sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz 2011

A todos os que me lêem, seguidores oficiais ou leitores de mero acaso, um Feliz 2011. Que seja um ano fertil em ideias boas. Já é um bom começo.

4 metros quadrados

A melhor altura do dia é quando os três invadem a nossa cama. A mais pequena involuntariamente, para beber leite ou arrotar, mas os outros dois por vontade própria e obrigando-nos a ver os desenhos animados de manhã. E sabe tão bem, ficarmos ali os cinco, tapadinhos a ver Tv, nuns miseros mas tão confortáveis quatro metros quadrados...

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A semana em que a casa veio abaixo... ou quase

Do Natal para cá já se partiram e estragaram mais coisas cá em casa do que em seis anos de casamento. Estou que nem posso e não vou mentir ao dizer que quase explodi a chorar aqui à minutinhos quando o meu príncipe de ano e meio me partiu um aquário antigo que há um ano albergava as cápsulas da Nespresso. Dava um efeito tão giro, um globo redondo cheio de cores lá dentro. Assim por alto posso dizer que se partiram em seis dias: um copo, dois pratos (um deles lindo, pesadíssimo e carísimo, também, que por sinal tinha sido presente de casamento), eu estraguei a cafeteira eléctrica, que me dava um jeitão para ferver a água para a minha bebé, e ontem nem o menino Jesus escapou às mão do gaiato. Ele tira tudo do sítio, não pára um segundo e está a deixar-me louca. Passo a vida a gritar cá em casa e não me admirava nada que as primeiras palavras da minha bebé fossem "Não mexe". É que não consigo dizer mais nada o dia inteiro.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

'Pirosona' mai linda da mãe

(Agora que falei em cinema, lembrei-me de uma que ainda não tinha contado)
No outro dia, a minha princesa mais-que-tudo mais crescida foi ao Teatro pela escola. Foi ao Tivoli ver "Bzzz Bzzz, a União faz a Força" que por sinal adorou e que, por sinal também, eu já ouvi falar bem. Como estava a contar: no outro dia ela foi ao teatro e levou vestido: umas cuecas da Barbie, umas meias da Margarida, uma camisola da Kitty, um casaco da Minnie e uma mochila da Miffy. Assim, tava sempre salvaguardada, fosse qual fosse a boneca de eleição das amiguinhas tinha sempre alguma coisa para mostrar!!

Se Maomé não vai à Montanha...


Hoje houve sessão de cinema cá em casa. A preceito, que a princesa pediu logo para fechar os estores para fazer, não uma sala de cinema, mas "uma casa de jantar de cinema"! O que eles inventam. E fechamos os estores, as japonesas só. E fizemos pipocas. E os dois a ver quem comia mais. Claro que foi ela, que ele comeu mais devagar, mas não estranhou o sabor nem a textura. É um autêntico forninho o meu bebé, queima tudo!! Isto de termos uma bebé de menos de um mês e meio é o que dá. Com este frio fica a trupe toda a em casa. E é nisso é que está a graça: reinventarmos coisas para fazer. E o que eu adorava as férias de Natal quando era gaiata, para poder ficar o dia inteiro de pijama a brincar com as coisas novas. Mas hoje, apetecia-me tanto levá-los ao cinema a sério... Qualquer dia. Qualquer dia oiço-me na fila para a bilheteira a dizer: são cinco bilhetes, por favor!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O meu Natal


Teve rabanadas, sonhos e azevias. Mousse de chocolate, de manga e arroz doce. Bolo de noz, de cenoura e chocolate e torta de laranja. Teve bacalhau, roupa velha, cabrito assado e leitão. Teve presentes inesperados (como a bola de pilates oferecida pelo mano e cunhada F a cada um de nós os dois e os chouriços para a piscina para os cinco, da cunhada P), outros previsíveis, mas ansiados e outros maravilhosos como só a minha mãe sabe dar. Teve abraços, beijos e agradecimentos comovidos e sentidos. Teve gargalhadas e gritos de euforia dos mais pequenos até nos doerem os ouvidos. Teve birras de ansiedade, terminadas em sonos repentinos e igualmente rápidos. Teve uma alvorada apressada para ver se o senhor das barbas brancas tinha comido as bolachas deixadas junto à lareira. Teve bom vinho à mesa. Teve família, a importante reunida à mesa, mas também sentada no sofá e até no chão para brincar com os petizes. Teve dores nas costas de cansaço, sono e barriga cheia de doces. Teve uma mesa cuidada e requintada, no início, e manchada de vinho de copo derrubado no fim. Teve gritaria e ralhetes com fartura, para pôr ordem nos mais pequenos. Enfim, teve tudo o que significa ser Natal.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal!


Sou pessoa de adorar o verão, o sol, o calor e os mergulhos na praia, mas sem qualquer dúvida que a noite de Natal é para mim, e sempre foi e não só agora que sou mais de três, a noite mais especial do ano. Adoro estar em família. Adoro os presentes debaixo da árvore. Adoro a maluqueira das crianças e os doces à mesa. Adoro o Natal. E é com este espírito de conforto, de família, de amor e paz que vos desejo um Feliz Natal!

(Este ano juntou-se ao pé da princesa mais que tudo mais crescida cá de casa, a mão do meu príncipe. Estou inquieta para ver o que para o ano acrescento à árvore, feito pela mão da mais piquena, agora com um mês!)

sábado, 18 de dezembro de 2010

Notícias da Cozinha


Em três dias, três festas, um forno sempre a trabalhar e uma cozinha para arrumar. Assim, fizemos: duas quiches de bacon e tomate, uma quiche de atum e espinafres, uma mousse de maracujá, um bolo simples de maçã e umas bolachinhas de manteiga, simplesmente divinas. As bolachas foram feitas a quatro mãos e com muitas histórias e sonhos à mistura. E, estão tão boas...

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O mais bonito Boneco de Neve de sempre!


O repto era simples: o meu pequeno príncipe tinha que ir todo vestido de branco para a festinha do colégio. Roguei pragas à má sorte que ele não tinha qualquer peça de roupa branca e no inverno não é fácil de encontrar, nem pijamas! Mas lá o pai desencantou numa loja uma camisola e uns collants e o resultado foi o melhor Boneco de Neve de toda a história. Ao som da música dos Anjos o meu príncipe dançou e bateu palmas como ninguém no palco. Com a sua farta cabeleira loira, houve quem lhe chama-se menina com comentários deste género: "Olha aquela menina, tão linda, tão feliz..." Eu não me importo nada com isso. É sinal que é lindo de morrer. Palavra de mãe babada. Temos artista, dançarino, palhaço para a noite da consoada aqui em casa! A coisa promete.

Entretanto, hoje é a festa da mais crescida. Vamos ver o que sai dali. O recado para os pais era: ir toda vestida de azul. Mais fácil, sim senhora!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

(Boas) Festas!!!

A minha casa trasanda a Natal! Desde pequena que tenho este hábito, se hábito lhe podemos chamar. Fosse Março, Junho, Setembro ou Outubro, sempre que a minha mãe fazia comida de forno, sobretudo bolos, eu entrava em casa e dizia "Cheira a Natal". Hoje é a minha casa que cheira assim. Hoje é a festa no colégio dele, amanhã a festa na escola dela e, no sábado, temos um jantar de Natal em casa de amigos, com a filharada toda junta como eles tanto adoram. Entre quiches, bolos, bolachinhas e afins temo pela vidinha do meu forno que até sábado está literalmente de serviço. E temo também pela minha linha. Com o cheirinho que vai por aqui, acho que engordo só pela enalação!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

De modos que: muito obrigada!


Aos senhores do açúcar

Há possibilidade, por favor, de reporem o stock de açúcar amarelo no mercado? Eu até nem me importo de ter um Natal light, que uma pessoa tem que fazer por estar na linha, mas visto estarmos os cinco cá em casa cheios de tosse e de eu ainda amamentar um rebento, que completa amanhã um mês de vida, gostaria de fazer o famoso xarope caseiro de cenoura... Assim, só para não meter quimicos pela goela abaixo da minha recém-nascida. Pode ser?

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Super mãe!!

Esta reportagem de hoje da RTP deixou-me esmagada. Já andei por aqui à procura de mais informação e até encontrei uma reportagem do Expresso há cerca de um ano. Também já está online uma apresentação do futuro filme brasileiro baseado nesta história verídica. Flordelis é uma mulher brasileira que tem 50 filhos. São adoptados, claro, mas ainda assim, ou se calhar por isso mesmo, torna a notícia ainda mais espectacular. Basta pensar que há infantários, por exemplo, que não têm tantas crianças. Não se trata de ter uma casa grande, com condições para acolher esta filharada toda, mas ter um coração gigante que a faz dedicar a vida a crianças que de outra forma teriam como vida o mundo da droga e do crime. É de valor...
Quem não conhece a história e não viu ontem a reportagem, pode fazê-lo por aqui http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?t=Mulher-brasileira-adoptou-mais-de-50-criancas.rtp&headline=20&visual=9&article=399062&tm=7

domingo, 12 de dezembro de 2010

Já votei!


Todos os anos compro o CD ou livro da Leopoldina e este de 2010 veio para casa ontem. Esta "Missão Sorriso" tem para mim este ano um significado acrescido e especial. Pela primeira vez tive um filho, neste caso a minha princesa, agora com três semanas, nos cuidados neonatais e isso deixou-me esmagada. Aquela sala, aqueles barulhos das incubadoras a apitar quando alguma coisa estava menos bem, aquela atmosfera, aqueles rostos dos médicos e enfermeiros a darem o tudo por tudo 24 horas por dias, jamais me sairão da cabeça. Este ano cabe ao público votar no projecto que entender. Eu tive três filhos no Hospital Fernando Fonseca. Esta minha pequenina passou pelos cuidados intensivos da neonatologia. Nunca poderia deixar de votar no projecto do Amadora-Sintra. Quem quiser votar pode fazê-lo, por aqui http://www.missaosorriso.continente.pt/votar.php

As horas...

- Filhota, consegues dizer as horas à mãe? (isto de ter uma recém nascida que prefere dormir a comer tem muito que se lhe diga, sempre com um despertador à mão!)
De olhos abertos e com ar de concentração em frente do receptor do meo, responde a princesa mais-que-tudo-mais-crescida:
- i, i, 4 e i (11h41)
Depois de lhe explicar que nas horas não há letras, mas só números e que o um é igual ao i, nas horas, sem aquela 'perninha', perguntei de novo passado um tudo nada de tempo.
Resposta:
um, dois, bolinha, bolinha... (12h00)
...
foi à maneira dela, mas a tradução automática de mãe é infalível. Obrigada pela ajuda, está na hora de acordar a tua mana!

sábado, 11 de dezembro de 2010

102

Manoel de Oliveira faz hoje 102. O mais espantoso deste aniversário não é o facto de chegar a esta majestosa idade, mas sim de chegar aqui tal como ele chegou: cheio de projectos para o futuro. Muitos parabéns e aguardamos novas criações, pois claro!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Da Weasel

Tenho pena que tenham anunciado o fim. Gostava deles. Não só dignificaram a música portuguesa como, a meu ver, contribuiram para deitar por terra alguns preconceitos da sociedade actual.

Não ao desperdício alimentar

Ontem, tomei conhecimento desta causa e não posso deixar de a partilhar aqui. É um verdadeiro absurdo não se poder aproveitar a comida que sobra nos restaurantes e refeitórios das empresas. Não é só um absurdo. Com tanta gente a morrer à fome, eu diria mesmo que é crime. O mais interessante desta petição pública, que visa a alteração da lei para que não haja desperdícios alimentares e se possa alimentar quem mais precisa (e cada vez são mais os que não têm dinheiro para comer), é que parte da iniciativa particular de um piloto da TAP, António Costa Pereira. Com certeza, este senhor consegue fazer refeições quentes todos os dias e nos restaurantes em que bem entender, porque o salário de um piloto de aviação é confortável como todos sabemos. Mas não é por não sentirmos fome que devemos ficar adormecidos face às barbaridades das sociedades de hoje. Ele é o exemplo disso... um exemplo a seguir. Assinem a petição em http://www.peticaopublica.com

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Bem me parecia

O meu príncipe, que ontem fez 17 meses (está tão graaande!), passou o fim-de-semana inteiro aos gritos. Não quis comer, não quis beber, não quis brincar, não quis nada. Quis colo, lá isso, quis. Fui vigiando e dando ben-u-rons, poque para ele não querer comer, alguma coisa era. E hoje, lá apareceu a famosa febre aftosa. Só falta agora pegar às manas para o arraial cá em casa ser ainda maior! Não falta mesmo nada...

Muito doce


Há anos que é uma música que dá que falar, entre os anúncios portugueses, mas esta versão natalícia está muito doce!!!

sábado, 4 de dezembro de 2010

Já estou mais descansada...

A minha filha mais crescida nunca mordeu, nem na escola, nem em casa, nem aos amigos do mesmo tamanho, nem aos crescidos. Já ele, até há 15 dias, o mais pequenino cá de casa, digamos que volta e meia, meia volta, lá morde. Felizmente, até agora, só cá em casa, à mana, aos pais, às almofadas, a tudo o que mexe e não mexe, mas pelo menos na escola não. De qualquer das maneiras, gosta de levantar a mão, aos amiguinhos da escola também, e isso anda a preocupar-me. Raça do rapaz é torto, ando sempre a dizer. Mas, ontem, na reunião da sala dele, foi distribuído este artigo, que me deixou bem mais descansa. Afinal, o meu príncipe não é violento, mas curioso face ao meu envolvente. Quero acreditar que sim!
Fica aqui disponível para os pais que também procuram entender melhor o universo infantil...


Morder…
Uma coisa muito comum nas Creches – mas que costuma provocar muita preocupação nos pais – são as mordidelas. Principalmente no período de adaptação, em que, além da maioria das crianças estar a viver a sua primeira experiência social extra-familiar, os grupos estão em fase de formação, de “primeiras impressões”, ou em situações de entrada de crianças novas para a sala, as mordidas quase sempre fazem parte da rotina diária das crianças. Não é fácil lidar com esta situação, tanto para os pais (é muito doloroso receber o filho com marcas de mordida!) , quanto para nós, Educadores (que nos sentimos impotentes, na maioria das vezes, sem conseguir impedir que elas aconteçam).
É importante pensarmos sobre este tema; Por que é que as crianças pequenas se mordem umas às outras e às vezes até a si mesmas? Expressão de agressividade? Violência? Stress? Sentimento de abandono?
As crianças pequenas geralmente mordem para conhecer. Para elas, tudo o que as cerca é objecto de interesse e alvo de curiosidade, inclusive as sensações. O conceito de dor, por exemplo, é algo que vai sendo construído a partir das suas vivências pessoais e principalmente sociais, e não é algo dado á priori.
Mordendo o outro, a criança experimenta e investiga elementos físicos, como a sua textura (as pessoas são duras? São moles? Rasgam? Partem?), a sua consistência, o seu gosto, o seu cheiro; elementos “sexuais” (no sentido mais amplo da palavra), na medida em que morder proporciona alívio para as suas necessidades orais (nelas, a libido está basicamente colocada na boca) e ainda investiga elementos de ordem social, isto é, que efeitos esta acção provoca no meio (o choro, o medo ou qualquer outra reacção do amiguinho, a reprovação do Educador, etc).
É claro que, vencida esta primeira etapa de investigação, algumas crianças podem persistir em morder, seja para confirmar as suas descobertas ou para “testar” o meio ambiente (disputa de poder, questionamentos de autoridade, etc). Ou ainda, pode ser uma tentativa de defesa: ela facilmente descobre que morder é uma atitude drástica. Raramente a mordida é um acto de agressividade, e muito menos de violência, a não ser que estejam a viver alguma situação de intenso stress emocional em que todos os demais recursos estejam esgotados.
Com o passar do tempo de trabalho em grupo, o Educador tem a possibilidade de planear as suas acções e estratégias no sentido de fazer com que as crianças possam reflectir, sobre esta questão.
Artigo da Psicopedagoga Claudia Sousa

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Chegaram também os carrinhos de choque?

Ai, não. Desculpem, são os efeitos típicos da janela ali da frente. Adoro o Natal, mas odeio os efeites psicadélicos às janelas que nada têm de espírito natalício... Sinceramente, às vezes penso que as pessoas confundem Natal com Carnaval.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Chegou o Natal


Com a entrada de Dezembro, o Natal chegou oficialmente cá a casa. Ontem fizemos a nossa Árvore de Natal, para enorme felicidade da princesa-mais-que-tudo-mais-crescida. Há dias que não se calava com o "quero fazer a árvore" e ontem foi o dia escolhido. Fizemos a árvore todos juntos, a muitas mãos e muitas gargalhadas. O principe, no auge do seu anito, começou por me ir dando as bolas e bonecos que ia tirando das caixas, mas depressa achou que giro, giro, era tirar aquilo que iamos pendurando. Com mais grito aqui, mais distracção ali, mais um "olha ali" e "vai lá, vai lá", lá conseguimos acabar a árvore, mesmo em cima da hora do jantar e com a princesa recém nascida a apelar a mais uma maminha! Mesmo assim, ainda tivemos tempo de fazer uma sessão fotográfica (nada fácil, mas muito bem disposta), dos cinco sentados junto à árvore. E a Princesa-mais-que-tudo-mais-crescida também iniciou o sempre desejado calendário de Natal, com um chocolate por dia a té dia 24. É certo que estes calendários nada têm a ver com o rigor do advento, mas também é certo que estes calendários tornam-na mais felizes e isso é que importa. Não será isto mesmo o Natal? Tornar os outros mais felizes só porque sim?!