segunda-feira, 31 de março de 2008

U2 em 3D: a revolução dos filmes concertos



Aqui fica a chamada de atenção para quem gosta dos U2 e também para quem é fã de trabalhos em 3D. Estreia esta quinta-feira, dia 3 de Abril, o filme “U2 3D”, um filme concerto, gravado na América do Sul durante a digressão “Vertigo” e que nos leva para dentro de todo aquele ambiente de concerto. Com recurso a tecnologia digital 3D, o filme que só pode ser visto com os tais óculos especiais, mostra-nos tudo como se estivéssemos na primeira fila, mas também a reacção do publico aos mais variados temas e claro, às mensagens de paz tão típicas de Bono Vox. Quem nunca conseguiu estar num estádio, a assistir a um dos concertos dos U2 que já mais do que uma vez estiveram em Portugal, pode sempre agora experimentar essa sensação no cinema. Aqui há uns dias falei-vos de um projecto parecido, o filme da Hannah Montana, mas os dois filmes não têm nada a ver enquanto conteúdo. Claro que nunca poderia ser equiparados, já que nada têm a ver a Hannah Montana com o U2, música, público, etc, tudo difere, mas a maneira como o filme está estruturado também. No filme da menina cantora, depois de uma ou duas músicas, havia espaço para entrevistas com os pais e fãs, mas aqui não. Neste filme segue-se o alinhamento de um concerto, sem interrupções. É um concerto puro e com a vantagem de não sofrermos empurrões de toda a parte. Há quem diga que esta é a revolução dos filmes concertos, eu apenas digo que é mais envolvente sim senhor, mas é pena termos de usar os tais óculos... no entanto, reforço, quem gosta de U2 não deve perder.

Bee Movie já está em DVD



A propósito de uma conversa com amigos no último sábado, aqui fica a advertência de que o filme de animação “Bee Movie”, adaptado para português como “A história de uma Abelha” já está em formato DVD. O filme foi editado precisamente na última sexta e para quem andou distraído por alturas do Natal, quando estreou no cinema, eu recordo que é de ter em conta. Especialmente, para o público jovem. Em português, o filme conta com dobragem de Nuno Markl, na personagem principal, o doce e sonhador Barry. Ele é uma abelha que acabou de tirar o curso e que depressa percebe que está condenado, tal como toda a comunidade de abelhas a trabalhar dia e noite sem parar a fabricar o mel. Decide arriscar a vida e aventurar-se fora da colmeia sem permissão superior e descobre que essa escravatura do mel só acontece porque os humanos usam e abusam daquele produto, ainda por cima sem pagar direitos de autor. Pois que é por isso que ele decide processar a humanidade. E não é que as abelhas ganham? E é aqui que os problemas começam, de facto. As abelhas deixam de trabalhar e não sabem como ocupar a vida, e por seu turno, os campos deixam de florescer, pela falta do pólen que as abelhas produzem, e que nem pescadinha de rabo-na-boca, deixa de haver pastos, deixa de haver gado, deixa de haver comida, logo a humanidade e todo o mundo estão condenados à morte. Às vezes é assim, é preciso medidas drásticas para perceber que o nosso trabalho, ainda que pareça menor, está no cerne de tudo! Vejam, agora em casa, e com os mais pequenotes ao lado!

domingo, 30 de março de 2008

Foi há um ano


Pois é! O Vida Maravilha faz hoje um ano. Um ano cheio de coisas boas para contar. Foram muitos filmes, peças de teatro, concertos, exposições, viagens, restaurantes e passeios que passaram aqui em forma de sugestão. Balanço? O mais positivo que pode haver. Objectivo para mais um ano? Continuar a ter muito para contar. Um muito obrigada a quem gosta de parar por aqui!

quinta-feira, 27 de março de 2008

Borlas no Teatro para hoje



Por ser o Dia Mundial do Teatro, não há motivos para ficar em casa e não passar por alguns dos palcos que hoje, extraordinariamente, têm sessões de entrada gratuita. É verdade que ir ao Teatro não é por vezes um programa em conta, mas hoje, há espectáculos à borla... e dos bons. Ficam aqui algumas sugestões. Poucas, mas boas.
LISBOA
“A Ronda Nocturna”, no Teatro Maria Matos, às 21h30. (comentário publicado e onde reforço que é um dos melhores trabalhos que vi ultimamente, daí a publicação novamente da fotografia!)
“Antígona” de Sófocles, no Cine Teatro A Barraca, às 21h30.
OEIRAS
“O Tinteiro”, no Auditório Municipal Lourdes Norberto, em Linda-a-Velha, às 21h30.
MAFRA
“Memorial do Convento”, no Palácio Nacional de Mafra. Trata-se da adaptação do célebre livro de José Saramago, numa produção do Teatro Nacional D. Maria II.
Já sabem que o que é oferecido tem sempre muita procura, por isso não deixem para a última a decisão de ir ou não ao teatro. A todos um bom dia mundial do teatro.

Roteiro para este fim-de-semana



Depois de um interregno de uma semana, devido às já faladas férias da Páscoa, eis que volta hoje o roteiro para ajudar a ocupar da melhor maneira os tempos menos ocupados do fim-de-semana. No cinema, as estreias são mais do que o habitual, há concertos, um espectáculo especial e até uma sugestão mais alternativa.
ESTREIAS DE CINEMA
Nunca é tarde demais (comentário publicado) – Alvaláxia, Campo Pequeno, Colombo, El Corte Inglés, Londres, Monumental, Vasco da Gama, Atlântida Cine (Carcavelos), Beloura, CascaiShopping, Cascais Villa, Casino Estoril, LoureShopping, Odivelas Parque e Oeiras Parque
I'm not there – Não estou aí – Alvaláxia, El Corte Inglés e Monumental
Sentença de Morte – Amoreiras, Colombo, Cascais Villa e Odivelas Parque
The Mist – Nevoeiro Misterioso – Campo Pequeno, Colombo, El Corte Inglés, Beloura, CascaiShopping e Oeiras Parque
Entrevista – Alvaláxia, Amoreiras e Vasco da Gama
Giras e Passadas – Alvaláxia, Colombo, Beloura, LoureShopping e Oeiras Parque
Luz Silenciosa – King
MÚSICA
Tiago Bettencourt e os Mantha no cinema S. Jorge, no sábado dia 29 de Março. O antigo líder dos Toranja vai cantar ao vivo o álbum “O Jardim”, o único desta formação, mas agora com alguns arranjos e onde a “Canção Simples” tem um peso especial. Começa às 22 horas e tem preços de 10 e 15 euros.
ESPECTÁCULO
A Apassionata (na foto) está de volta ao Campo Pequeno, para mais um grande espectáculo que conjuga arte equestre com música, bailado e artes de palco. O tema deste ano é “Four Seasons” e permite-nos uma viagem pelas diferentes fases do ano. Os figurinos são imponentes, o som e os cenários não ficam atrás. Para ver na sexta, dia 28, às 21h30, ou sábado, dia 29, às 15h30 e 21h30. Bilhetes de 20 a 70 euros.
INICIATIVAS
A Feira Esotérica e Bio Alternativa de Oeiras instala-se mais uma vez na Fundição de Oeiras, a partir desta sexta e até dia 6 de Abril. Ali estão reunidas todas as ciências do oculto para quem quer fazer consultas. A feira está aberta de segunda a sexta-feira, das 17 às 24 horas, com bilhetes de 3 euros, e aos fins-de-semana, das 14 às 22 horas, com bilhetes de 5 euros.

terça-feira, 25 de março de 2008

Ponto de Mira – puro entretenimento americano



Está prestes a chegar às nossas salas de cinema mais um filme filho do terrorismo. O mote agora é uma cimeira em Salamanca, Espanha, onde o presidente dos Estados Unidos vai apertar a mão aos líderes dos países muçulmanos e também Africanos. A ideia é acabar de vez com a guerra e finalizar a onda de terror que desde o 11 de Setembro assombra todo o mundo. O presidente Ashton chega ao palanque e segundos depois é baleado. O caos instala-se e seguem-se duas explosões de bomba, uma delas exactamente ali na Plaza Major onde decorria a cerimónia, a outra nas traseiras, junto ao Hotel onde a comitiva norte-americana estava instalada. Este é uma daqueles filmes tipicamente americano. Cheio de explosões, correrias, despistes de automóveis, sangue, mortos, gritos e confusão. Vale sobretudo pela realização de Pete Travis. A acção real do filme centra-se em praticamente 23 minutos. O tempo em que começa uma transmissão televisiva da chegada em directo do presidente, até à segunda explosão. A partir daí é um voltar atrás permanente para vermos todos os pontos de vista de quem ali estava: os jornalistas, os agentes secretos, um turista completamente apanhado no caos, mas que graças à câmara de filmar muito pode ajudar, um presumível suspeito e os próprios terroristas. É a partir destes diferentes pontos de vista que ficamos a saber tudo, exactamente tudo o que ali se passou. O filme tenta mostrar-nos como os inimigos são infalíveis e conseguem penetrar em qualquer sistema de segurança, porque não têm medo de morrer e porque há muitos, mas muitos, que através de vidas duplas, passam por completos inocentes. Gostei da realização e até acho que poderia ser um bom filme, caso os heróis não estivessem sempre a sair sem um único arranhão de brutais acidentes de automóvel, por exemplo. O final merecia ser melhor. Acaba por ser paradigmático um terrorista que mata milhares de pessoas, sem dó nem piedade, entre homens, mulheres e crianças, acabar por se despistar na fuga, pela presença de uma menina na estrada... Mas era preciso acabar em bem e salvar o senhor presidente! Estreia dia 3 de Abril.

segunda-feira, 24 de março de 2008

“O Capitão dos Índios” - a doce colheita da Páscoa



Eis que ao fim de quatro dias sem colocar as mãos (!) neste blogue, para uma merecidas ainda que curtíssimas férias, volto acompanhada de um belo livro. “O Capitão dos Índios” acaba de ser editado pela Oficina do Livro e conta-nos uma história verídica de um português de origem judaica que é obrigado a fugir para o Brasil para não ser queimado ou torturado pela nossa inquisição. A história já foi transformada em reportagem, pela TVI, e muito possivelmente vai chegar ao pequeno ou grande ecrã. Eu acredito que tal como me apaixonou a mim, vá apaixonar muita gente. É até um pouco inspirador este exemplo de homem que fugiu como clandestino para o Brasil, escondido numa pipa de água, com metade do corpo submerso e sempre com as pernas encolhidas, no porão de um navio que demorou largas semanas a atravessar o Atlântico. Pois que depois de andar a comer dos caixotes e a trabalhar como escravo, o nosso Manuel Vicente consegue fazer uma grandiosa fortuna. Mas não é aqui que reside a grandeza da história, ainda que só por si, seja um exemplo a ter em conta. O importante, ou mais importante, a reter, é que mesmo rico, ele nunca baixou os braços ao trabalho e é graças a isso que consegue ajudar centenas de pobres coitados que tentam fugir à inquisição por seguir certas crenças. Mais do que isso, ele consegue aproximar-se dos povos índios, na altura tidos como selvagens. Como? Pura e simplesmente, respeitando-os. A par de tudo isto, há romance, mais do que uma história de amor, e muitos valores de amizade que prevalecem sobre tudo e todos. A época em que se passa a história é fascinante e agarra qualquer um às palavras de Ana Lígia Lira, a escritora, também ela uma brasileira, descente de portugueses e Índios. Ela conhece bem a história, afinal Manuel Vicente, o capitão dos Índios ,foi seu tetravô! O preço é de 15 euros.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Enquanto o Grand Chapiteau não chega, vemos as fotografias



A cerca de um mês da instalação do Grand Chapiteau do Cirque du Soleil no Passeio Marítimo de Algés, a prestigiada companhia brinda-nos com algumas fotografias sobre os seus bastidores, presentes no Oeiras Parque. Definitivamente não sou nada fã de centros comerciais, mas não podia ignorar esta exposição, que já fiz questão de ver, não só porque considero o trabalho do Cirque du Soleil absolutamente apaixonante, como também gosto muito de fotografia. Assim sendo e com o tempo que está, a chamar-nos para dentro de quatro paredes, pois que não tinha outro remédio senão recomendar-vos para passarem por ali. As fotografias foram capturadas em Dezembro, durante a passagem da companhia pelo México, com o espectáculo “Quidam”, o mesmo que agora trazem a Lisboa, já a partir de dia 18 de Abril. São imagens que nos revelam os momentos de descontracção daqueles artistas. Momentos de conversas entre os treinos, mas também os segundos de concentração e os trabalhos de maquilhagem que antecedem a entrada em cena de cada um deles. São um aperitivo para aquilo que podemos encontrar a partir do próximo mês. No latim “Quidam” significa transeunte solitário, mas a verdade é que em Lisboa vai ser uma multidão que vai esperar pela vinda desta magnífica, para muitos a melhor, companhia de circo do mundo. Com bilhetes entre os 35 e 95 euros, as sessões acontecem de terça-feira a sábado, às 21h30, sábados também às 17h30, e domingos, às 16h30 e 20h30. Tomem nota!

terça-feira, 18 de março de 2008

“Como passa o tempo?” - Amêndoas para os mais pequenos


A Oficina do Livro acaba de editar mais uma história para os pequenitos. “Como passa o Tempo” tem autoria de Ana Vicente e ilustrações de Madalena Matoso. Muito colorido, o livro pertence à colecção “Mundo de Histórias” daquela editora, e ensina aos mais novos a importância de cronometrar o tempo. A história apresenta-nos um ponteiro dos minutos que cansado de estar sempre a trabalhar para dar horas decide um dia saltar do relógio e ver como é o Mundo cá fora. O problema é que sem ele, o tempo não passa e o dia nunca mais chega ao fim. Criativa, a história é facilmente apreendida pelos mais pequeninos que se deliciam a encontrar os mais variados relógios nas diferentes páginas do livro. Uma sugestão para quem gosta de dar um mimo na Páscoa. Em vez de amêndoas ou chocolates, porque não uma nova história para os petizes? A minha mais-que-tudo deliciou-se! Fica a sugestão.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Sob a inspiração de Fernando Pessoa


À primeira vista parece até uma gigantesca instalação, mas não passa de um painel com perto de uma centena de fotografias de André Gomes. Falo-vos da exposição “Era na casa velha...” que o artista desenvolveu a partir da leitura da “Ode Marítima” de Álvaro de Campo/Fernando Pessoa. No átrio central do Museu da Electricidade, o autor mostra uma grelha de mais de 25 metros de comprimento com quatro de altura onde salpica imagens de mar e terra. Umas com mais cor, outras que nos intrigam mais e nos prendem o olhar. É interessante ver o que as palavras do maior poeta nacional desenvolveram na mente do artista. Ao lado está uma passagem do texto que faz a ponte entre a literatura e a fotografia. A exposição integra-se nas celebrações dos 120 anos do nascimento de Fernando Pessoa e permanece no Museu da Electricidade até dia 27 de Abril. O preço da exposição é de 2,50 euros (com descontos para menores de 25 anos) e dá acesso a todo o museu, que eu considero um dos mais bonitos de Lisboa. Aproveitem e dêem uma olhadela... está aberto de terça-feira a domingo das 10 às 18 horas.

“Águas de Março” pela voz Stacey Kent: memorável



Crítica
Não sou nem quero ser critica de música. Não tenho bases para isso, mas tenho ouvidos para vos dizer que a voz de Stacey Kent é definitivamente mágica. Deliciosamente afinada. Coloquei a etiqueta de critica nesta mensagem, porque não vos posso gritar para irem ver um dos concertos desta cantora Nova-Iorquina, porque depois de ter passado por várias cidades, como Porto, Lisboa e Alcobaça, esta voz do jazz feminino já abandonou Portugal. No entanto, não posso deixar de vos dar um sussurro do que foi o concerto dela na sexta-feira à noite no CCB e alertar-vos para o CD “Breakfast in the Morning Tram”. Esta não foi a primeira vez que Stacey Kent esteve em Portugal. Ainda há menos de um ano passou por cá e em jeito de brincadeira a própria cantora despediu-se dos lisboetas com um “daqui a dez meses ou coisa parecida”! E esperemos que assim seja. Eu não conhecia este álbum, apesar de já estar no mercado deste Outubro passado. A critica especializada diz que é o melhor trabalho da cantora. Pois, realmente, não sei, mas garanto é muito bom. Fui para o Grande Auditório do CCB em branco e saí de lá revigorada. Sem desprestígio para os originais de Stacey Kent, para mim o momento mais alto da noite foi a interpretação de as “Águas de Março” de Tom Jobim mas que todos conhecemos na voz de Elis Regina, mas ali em inglês. A própria Stacey Kent disse que esta é talvez a música mais bem escrita do mundo. Eu assino por baixo. A noite no CCB foi agradável, com uma plateia praticamente esgotada. Stacey Kent mostrou-se rendida aos portugueses, mas os portugueses também estão rendidos aos seus encantos. Pode voltar que nós também voltamos a encher as salas!

sexta-feira, 14 de março de 2008

“A Ronda Noturna” encena a degradação das relações humanas



É magnifico o desempenho de Luísa Cruz na peça que o ACE Teatro do Bolhão, traz a partir da próxima quarta-feira, dia 19 de Março, ao palco do Teatro Maria Matos. “A Ronda Nocturna” de Lars Norén, tem encenação de João Paulo Costa e é uma peça extraordinária sobre a degradação das relações humanas. Em palco estão dois casais, com casamentos conturbados, como muito conturbadas são as suas próprias cabeças. Os dois homens são irmãos. Apenas de sangue, porque nem um nem outro está interessado em ter mais algum tipo de afinidade. Encontram-se no dia do funeral da própria mãe e a dor de perder a pessoa mais importante do mundo na vida de qualquer um é o mote para alguns desvarios. Desvarios que afinal não passam de um quotidiano rotineiro. Em cima da mesa de centro da sala de John e Charlotte (António Capelo e Luísa Cruz) está a urna com as cinzas da falecida, mas os diálogos, os gestos, as atitudes não se enquadram no cenário fúnebre. Com um elenco muitíssimo coeso: a António Capelo e Luísa Cruz juntam-se Custódia Gallego e Orlando Costa, muito conhecidos do grande público, não só pelo teatro, mas também por vários projectos de televisão, a peça é muito forte e leva-nos a conhecer uma “intimidade perturbante”, como diz a produção. Eu já vi e gostei muito mesmo. Atenção que a peça tem três horas de duração, mas nunca, nunca, se torna saturante. Marquem na agenda. Em cena em Lisboa até dia 13 de Abril, “A Ronda Nocturna” pode ser vista de quarta a sábado, às 21h30, e aos domingos pelas 17 horas.

Dinheiro Vivo – quando o crime organizado é uma comédia



O crime organizado nasce quando menos se espera e quando as necessidades apertam. É essa a filosofia do novo filme que junta três gerações diferentes de actrizes, mas que, para além de não comprometerem, ainda demonstram alguma sintonia. Diane Keaton, Queen Latifah e Katie Holmes são três mulheres com vidas absolutamente diferentes que um dia se encontram no mesmo emprego: no Reserva Federal norte-americana. Todas têm ocupações diferentes. E por isso mesmo se se juntarem podem conseguir o golpe das suas vidas, apesar do banco ter um sistema de segurança completamente infalível com centenas de câmaras de vídeo espalhadas por toda a parte. Mas impulsionadas por Diane Keaton, que aqui é uma dondoca de nome Bridget que um dia se v~e completamente falida e endividada, as três mulheres acedem e começam a desviar as notas que deveriam seguir para destruição. Elas conseguem, mas a vontade de gastar o dinheiro a torto e a direito denuncia-as e a polícia está de olho nelas. O filme é divertido, embora não seja uma comédia de ir às lágrimas. O final, embora não seja nada de muito elaborado, consegue surpreender, porque ao longo do filme vamos sendo convencidos de que tudo ruma para um outro sentido. Com distribuição da Lusomundo, o filme estreia dia 20 deste mês.

Por falar em roteiro, em cinema e no Casino Estoril



Para quem tomou como um lapso o facto de ter colocado no filme “10.000 AC”, o cinema Casino Estoril, no Roteiro publicado ontem, pois aqui fica o reforço de que não foi lapso nenhum, já que aquela sala da Linha tem em curso um ciclo de cinema, no Teatro-Auditório, agora designado, Cinema Casino Estoril, precisamente. Ainda não passei por lá, mas acredito que seja uma sala muito confortável, já que foi obrigada a obras para receber o European Film Festival que aconteceu ali no final do ano passado. Com um calendário que a organização assume contemplar “um conjunto de películas da autoria de cineastas de relevo internacional”, o ciclo apresenta até dia 26 o filme “10.0000 AC”, de que já vos falei, com sessões de segunda a sexta-feira, às 21h30 e meia noite, e sábados, domingos e feriados, às 15h30, 18h, 21h30 e meia noite. Os bilhetes custam 5 euros para o público em geral e 4 euros para estudantes.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Roteiro para este Fim-de-semana



Cá estão algumas ideias para ocupar o tempo livre do fim-de-semana que se avizinha. Depois dos Óscares, esta semana não há grandes filmes a estrear, no entanto deixo a fotografia de “Winx – O Segredo do Reino Perdido”, só porque em tempo de férias da Páscoa, se calhar era bom levar os mais novos ao cinema. No entanto, a minha principal aposta vai com certeza, para o concerto de jazz de Stacey Kent, no CCB. Ora tomem nota!
ESTREIAS DE CINEMA
10.000 AC (comentário publicado) – Alvaláxia, Campo Pequeno, Colombo, El Corte Inglés, Fonte Nova, Monumental, Twin Towers, Vasco da Gama, Beloura, Casino Estoril, Cascais Villa, CascaiShopping, Dolce Vita Miraflores, LoureShopping e Odivelas Parque
As Crónicas de Spiderwick (comentário publicado) – Alvaláxia, Amoreiras, Campo Pequeno, Colombo, El Corte Inglés, Vasco da Gama, Beloura, CascaiShopping, Cascais Villa, Feira Nova Mem Martins, LoureShopping, Odivelas Parque e Oeiras Parque
Winx – O Segredo do Reino Perdido – Alvaláxia,Amoreiras, Campo Pequeno, Colombo, El Corte Inglés, Vasco da Gama, Beloura, CascaiShopping, Dolce Vita Miraflores, Feira Nova Mem Martins, LoureShopping, Odivelas Parque e Oeiras Parque
Halloween – Alvaláxia, Colombo, CascaiShopping, Oeiras Parque e Odivelas Parque
The Loverbirds - Alvaláxia e El Corte Inglés
Lobos – Monumental e King
MÚSICA
Stacey Kent, sexta-feira, dia 14, no Grande Auditório do CCB. A cantora, considerada uma das melhores vozes de jazz da actualidade, apresenta o seu mais recente álbum “Breakfast on the Morning Tram”, a partir das 21 horas. Bilhetes entre os 15 e os 27, 50 euros.
INICIATIVAS
Durante todo o fim-de-semana, o Cinema São Jorge, recebe o 1º Congresso Internacional de Danças Africanas “ÁfricAdançar”. Entre workshops, palestras, gastronomia e artesanato, há também bons espectáculos para ver para quem gosta de kizomba e outros ritmos africanos. Há bilhetes variados, para ter acesso a tudo, só a workshops ou só a espectáculos.
CRIANÇAS
“Desastres de Sofia” é o tema de mais uma sessão de Literaturinha, que mensalmente, o Teatromosca leva à Sala de Ensaio do Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra. Trata-se da leitura encenada de histórias, numa acção recomendada para crianças maiores de seis anos. Acontece no sábado, dia 15, às 16 horas.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Andar pelo Aqueduto fora



Até Outubro, o Museu da Água volta a presentear os lisboetas e todos aqueles que andarem pela cidade com os já conhecidos passeios pelo Aqueduto. Há nove roteiros à escolha, com diferentes trajectos e atractivos e com preços também díspares. O Aqueduto é um monumento ímpar na nossa cultura e poder andar no seu interior é definitivamente um marco. Não que estejamos a fazer algo muito diferente do que os nossos antepassados faziam, porque o Aqueduto serviu como porta para entrar na cidade, mas porque nos dias que correm já ninguém se lembra de ter andado por aqueles caminhos, ficando a ideia de que aquilo hoje mais não é do que um ornamento da cidade. Pois que é muito mais interessante também conhecê-lo por dentro, digo-vos eu. Todos os anos, o Museu da Água abre os passeios, de Março a Outubro, para coincidir com o tempo mais quente que à partida encontramos nesses meses. No início deste mês, tive oportunidade de fazer o meu segundo passeio pelo Aqueduto. No ano passado tinha experimentando um trajecto que contempla uma visita ao Palácio Marquês da Fronteira, em São Domingos de Benfica e tinha ficado fã. Pois agora tive oportunidade de fazer aquele que é considerado o mais emblemáticos, denominado “A Rainha Refresca-se – na pista do Barroco”. Muito completo, este passeio leva-nos até Caneças e Belas para podermos entrar dentro do Aqueduto logo no início do seu trajecto, para depois seguirmos a céu aberto, desde o Bairro da Serafina até Campolide. Tal como o que tinha já experimentado, também este conta com animadores que recriam quadros do tempo passado, em que lavadeiras utilizam as águas do Aqueduto para lavar roupa, e que brindam o público com um delicioso piquenique. À chegada à Mãe d'Água, nas Amoreiras, os participantes têm ainda à espera um almoço volante, muito simpático, com toda a majestosa vista daquele espaço que é um autêntico espelho de água. As diferentes ligações do trajecto são asseguradas com autocarro, até porque são 14 quilómetros de extensão, e a organização disponibiliza lanternas para os visitantes poderem andar nos caminhos mais escuros. Um último conselho: marquem com alguma antecedência qualquer um dos passeios que queiram fazer porque já há muitas reservas feitas até Setembro. Marcações através do telefone 218 100 215.

terça-feira, 11 de março de 2008

Nunca é tarde demais: uma lição de vida



Gostei do novo filme que junta dois dos meus actores preferidos: Jack Nicholson e Morgan Freeman. “Nunca é tarde demais” mostra-nos as diferenças e semelhanças de dois homens que um dia vão parar ao mesmo quarto de um hospital e com o mesmo prognóstico: no máximo um ano de vida. Eles não se conhecem e tiveram vidas completamente diferentes, mas naquela altura são exactamente iguais. São dois homens que sabem estar prestes a morrer, mas que têm uma mão cheia de sonhos que não concretizaram. Jack Nicholson é o dono do próprio hospital e dinheiro é o que não lhe falta. Morgan Freeman é mecânico por força da lei da sobrevivência tendo interrompido os estudos quando a mulher lhe anunciou a primeira de três gravidezes. Os dois juntos partem quando têm alta do hospital em busca de tudo o que não viveram. Só o conseguem porque o primeiro tem dinheiro que nunca mais acaba e isso nunca é omitido na história. Claro que nem todos os doentes incuráveis poderiam fazer o que eles fazem, mas não é essa a mensagem que o filme quer transmitir. A história é um bocadinho mais profunda do que isso, e prova de que às vezes é preciso partir e ter um momento só nosso para nos podermos encontrar e darmos mais de nós. Eu gostei do filme. Ao logo da história há uma lista de coisas que os dois precisam de fazer antes de morrer. É a lista da bota, para cumprir antes de “bater a bota”. Como sou completamente viciada em listas, identifiquei-me com aquele desejo de riscar as conquistas, mas também percebi que o melhor das listas é elas não chegarem ao fim! Eu não quero fazer uma lista da bota, pelo menos para já. Prefiro fazer os objectivos anuais com que todos os anos inicio a minha agenda! Com distribuição da Columbia, o filme estreia dia 27 deste mês. Apenas mais uma palavra para Jack Nicholson e Morgan Freeman: são extraordinariamente bons!

sexta-feira, 7 de março de 2008

A Loja dos Suicídios – mais criatividade, impossível!



Para o Le Parisien, é “Uma pérola de humor negro”. O Le Figaro fala em “uma loja de suicídios que está repleta de vida” e para mim, não podia ser um título mais despertador de interesse. Assim que recebi aqui a informação da edição deste livro pela Guerra & Paz, fiquei muito curiosa e, claro, quando ele chegou aqui à minha mesa de trabalhos ontem, não tive outro remédio senão ceder à tentação, e de uma empreitada só li mais de 40 páginas. “A Loja dos Suicídios” é um novo romance de Jean Teulé que tem já alguns livros adaptados para cinema. Não me admirava nada que este trabalho também surgisse num deste dias no grande ecrã e eu, a ver por aquilo que já li, seria seguramente uma das pessoas que ia de imediato comprar o bilhete. Conseguem imaginar como é uma loja de suicídios? Que coisas tem? Que tipo de pessoa é quem está à frente do negócio? Pois eu vou tentar explicar... Nesta loja, onde não entra sequer o sol, há de tudo um pouco para quem quiser pôr termo à vida. Sim, porque essa coisa que querer matar-se tem um cardápio imenso de soluções e sugestões para deixar ao gosto de cada um. O importante é não desanimar o cliente, porque a partir do momento que ali vai alguém, ele sai obrigatoriamente com o produto na mão e não um sem número de sugestões, não vá arrepender-se. Quem ali trabalha é uma família inteira, um casal e três filhos. Todos são super depressivos e nem se alongam muito em conversas com a cliente-la, não vá o Diabo tecê-las e o desabafo ter um efeito tranquilizador e quem queria já não quer mais matar-se. Não, ali, todos ajudam à morte. Todos menos um: o filho mais novo. Sempre com um sorriso nos lábios, o pequeno Alan despede-se até dos clientes como se eles tivessem outra oportunidade para lá irem fazer o aviário mais uma vez. Será que esse novo brilho vai acabar com o negócio da família? O livro é pequeno e dividido em capítulos muito breves, o que faz dele um livro de leitura muito rápida. Depois de uma semana onde praticamente só vos falei de cinema, pois que agora vos deixo esta sugestão de leitura.

Hanna Montana em filme Disney 3D


Os pré-adolescentes fãs de Hanna Montana vão poder vê-la em Portugal. Não ao vivo, mas quase!! Trata-se do novo filme Disney, em formato 3D que nos mostra vários momentos dos concertos daquela nova estrela norte-americana, de 14 anos anos, mas também todo o trabalho que é feito atrás de cada espectáculo. Não posso dizer que é um filme a não perder, porque acho-o exageradamente específico e dirigido aos fãs da cantora/actriz. Quem não conhece Hanna Montana não tem interesse em ver o filme. Não há nenhuma história. São os bastidores, os ensaios, os pais, os amigos. Enfim, aquele tipo de trabalho que não nos importamos de ver na televisão, sobretudo quando se trata de uma banda que nós admiramos. Mas nada mais. A única atracção maior é o facto do filme ser exibido em 3D, com os tais óculos especiais, que nos permitem sonhar em estar ali no meio do palco com os músicos e com o público. Estreia no dia 20 deste mês.


quinta-feira, 6 de março de 2008

10.000 AC propõe regresso às origens


Do mesmo realizador de “O Dia da Independência” e de “O Dia depois de amanhã”, Roland Emmerich, estreia na próxima semana em Portugal, pela mão da Columbia, “10.000 AC”, um filme que pretende fazer uma viagem no tempo, até à altura em que os homens e animais viviam num estado de selva. Não posso dizer que foi um filme que gostei particularmente, apesar de não ter considerado um filme a evitar. Há quadros bonitos e até apreciei a tentativa de fazer humor nalgumas passagens. No entanto, acho-o pouco consistente. A dada altura, pensei estar a ver “O Parque Jurássico”, outras, lembrei-me automaticamente de “A Idade do Gelo” e, claro, “O Livro da Selva” esteve sempre aberto na minha memória. É uma hora e meia de puro entretenimento, com cenários engraçados e que, com certeza, vai agarrar o espírito aventureiro dos mais novos. Estreia dia 13 de Março.

Roteiro para este fim-de-semana


A uma semana de começarem as férias da Páscoa dos mais pequeninos, há mais do que um motivo para sair com os mais novos na Grande Lisboa. A ilustrar este meu roteiro de ajuda para ocupar bem os tempos livres, deixo mais uma fotografia do filme de animação "O Patinho Feio e Eu", que diverte pais e filhos. E faz tão bem rir…!
ESTREIAS DE CINEMA
Duas irmãs, um Rei (comentário publicado) – Amoreiras, Alvaláxia, Colombo, El Corte Inglés, Fonte Nova, Londres, Monumental, Twin Towers, Atlântida Cine (Carcavelos), Cascais Villa, CascaiShopping, LoureShopping e Oeiras Parque
O Patinho Feio e Eu (na foto e com comentário publicado) – Amoreiras, Colombo, Vasco da Gama, Beloura, CascaiShopping, Feira Nova Mem Martins, LoureShopping, Odivelas Parque e Oeiras Parque
Na Sombra do Caçador (comentário publicado) – Amoreiras, Alvaláxia, Colombo, Twin Towers e Vasco da Gama
Os Falsificadores (comentário publicado) – Alvaláxia e El Corte Inglés
Para Sempre, Talvez… – Campo Pequeno, Colombo, El Corte Inglés, Vasco da Gama, Beloura, CascaiShopping, Feira Nova Mem Martins, LoureShopping e Odivelas Parque
Caramel – King e Saldanha Residence
MÚSICA
The Cure, no sábado, dia 8, às 20 horas, no Pavilhão Atlântico. A banda de Robert Smith vai não só apresentar os seus maiores êxitos como também revelar algumas das músicas que fazem parte do novo álbum de originais, prestes a ser editado.
Rodrigo Leão, apresenta, sexta-feira, dia 7, às 22 horas, no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, um novo espectáculo baseado no mais recente trabalho do músico “Os Portugueses”.
CRIANÇAS
“O Gato das Botas”, apresentado pelo Reflexo, no Auditório Carlos Paredes, ao lado da Junta de Freguesia de Benfica. Para ver só nos dias 8, 9, 15 e 16, às 16 horas.
“High School Musical, o Espectáculo”, está em cena no Teatro Tivoli, para miúdos e jovens. Com Jorge Kapinha e Paulo Vintém, antigo D’ZRT, no elenco, o espectáculo pode ser apreciado até dia 21 deste mês, de quinta a sábado, às 21h30, e sábados e domingos também às 16 horas. Bilhetes entre os 7,50 e 25 euros.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Duas irmãs, um Rei – Fabuloso


No final do ano, não posso esquecer-me de colocar este filme no Top 10 dos melhores de 2008. “Duas irmãs, um Rei”, é protagonizado por Natalie Portman, Scarlett Johansson e Eric Bana e está fabuloso. Quem me conhece sabe que sou fã de histórias verídicas, acho mesmo que a melhor maneira de se aprender história é reproduzir episódios chave em livros ou filmes. Porque no fundo, assim, é nos dada a possibilidade de espiolhar pormenores que muitas vezes são omitidos pelos historiadores em compêndios escolares. Mais do que perceber porque é que a Inglaterra não é católica, é perceber que tipo de mulher fez o Rei Henrique romper com a Igreja do Vaticano. Que feitiço é esse que alguns podem chamar de amor, mas que ali é nitidamente um caso de desejo: de ter aquilo que não se tem. “Duas irmãs, um Rei” leva-nos a conhecer uma corte de intrigas, mas também de luxúria. Quando Henrique não consegue o mais desejado, dar ao país um filho Varão, depressa se deixa seduzir pelas irmãs Bolena, que, manipuladas pelo pai e tio, são obrigadas a chamar a si as atenções de um rei, supostamente para o entreter e posteriormente conseguirem um lugar na corte. Maria (Scarlett Johansson) é a mais bonita e bondosa, assim mesmo descrita pelo pai, que logo após o seu casamento, quando o rei visita a sua casa, é ‘convidada’ a ir viver para a corte. O Rei, que deveria ter sucumbido aos poderes de Ana (Natalie Portman), que era a irmã solteira, está interessado em Maria e é com ela que trai a mulher. Com o orgulho ferido, Ana arquitecta uma vingança gelada e consegue fazer não só com que o Rei rejeite o filho Varão que a irmã conseguiu dar à luz, como levá-lo a separar-se da Rainha, Dona Catarina de Aragão, e a casar-se com ela. Ela não o ama, como ama Maria, ela apenas quer ser rainha. Ele também não a ama, deseja-a apenas como um fruto proibido. Ela consegue o que quer, mas nunca conseguirá dar-lhe um filho varão e comete erros que nunca deveria ter cometido numa corte que a odeia profundamente. O filme é brilhante, as interpretações são notáveis. A estreia é já amanhã, quinta-feira e eu grito-vos para que não percam.

As mágicas criaturas d'As Crónicas de Spiderwick

Numa altura em que o cinema fantástico tanto está na moda, com os muitos “Harry Potter”, “O Senhor dos Anéis” e as mais recentes “Crónicas de Narnia” eis que a Lusomundo está prestes a estrear em Portugal, mais um filme cheio de criaturas curiosas. “As Crónicas de Spiderwick” são especialmente dirigidas ao público mais jovem ou aqueles que gostam de ter um pretexto para soltar de imediato a criança que espreita lá do fundo do seu ser. Ainda que haja um mau da fita, porque assim teria que ser para ter alguma história, as criaturas deste filme não são nada assustadoras a até nos arrancam umas boas gargalhadas. Os cenários e efeitos especiais estão bons e enquadram bem está história de personagens encantatórias. O filme mistura gente normal, uma família absolutamente banal, com o mundo da fantasia, através de episódios insólitos, que os menos dados a sonhos dirão logo “não ser possível”. Mas dentro desta película não há lugar para mais nada a não ser para uma boa dose de imaginação. Estreia a 13 de Março.

terça-feira, 4 de março de 2008

Massagens para que vos quero...


Podem ler hoje no Jornal da Região, de Sintra, (http://www.jornaldaregiao.pt/) a reportagem que fui fazer na semana passada ao Opium Day Spa, em Mem Martins. Não que fosse à espera de pouco, mas vim de lá completamente rendida aos encantos da massagem de Pindas Quentes. É uma massagem muito aromática (é feita a partir de saquinhos onde estão folhas de alfazema prensados, acompanhados também de óleos quentes e aromáticos), muito relaxante, e eu aconselho qualquer pessoa a fazer quando precisa de espairecer. Como fui fazer de manhã, quando cheguei advertiram-me que não teria depois qualquer vontade de trabalhar, mas tal não aconteceu. Enquanto ali estive consegui de facto relaxar, mas depois, durante a tarde, talvez por estar bem disposta, física e mentalmente, trabalhei lindamente. Aconselho mesmo qualquer pessoa a de quando em vez, quando há oportunidade, a investir um bocadinho em si própria. Sabe bem e tem bons resultados. Liberta-nos. Muito confortável, o Opium Day Spa é um espaço extremamente agradável, decorado em tons de verde e castanho. O atendimento é óptimo e os preços não são proibitivos. A massagem dura cerca de 45 minutos e as pindas quentes estão sempre a ser renovadas, mantendo-se sempre quentes num forno próprio colocado no gabinete. Depois de terminada, cada cliente pode ficar ali o tempo que bem entender, tendo posteriormente um chá à sua espera.
Sou jornalista, como sabem, e não faço qualquer tipo de publicidade. Fui lá em reportagem e seria desonesta comigo própria não falar da experiência aqui neste espaço que criei para falar do que vale a pena fazer na vida. Como tal, aqui fica o registo e a sugestão! Eu fiquei fã e espero um dia lá voltar para fazer um Duche Vichy, que alterna entre água quente e água fria, completando depois por uma passagem de pedras quentes (diferente da que experimentei), já que o poder de absorção da massagem passa a ser muito maior depois da tal sessão do duche. Fiquei curiosa… porque já sem o duche ,ainda nos dois dias seguintes sentia os efeitos da massagem, com os músculos doridos, imagino com o poder da água!
Uma boa nova para quem gosta de fazer estes programas a dois. O Opium Day Spa tem um gabinete duplo (brevemente vai abriu outro) onde casais podem ser massajados ao mesmo tempo, ou mesmo duas amigas que gostem de conversar enquanto tratam de si. Um luxo!!