequeno Rato" é um livro que merece muito a pena folhear. Não tem uma história soberba, aliás, podemos ser nós próprios a construir e completar a história com as nossas próprias vivências, mas tem pormenores de ilustração e acabamentos espectaculares. Parece estar todo ruido, parece antigo, tem recortes de jornais, fotos agarradas só por um cato que por baixo escondem outras imagem. É giro, mas mesmo giro. E como o título deixa adivinhar fala dos medos. Medos que todos conhecem, como os medos dos ratos, das aranhas, das alturas, dos monstros e do escuro, mas medos que muitos de nós nem sonha que alguém pode ter. Alguém sabia que há quem tenha medo do barulho? De dormir? De Tomar Banho? Pois é, este livro revela uma fobia por cada página e convida a todos os leitores a fazerem desenhos e a escreverem sobre isso. No fundo, é uma espécie de "Quem canta seus males espanta". Até pode ser que ao falarmos sobre os nossos medos, eles fiquem mais pequeninos e quem sabe, até desapareçam!

Recomendado pelo Plano Nacional de Leitura Ler+, o livro tem autoria de Emily Gravett,e pertence aos Livros Horizonte e é a nossa recomendação de leitura para este fim-de-semana.

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Sair da zona de conforto e voltar a estudar


Terminei a minha licenciatura em Ciências da Comunicação com 21 anos e logo no ano seguinte decidi fazer uma pós-graduação em Comunicação Institucional. Comecei a trabalhar no verão do terceiro para o quarto ano da faculdade. Tinha uma sede imensa para entrar no mercado de trabalho e começar a pôr em prática o que ouvia na teoria. Sempre adorei aprender e trabalhar também significava e continua a significar aprender. Tirei o curso que quis. Era o que sonhava desde os meus 10 anos. Gostei, mas soube-me a pouco... tenho que confessar. Pensei em fazer outro, mas dediquei-me ao trabalho e à família que fui construindo.
Veio a crise e deixei o jornalismo que há muito vivia em crise. Fui parar assim meio de sem querer, mas de forma plena e consciente, aos Recursos Humanos e fiquei completamente rendida à área. Primeiro porque consegui aproveitar muitas valências das minhas formações em comunicação e depois porque aquilo que me levou ao jornalismo foi "ouvir as pessoas e as suas histórias" e os Recursos Humanos são o quê na sua essência? Conhecer as pessoas. Dar atenção às pessoas. Estar com as pessoas e saber ouvi-las mesmo quando nada dizem.
Foi há quatro anos que abracei este nova faceta profissional e não me arrependo nada, em dia nenhum. De tal forma que considerei que devia apostar mais na minha formação nesta área. Não me bastava o trabalho do dia-a-dia deveras intenso. Precisava mais. De aprofundar. Saber mais. Seguir em frente. E foi por isso que me fiz à estrada e voltei à Universidade, mais precisamente à Universidade Católica no inicio deste ano.
Se trabalhar e ser mãe de três crianças já não é fácil, acrescentar um curso aos nossos dias durante um ano, não é propriamente a salvação! Mas foi a melhor decisão que tomei em toda a minha vida, porque é muito, muito enriquecedor.
Na véspera de começar o curso, no dia antes e no próprio dia antes de sair do trabalho e ir, estava super nervosa e só pensava que não me devia ter inscrito. Que devia estar sossegada, que estava bem, para quê complicar? Mas nesse mesmo dia e nos dias seguintes comprovei que tinha sido a decisão certa não só para mim, mas também para dar o exemplo aos meus filhos. Nunca devemos parar de estudar, nunca!
É verdade que os miúdos já não são bebés, mas exigem muito trabalho. Acho que cada vez mais, com a entrada na pré-adolescência, por exemplo, precisam de mais acompanhamento e um curso que me obriga a estar ausente um sábado inteiro de duas em duas semanas pode tornar-se pesado...
Mas por outro lado, sinto esse tempo como meu e isso já não acontecia há muito e, a verdade tem que ser dita, fico mais pre disposta a aproveitar melhor os domingos! Há tempo para tudo e tempo para todos. Há. Basta querer. O trabalho doméstico tem que  fazer de igual modo e distribui-se pela semana inteira e os domingos são para eles os quatro e ganham mais significado.
Estou a gostar tanto do curso que estou a fazer, mas tanto, não só pelos conteúdos, mas sobretudo pelas pessoas que se conhecem... lá estou eu com as pessoas, que já tenho outros debaixo de olho! Mas para já, até Dezembro estou entregue a este... o resto logo se verá?
E, se me permitem, um conselho às mães e pais que querem voltar a estudar. Vão. Não é fácil, mas mesmo por isso, sabe muito bem. É uma decisão que tem que ser feita em família, porque rouba tempo a todos, mas compensa. Desafiem-se e acreditem que tudo se encaixa.
Este regresso à escola vai ser vivido mais intensamente, porque regressam eles e regresso eu também. Que venham os dias de estudo!

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Setembro


Setembro é um dos meus meses favoritos do ano. Para muitos significa o fim da boa vida, o fim das férias, da praia, dos dias sem horas. Mas para mim Setembro significa recomeçar com toda a força que isso tem: novos planos, novas decisões, cabeça limpa pelas ondas do mar. Vejo Setembro como um Janeiro quente!
Vivendo num sitio de praia, Agosto é um mês caótico, sem lugares para estacionar, restaurantes cheios, barulho até mais não. Se no inicio de verão sabe bem o movimento, no final já ninguém aguenta e sabe bem entrar em Setembro e ter a vila de volta a quem cá mora o ano inteiro.
Estamos de férias esta semana, sem grandes planos, a não ser estarmos todos juntos, reencontrarmo-nos, ouvirmo-nos e prestarmos atenção uns aos outros. É assim uma espécie de paragem no tempo entre a loucura que é o Verão e as férias grandes dos pequenos e o regresso às rotinas e aos horários apertados.
Os miúdos estiveram fora de casa dois meses inteiros e agora que regressaram a casa nem vontade de ir à rua têm. As manhãs são lentas, preguiçosas. Pedem para ficar em casa. Gostam de estar no quarto, entre as suas coisas. Temos andado a preparar o regresso à escola com calma, sem stress algum: um bocadinho cada dia e até disso tiram um enorme prazer. Como eles dizem (e nós também o dizíamos): o melhor da escola é a compra dos materiais novos!
Que Setembro seja doce e sereno!

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Inspiração para o quarto do Francisco


Em Janeiro enchemos o peito de ar, tiramos TUDO do quarto do Francisco e da Matilde para o transformarmos num quarto de meninas. Apesar da idade muito próxima do Francisco e da Matilde não fazia sentido continuarem a partilhar o mesmo espaço e a Carolina estar num quarto sozinha. Agora temo um quarto para rapaz e um quarto para raparigas. A nossa ideia era em Fevereiro tratar do quarto dele… mas perdemos o fôlego. Ele efectivamente mudou-se para o outro quarto, mas não tratamos da decoração, nem pintámos as paredes. Pensámos em Março… adiamos para Abril. Enfim o tempo foi passando e não mexemos mais no quarto dele.
Setembro sabe a recomeço. É um janeiro de pele bronzeada e por isso agora sim, apetece-me tratar do quarto do miúdos. Já comprámos algumas coisas como o Mapa Mundo para a Parede. Desde que temos o Mapa Mundo em Ardósia na parede da Sala que os miúdos adoram fazer perguntas sobre todos os países ao jantar. E por isso sabiamos que ia gostar da ideia d eter um outro mapa no quarto. Mas, para além disso o que ele mais quer é ter as bolas de futebol todas ali e por isso, a decoração andará ali entre o mapa mundo e o futebol, e julgo que resultará muito bem.

Tenho andado à procura de inspiração pelo Pinterest e fiquei absolutamente vidrada na ideia de ter umas prateleiras com rede para arrumar as bolas de futebol. A ideia de as colocar atrás da televisão onde ele joga Playstaion também me parece ideal. Ou fazer uma prateleira grande junto ao teto para as colocar todas em linha...
Adoro o verão, como todos lá em casa, mas chega a esta altura e começo a sonhar com o regresso a casa e em fazer alterações. Quem não?






segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Quiche sem Natas, mas com queijo Quark

Isto de não ter filhos em casa durante as férias de verão também é óptimo para inventar na cozinha. Não é só uma questão de pôr os jantares a dois em dia, é uma questão de fazer comida que à partida a pequenada põe de lado e nós acabamos por não fazer.
Desde que eles estão nos avós que fizemos caril de gambas, caril de tamboril, batata doce recheada com salmão e espinafres, noodles de lulas e legumes... enfim, uma série de pratos diferentes daqueles que fazemos no dia a dia da nossa vida real.
Desta vez decidi fazer uma quiche para o jantar, aquele jantar que parece muito saudável, mas que por ter natas não é assim tão bom para as dietas. Ou não era, porque desta vez troquei as natas pelo queijo Quark e ficou maravilhosa! Tão ou mais cremosa do que costuma ficar quando faço com natas. Garanto que não volto a fazer com natas!
Não segui nenhuma receita e fiz assim:

Recheio:
4 ovos
1 embalagem de queijo quark
1/2 pacote de queijo mozarela
1/2 bacon cortado aos pedacinhos
Ervilhas
Tomate e orégãos, para decorar.

Quem alinha em experimentar?!

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Tavola Calda


Este ano andamos um pouco tímidos em saídas a dois, aproveitando o facto dos miúdos estarem de férias com os avós. Vamos-nos arrepender, já sabemos. Mas andamos de tal forma cansados que nos sabe bem voltar para casa após o trabalho e não ter que pensar em muita coisa, inclusivamente em voltar a sair para jantar.
Mas começamos a deixar a preguiça de lado e esta semana lá fomos experimentar a pizzaria Tavola Calda em Algés, da qual nos disseram maravilhas.

Gostámos. Gostámos sobretudo porque nos fez lembrar a nossa Lua de Mel em Roma onde comemos as pizzas mais fininhas e simples e maravilhosas de toda esta vida. Também na Tavola Calda a massa é finissima e não há muitas misturas de ingrediente: “3 é a Conta que Deus fez” e parece ser esse o segredo do sucesso no que toca a misturas.
O atendimento é simpático e o espaço bastante simples e agradável, inclusivamente com estacionamento fácil, o que é um achado em Algés!
Como foi um pouco por improviso, não tinha feito reserva e conseguimos mesa sem dificuldades, mas 15 minutos depois estava completamente cheio!

Para quem vive ali perto, ou trabalha como é o meu caso, é sem dúvida um restaurante a repetir várias vezes. E apontem na agenda: ao almoço têm menus de 10 euros que inclui a Pizza, uma bebida e um café.

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

E lá fomos nós ao Sol da Caparica


A promessa estava feita à Matilde há um ano: este ano iamos todos ao festival Sol da Caparica, no dia dedicado às crianças. Os irmãos mais velhos já tinha ido com amigos e vinham sempre cheios de novidades e a miúda não se calava com a injustiça de nunca lá ter postos os pés.
Neste domingo lá fomos os quatro: eu com os três pintainhos, de mochila às costas e chinelos no pé para umas horas de diversão, entre música, insufláveis e demais jogos para todos os gostos e idades.
O Festival está muito bem organizado e sem dúvida que este dia dedicado aos mais pequenos foi uma óptima ideia porque todos os anos enche e faz a pequenada feliz. Só foi pena este ano estar um calor de ananáses como convém para um domingo de Agosto, mas que para um festival de miúdos que não querem parar um segundo à sombra de uma árvore, se tornou complicado de gerir!
A oferta é enorme e passa-se perfeitamente bem um dia inteiro por ali, a assistir a mini concertos, a ouvir estórias, a construir marionetas, a experimentar insufláveis para todos os gostos e feitos, a ter aulas de skate, a fazer jogos tradicionais e a levar com mangueiradas de água volta e meia, meia volta tal o calor abrasador. Há montes de coisas a acontecer ao mesmo tempo e há tempo que sobra para fazer tudo!
Nós não ficámos até às 17h, hora de fecho do festival. Assim como lhes tinha feito a promessa de irmos, também eles me prometeram que saiam sem birras mais cedo, para nos juntarmos ao resto da família na praia. E assim foi. Eu cumpri e eles também cumpriram. Não assistimos ao concerto da Rita Guerra que foi cantar os clássicos da Disney, mas estivemos nas primeiras filas a ouvir as Canções da Maria. Os meus três miúdos são super fãs da Família da Maria e sabem as canções todas de cor, o que se torna valioso quando por vezes surgem algumas dúvidas nas matérias escolares, em especial em História de Portugal! Ficámos também a conhecer "O Gato Pintor", projeto que junta Manuel Paulo e João Monge e que arrancou gargalhadas aos mais pequeninos.
Tirámos fotografias, ganharam brindes de algumas marcas presentes, correram e brincaram e eu, que não me apetecia nada estar ali devido ao imenso calor que se sentia, num domingo perfeito de praia, saí de lá de coração cheio, por saber que estavam felizes.
O bilhete é super em conta: cada miúdo (e adulto) paga 2 euros e pode andar em tudo. É sem dúvida um dos eventos a marcar na agenda para quem miúdos pequenos e não se importe de trocar a praia por um dia no Parque!

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Aretha Franklin - Respect [1967] (Original Version)



Porque era uma das vozes femininas mais inspiradoras de sempre. Porque esta é uma das minhas músicas preferidas. Porque se perdeu hoje. Mas porque permanecerá para sempre. Aretha Franklin. Respect.

O Bolo de Iogurte da Minha Mãe


Pode parecer o bolo mais simples de fazer e de facto a minha primeira experiência na cozinha foi a fazer um, o que prova de que facto é fácil de fazer, mas não há ninguém que faça um Bolo de Iogurte tão bom como o da minha mãe!
A receita não tem nada que saber e é a mesma há anos e anos, mas nas mãos da minha mãe ganha um toque especial. Fica muito alto e fofo e quando se começa a comer desaparece num instante! a minha mãe dá a receita a todas as pessoas que lhe perguntam como se faz. Todas repetem, tudo certinho, mas ninguém consegue um bolo tão bom como ela!


Talvez por eu gostar tanto (sempre foi o meu preferido desde muito pequenina) e de estar sempre a fazer, sobretudo nos fins de semana de inverno (sabe tão bem acordar a casa com o cheirinho de bolo no forno aos domingos…), este é claro o bolo preferido dos meus filhos. Eles que são super gulosos e não são esquisitos a cremes e recheios, se houver Bolo de Iogurte, sobretudo feito pela minha mãe, é a primeira escolha e é sempre o que pedem para levar para a escola em dia de aniversário.
Agora que os miúdos estão de férias com os avós, a minha mãe faz um bolo dia sim, dia não. Mas não se alarmem as mães que controlam com rigor as calorias ingeridas da criançada. Para além dos meus miúdos não pararem um segundo nas férias de verão, entre praia, piscinas, bicicleta, jogos de bola, apanhada e escondidas, o que permite alguns exageros nos doces, a minha mãe trocou há uns largos meses o açúcar refinado por açúcar amarelo, o que o torna mais saudável e lhe dá uma cor amarelo torrado e um sabor ainda mais especiais.  


Fica a receita para quem quiser fazer;
1 iogurte simples
3 copos de iogurte de farinha
3 copos de iogurte de açúcar amarelo
4 ovos (preferencialmente caseiros)
½ copo de óleo
1 colher sobremesa (mal cheia) de fermento


Mexer tudo e levar ao forno durante 30 a 35 minutos, numa temperatura à volta dos 180º.


Depois de feito, desenformar, mas deixar no forno para manter o calor!
Et voilá, têm o lanche perfeito quando regressarem da praia!

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

DIY do Dia #62 - Diários de Viagem


Tal como a grande, grande maioria de nós, desde que as fotografias passaram a cartão digital a ideia de imprimir e fazer álbuns começou a ficar apenas em projecto. A verdade é que por mais que pensemos em fazê-lo, na hora de imprimir as fotos são tantas (só poupávamos em disparos quando o rolo tinha que durar a viagem toda!), que o orçamento para pôr tudo em papel acaba por ser um entrave. Para quê gastar dinheiro em imprimir se as podemos ver no computador?
Mas a verdade é que abrir um álbum em papel tem uma aura mágica que uma pasta digital não tem. E até se pode mandar imprimir em formato digital, em fez que colar foto a foto em páginas em branco. Eu gosto dos dois formatos...mas fazer tudo á mão, com fotos cruzadas com apontamentos e recortes colados com washi tape enche-me as medidas dos projectos DIY.  

Confesso que tenho muitos álbuns em atraso. Para terem uma ideia, dos batizados dos meus miúdos só tenho um álbum em papel. Adivinhem de quem? Da mais velha, claro. Os filhos mais novos são tão prejudicados nestas coisas...!
Todos os anos digo para mim mesma que tenho que imprimir. Que tenho que fazer. Todos gostam de pegar e ver e não é justo só uma filha ter.
Para além dos álbum dos batizados, também gostava muito de ter tempo de fazer álbuns de diferentes viagens. Tirando Itália, da viagem de Lua de Mel que fizemos a Roma, Veneza e Florença, não tenho mais nenhuma viagem em papel. E é uma pena.
A Viagem a Cuba está no Disco Externo, a da Costa Rica, também. Idem para a viagem a Menorca, São Miguel, Biarritz, Madrid e tantas e tantas outras. E para além das fotos, de todas as viagens gosto de trazer os bilhetes de transporte e entradas em monumentos, cartões de restaurantes, folhas de árvores, o que são óptimos acrescentos às fotografias em si e resultam muito bem como testemunhos nos Diários.


Andei a pesquisar e o que não faltam são ideias deliciosas para fazer alguns de viagem em papel. E acho que por exemplo podem ser o mote para um presente de Natal, ou de aniversário de casamento muito personalizado.

Quem vai aderir? Acho difícil resistir a estes DIY...  
AS fotos foram todas retiradas do querido amigo "Pinterest"-





quarta-feira, 8 de agosto de 2018

A febre dos Parques Aquáticos


Cá em casa fomos atingidos pela Febre dos Parques Aquáticos e julgamos que é algo que não se cura assim tão facilmente. Vai daí que ainda agora viemos de férias e já estamos a fazer um potinho para mais um internamento em escorregas de água. Há quem tenha que ir todos os anos às termas. Parece que nós teremos que ir todos os anos a um parque aquático!
Quando era criança já tinha tido uma febre assim, repetidamente todos os verões lá tinha que ir mergulhar ao Onda Parque (na Costa da Caparica) e ao AquaParque no Restelo, onde aconteceram aqueles terríveis acidentes com as duas crianças. Não sei se foi a partir daí, senão (não consigo mesmo lembrar-me) desliguei-me do divertimento dos escorregas de piscina. Até ser mãe de crianças que começam a prestar atenção a anúncios e cartazes.
Julgo que foi há dois anos que nos estreamos nestas andanças, enquanto país, com uma ida às Piscinas de Santarém. Depois foi o Zoomarine e este ano lá cedemos aos pedidos e fomos parar ao Slide&Splash e deixem que vos diga: foi a melhor terça-feira deste verão para esta família de 5! Que divertido!!!
Não sou pessoa de gostar de grandes velocidades. Tudo aquilo que sinto fugir-me ao controlo, desagrada-me. Não sou fã de montanhas russas nem de kamikases. E quando chego a um parque aquático não me atiro para a primeira fila que encontro. Aliás, agora que os miúdos já estão mais crescidinhos, quase que são eles que me garantem que não há problema em ir naquele escorrega que não é muito rápido. Eles querem experimentar tudo, eu sou mais de observar e fico mais na retaguarda, mas andei em quase todos… quase! A miúda mais crescida só não conseguiu andar em todos (super atrevida nestas andanças) devido ao tempo que se perde nas filas, o maior senão da experiência.  Ficar numa fila mais de meia hora para escorregar 2 minutos é um desperdício de tempo e por isso, depois de começarmos a ver as horas a fugir, andámos sempre para baixo e para cima naqueles que tinham filas mais pequenas. Ainda fomos em Julho e o ambiente estava tranquilo, apesar de muito cheio, e por isso nem quero imaginar como será em Agosto.
Os bilhetes não são a coisa mais acessível do mundo. Para uma família de 5 são caros, mas é um dia que faz a diferença nas nossas memórias, sem dúvida. E se já é tão procurado com entradas caras, se os bilhetes fossem baratuxos ninguém conseguia entrar.
No Slide&Splash gostei francamente da organização e da oferta, muito diversificada. Há escorregas para todos os gostos, mais rápidos, mais fofos, fechados, completamente às escuras, com boias duplas ou de uma só pessoa. Há restaurantes com fartura, mas também se pode levar comida sem qualquer problema. Há um bom parque de estacionamento e há muitos quiosques para fazer uma pausa para um sumo ou um gelado. Ficámos tão contaminados com esta febre dos Parques Aquáticos que queremos lá voltar, queremos experimentar todos os outros do Algarve, ir a Amarante, meter pés a caminho até à Isla Mágica de Sevilha. Queremos tanto, tanto, que já começamos a fazer economias! Pode parecer tonto, mas fazer os miúdos perceber que ir aos vários parques é algo que pesa no orçamento, faz ainda adocicar mais o desejo e valorizar mais o dia!

terça-feira, 7 de agosto de 2018

O Dia da Festa do miúdo da casa


Com um mês de delay,  venho aqui recordar o aniversário do miúdo cá de casa. Na verdade, nos últimos tempos quase que só venho aqui quando algum dos meus filhos faz anos. Menos mal: tenho três e por isso está assegurada uma visita trimestral… ou quase! Mas a verdade é que eles são o meu mundo, o que me move nesta roda descontrolada que é a vida. Todos os dias corremos sem olhar para o lado para chegar cedo ao escritório e para não chegar muito tarde à escola deles. Somos todos iguais e os dias engolem-nos. Mas quando chega o dia deles... para tudo!

O Francisco fez nove anos em Julho e só tinha um pedido: partilhar um bolo de anos com os amigos. Só isso. O básico. O mínimo. Tão mínimo que chega a emocionar.  Quem faz anos no verão, percebe. Eu sei que quando chegar à idade adulta vai adorar fazer anos no Verão, poder fazer festas ao ar livre, combinar piqueniques do outro lado do mundo, não ter que ir trabalhar e apanhar trânsito num dia cinzento. Mas agora, agora, ele só queria fazer anos quando os amigos estão com ele e não quando estes já fugiram todos para o Alentejo, Minho ou Algarve.
Este ano teve sorte. Partilhou um bolo com os amigos do ATL onde estava nessa semana de férias. Não eram os amigos de sempre, mas foram os amigos desses últimos dias antes de irmos de férias e adoraram um bom bolo de anos! E comovia vê-lo tão feliz por poder levar um simples bolo para partilhar o dia.
À noite os dois amigos inseparáveis jantaram connosco no sítio que escolheu e isso fê-lo vibrar de alegria porque é uma sorte estarem por cá.
Dois dias depois, no sábado organizamos uma festa com a família e com os miúdos que ainda não tinham fugido para as praias longínquas. Não foram muitos, mas fizeram um banzé tremendo numa tarde de piscina, calor, gelados e uma mesa dedicada ao Mundial.

Mais alguém por aí com miúdos a fazerem anos durante as férias e por isso com desfalque nos convidados para a festa?