sexta-feira, 30 de julho de 2010

António Feio

Acabo de acordar e a primeira notícia que oiço é a da morte de António Feio. No fundo acreditava mesmo que ele ia conseguir dar a volta à doença. Uma pessoa tão boa como ele, tão positiva como ele, tão à frente como ele, merecia derrotar o cancro. Hoje Portugal perdeu um dos melhores e mais brilhantes actores e encenadores de teatro. Hoje estou triste porque sei que nunca mais o vou ver em palco e rir a bom rir com ele. Não é justo. Estou tão triste.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Férias




Estão tão perto que começo a ficar com ataques de ansiedade...

As últimas 12 horas

Há dias em que me sinto a marcar passo ou pior que isso em contra corrente, a esbarrar em tudo o que são burocracias de pôr os cabelos em pé. São respostas que não aparecem, problemas e afazeres que surgem sem estarmos minimamente à espera. Mas hoje, sinto-me acompanhada de um quadro negro gigante em que a paus de giz vou riscando uma lista que me andava a consumir os neurónios. Ontem à tarde fiz a ecografia morfológica, e mais importante de saber quem ganha lá em casa a guerra dos sexos, foi confirmar que estava tudo bem com o bebé. No minuto a seguir, ainda sem ter saído do consultório, recebi também o telefonema com o sim há tanto esperado: o príncipe ficou no colégio que escolhi ao lado de casa. Um alívio. Hoje de manhã, às 10 horas da manhã, já tinha feito as análises também ao príncipe, ainda em resultado deste difícil Inverno e anulei também a matricula dos dois no colégio onde a mais crescida está desde os quatro meses. Sou emotiva e detesto despedidas e custou-me dizer que eles vão sair dos colos que tão bem os conhecem. Mas a minha vida precisa mesmo de mudar e essa mudança começa já a sentir-se.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Nem de propósito: SEDA "40 graus à sombra"

Gosto do Projecto SEDA. E com este calor apetece partir para o Mediterrâneo... ou para qualquer lado junto ao mar.

Adenda ao post anterior

A noite de ontem estava tão quente que, pela primeira vez em seis anos de vida efectiva na Ericeira, dormi a noite inteira com a janela aberta do meu quarto. Fica para a história. Que nunca mais me venham dizer que na Ericeira faz sempre frio!!!

Luxo

Quando saí de Lisboa, lá para as seis da tarde, o meu carro marcava 42,5º. Queimei as costas quando entrei. Fui buscar os miúdos à escola, que as férias maravilha com os avós já acabaram e quase sem parar em casa, o tempo suficiente para mudar de roupa, seguimos para a praia. Estivemos na praia até quase às nove da noite e jantámos por lá, no Bar de Ribeira d'Ilhas. Durante o ano inteiro é raro o fim-de-semana que não almoce por lá num dos dias. É preciso estar mesmo mau tempo, para pelo menos não lanchar por lá. Mas jantar? Acho que foi a primeira vez, sobretudo assim, com roupa da praia, sem precisar de um casaco pelo menos. Mas melhor do isso, foi estar até agora, depois de adormecer os miúdos, com direito a duas histórias e muitos beijos, na cama de rede, na varanda do meu quarto. Um luxo. Um silêncio imenso, quebrado de vez em quando por um carro ao longe. Ao fundo o mar, que se adivinha pela escuridão, porque o céu está iluminado por uma lua cheia gigante e ao lado uma "Ursa Maior" que nos faz conversar sem tirar os olhos lá de cima. E pensar que hoje foi segunda-feira e dia de trabalho...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Dia dos Avós

Não é por ser dia internacional dos avós que eu me lembro mais ou menos dos meus quatro avós. Lembro-me dos quatro todos os dias. Foram tão presentes na minha vida que eu sei perfeitamente que só sou hoje quem sou porque os tive. Ainda tenho a sorte de ter a minha avó, a mais presente e fulcral na minha educação, comigo e é sempre bom estar com ela e ouvir as histórias dela, por mais que eu já não me sente ao seu colo. Mas ouvi hoje que era Dia dos Avós e lembrei-me automaticamente da sorte que os meus filhos têm nos avós. Ainda agora passaram três semanas seguidas de férias juntos e por eles e pelos avós continuariam hoje, amanhã, depois, sempre. É comovente ver o amor que os meus filhos têm pelos meus pais e os meus pais pelos meus filhos. Se não há nada que chegue a uma mãe, também ninguém substitui uma avó, um avô. Eles deitam-se no chão a brincar com eles, eles vão à praia e fazem castelos e andam na água até ficarem com os ossos gelados de tão fria que está. Eles deitam-se à tarde para os miúdos descansarem, acordam de noite para ver se estão tapados e acham graça às mais caricatas traquinices. Dou por mim a ralhar com os meus filhos e com os meus pais a olharem para mim e a desvalorizarem o que eles fizeram. Têm tanta experiência, já viveram tanto, sabem tanto e há tanto tempo que estão habituados a dar tudo. Não é por ser dia internacional dos avós, é por eles serem os avós espectaculares que são: Obrigada Mãe, Obrigada Pai.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A


Esta sopa de peixe, no jantar de ontem, na Ericeira.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

A mensagem

Depois de uma tarde em que os meus olhos ameaçaram explodir em lágrimas a qualquer momento, e a garganta desatar a gritar sem que eu a conseguisse controlar (o que eu odeio injustiças) eis que recebi uma mensagem de elogio ao meu trabalho, em forma de sms, que me devolveu à minha essência e me fez acreditar que sim, fiz a escolha certa ao querer ser jornalista. Muito obrigada pelas palavras repetidas também, no telefonema a seguir. A proveitei e fiz uma promessa a mim mesma, e não tivesse eu o feitio teimoso que tenho, não me chamasse eu como chamo, a ver se não a cumpro... Mais tarde voltaremos a este assunto.

“Sem Pé” de Marta Burnay



Há exposições em que entramos e saimos e ficamos na mesma, não gostámos muito ou nem tão pouco percebemos o objectivo do autor. E depois há outras, como a da Marta Burnay em que nos apatece trazer tudo para casa. Intitulada “Sem Pé”, a mostra de esculturas pode ser visitada até ao final deste mês, na Galeria 9arte, mesmo ao lado do Museu das Comunicações, em Lisboa, e tem na água e no mar a sua principal inspiração. A Marta pegou nas ideias e transformou-as em esculturas muito, muito giras que partem sobretudo da resina, mas que integram objectos tão nossos conhecidos da vida quotidiana, como um pente, um saca-rolhas, colheres, passadores, tesouras, enfim, tudo e mais alguma coisa que possamos imaginar. Há trabalhos que são quadros, irreverentes, divertidos, e há uma peça, a peça central da exposição, que junta uma quantidade enorme de peixes, todos coloridos, todos diferentes, que estão presos a pedras enormes da praia e que nos faz mergulhar fundo no Verão. A Marta Burnay foi minha colega de escola e eu estou mesmo orgulhosa do trabalho dela. Vão ver que vale a pena.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Em Cascais ou em Lisboa, o que interessa é comer um Santini!



Numa altura em que tanto se fala da abertura da nova loja dos gelados Santini, na Rua do Carmo, em Lisboa (abriu no fim-de-semana com uma enchente de fãs, pois está claro!), ontem decidi dar corda aos sapatos e fazer uma passeata a Cascais. Único objectivo: comer um Santini. São tão bons, tão bons estes gelados! Depois de um jantar que, não me tendo desiludido por aí além, não me encantou, no Casta Fiori, na Parede, lá fomos terminar a noite com um belo gelado de manga, limão e avelã. Eu gosto dos sabores de fruta feitos no Santini porque sabem efectivamente a fruta e não a corantes. Mas a estrela da noite foi mesmo o avelã, estreia inédita nos nossos copos. A noite estava de chuva, mas amena, assim ao estilo de clima tropical, mas dadas as devidas diferenças, obviamente, e comemos lá dentro. Ainda não tinha ido à loja de Cascais desde as obras. Está mais ampla, arejada, convidativa a ficar por lá. O branco predomina, fazendo saltar à vista ainda mais as riscas vermelhas, imagem da loja. Dizem os entendidos que na geladaria Santini se fabricam os melhores gelados de Lisboa, eu concordo, mas porque não gosto de enganar ninguém deixo a promessa de lá voltar em breve só para experimentar novos sabores... tudo em nome de quem me lê, nunca pela gula, que é pecado!

É por isto que gosto de ser jornalista

Em Fevereiro deste ano conheci a história de um pintor, artista plástico, com um curriculum invejável, com passagem por Londres e Paris, que em Portugal, por não haver mercado, foi obrigado a ter um outro trabalho, para suportar a paixão pela arte. É uma história de vida que me orgulho de contar (infelizmente só foi publicada hoje, 5 meses depois), mas que me faz pensar em quantos caixas de supermercados, por exemplo, que não haverá por aí, muito mais inteligentes do que a maioria dos consumidores que por eles passam para fazer o pagamento, e têm que ouvir bocas absolutamente disparatadas. Tudo pela lei da sobrevivência. E tudo, porque há quem teime em julgar os outros pela aparência. Felizmente há quem não se assuste com isso... Este texto que vos apresento foi publicado na edição desta semana do Jornal da Região da Amadora e de Oeiras. Quem quiser pode consultá-lo online em http://www.jornaldaregiao.pt/.

O outro lado de quem ama a arte
Para evitar a emigração, o pintor Telmo Vaz Pereira é há algum tempo recepcionista num edifício empresarial
Não, não é engano! Sim, é verdade... já viu esta cara em algum sítio. Telmo Vaz Pereira é controlador das entradas e saídas dos edifícios Arquiparque, parque empresarial em Miraflores, emprego que encontrou há alguns meses para fazer face às despesas, sem nunca deixar o seu verdadeiro trabalho: artista plástico. Natural de Luanda, Angola, Telmo é acima de tudo um cidadão do mundo. Já viveu em Londres e em Paris, por exemplo, e todos os anos viaja para os mais variados pontos do Globo. Na bagagem traz com ele sempre parte do território que pisa e não é só na mente. “Tenho uma ligação especial com a terra e trago sempre areia das viagens que vou fazendo”, conta-nos o pintor, ao mesmo tempo que nos deixa sentir a textura de uma das suas últimas obrasemque aplicou areia trazida de um destino longínquo. Com um currículo vasto, de onde sobressai o Curso livre de Pintura, Gravura e Litografia, no Sir George Wallace School of Fine Arts, em Londres, ou o estágio no Atelier Michel Vallois, em Paris, ou ainda a participação na colecção de arte pública do New Museum of African Contemporary Art, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, Telmo Vaz Pereira há muito que já não expõe os seus trabalhos em Portugal. “As exposições aqui só servem para embelezar as paredes das galerias, porque ninguém compra peças”, desabafa, revelando estar a preparar para Setembro uma exposição em Barcelona, cidade onde encontra “muitos coleccionadores de arte”. O próprio mercado angolano é muito mais forte que o actual em Portugal, mas a guerra de outrora obrigou-o a sair da sua terra natal. “Dei por mim a beber uma garrafa do‘whisky’ todas as noites para suportar o barulho dos tiros, até que percebi que assim estava a tornar-me alcoólico. Tive que sair de lá e vim para Portugal onde tenho um filho”, justifica. Para além da pintura, onde os tons quentes da terra estão sempre em especial evidência, TelmoVaz Pereira também se dedica à escultura, apesar de isso requerer um espaço muito maior para trabalhar, e à fotografia. Actualmente, o artista está num ateliê em Benfica, sempre que o trabalho emMiraflores o permite. “Quando procurei emprego pensei logonuma função assim do género para poder ter tempo para continuar comos meus trabalhos”, explica, referindo-se aos turnos onde enfrenta 12 horas seguidas, de modo a ter folgas a cada dois dias de trabalho. Enfatizando que “a lei da sobrevivência” é a ditadura dos novos horários que abraça, Telmo Vaz Pereira mostra-se tudo menos desgastado e encontra nestas “dificuldades” alento, e até inspiração, para empregar na sua arte.

Pesadelos

No sábado acordei com a Princesa cá de casa a fugir que nem uma desvairada da sua caminha. Chamei-a. Ela soluçava e dizia que tinha uma aranha na cama, uma aranha gigante, que a queria picar. Veio para a minha cama. Expliquei-lhe que era um sonho, um sonho mau, que não havia aranha nenhuma e que podia ficar descansada que ficava comigo. Esta noite, acorda o pai das minhas crianças. A meio da madrugada, noite serrada, começa a destapar-se e levanta-se num ápice. Pergunto-lhe se está tudo bem. Pede para eu acender a luz e quase que desfaz a cama toda à procura não sei de quê. Olha para mim, pede desculpa e volta a deitar-se para dormir. Apaguei a luz e virei-me para o outro lado. Desde que o conheço que volta e meia tem noites assim, de falar e levantar-se... enfim... Hoje quando nos cruzamos no banho diz: ontem sonhei com uma cobra na nossa cama.
Posto isto, é assim, meus senhores: se houver por aí alguém que conheça um sítio em que se vendam noites tranquilas, de soninho pesado e profundo da noite até ao raiar do dia, digam-me por favor, que preciso de comprar uma boa meia dúzia.
Se os três filhos sairem ao pai, já estou a ver a minha vidinha para todo o sempre...

Profecia

A minha mãe sempre que lava os vidros diz sempre: Vamos lá ver se não chove, sempre que lavo os vidros chove no dia a seguir.
Eu, na segunda-feira ao chegar a casa passou-me uma coisa pela cabeça e toca de me pôr a lavar as janelas. Ontem, depois de um dia que mais parecia Outono, a noite foi de Inverno, com nevoeiro serrado e chuva pegada...
Sou menina (neste momento, só neste momento) para deitar o limpa vidros fora e nunca mais abrir cortinas para espreitar as janelas... ah, pois sou!

terça-feira, 20 de julho de 2010

“Rotas” do Tiago para levar de férias



Acabo de chegar à redacção e tinha-o em cima da minha mesa de trabalho. “As Rotas do Sonho” é o novo e terceiro livro de Tiago Salazar. O último dele “A Casa do Mundo” li-o num ápice. Sou suspeita: adoro viajar e devoro livros de viagens. Quando não se pode partir efectivamente, estes livros ajudam a cabeça a ir para longe e a encontrar poiso em culturas distantes. Sobretudo porque não se tratam de um roteiro para o turista, mas um testemunho dos outros mundos que há por aí fora. O Tiago Salazar escreve muitíssimo bem. Conseguimos ver o que ele viu, falar com quem ele falou e até ficar com saudades dos rostos que ele vai deixando para trás à medida que avança na viagem. “As Rotas do Sonho” conta com prefácio de Mário Zambujal, um nome que dispensa apresentações, como todos devem estar a pensar nesta altura. Neste livro, Tiago Salazar volta a levar-nos por destinos longínquos e tão diferentes entre si como o Nepal e Veneza, ícone do romantismo europeu. Mas também vamos para África, Índia, Cuba.Tal como os outros livros dele, o autor apresenta-nos os escritos seguidos e divididos por etapas, deixando o centro do livro para um conjunto de fotografias de paisagens e rostos que enriquecem as palavras ditas. A edição é da Oficina do Livro e eu vou colocá-lo já na minha mala de férias. Verdade seja dita que ainda não sei bem para onde vou, mas “As Rotas do Sonho” vão comigo...

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Obras

Cá em casa estamos em obras. Começaram na sexta-feira, continuam hoje e na próxima semana têm que estar prontas, não só porque quero por-me ao fresco, como as próprias fábricas dos materiais fecham, pelo que tem que cá estar tudo até acabar o mês. Eu detesto obras. Por tudo. Pelo barulho infernal, que foi na sexta-feira, mas sobretudo pelo pó branco, fininho, irritante, que continua pela casa, mesmo depois de um banho de esfregona e pano do pó. Mas há que ver sempre a coisa pelo lado positivo e eu, que gosto tanto de aprender, já fiquei a conhecer mais uns truques dos empreiteiros. Então não é que, aquele friso, que faz a união entre a parede e o tecto, não é estuque, nem gesso, nem algo parecido que o valha? É esferovite... hum? Pois é. Super fácil de retirar depois de cortar com um simples x-acto. Ele há coisas...

O que eles (e ela!) inventam


Todos nós sabemos que hoje qualquer coisa, ou quase tudo, pode ser geneticamente manipulado, mas ainda assim há coisas que não podem deixar de nos surpreender. Já viram "Bananitos"? São uma espécie de Banana bebé, fabricadas lá para os lados da Nova Zelândia ou Austrália, se não me engano, e cada uma não mede mais de 10 cm. Tudo para menos, nada para mais. A minha princesa foi com os avós às compras e assim que viu estas "bananas bebés" disse logo que queria comprá-las porque era destas que a mãe comprava. Pois que eu nunca as tinha visto. Até aqui chamava bananas bebés ou mais pequeninas, sempre que ia com ela comprar fruta, às Bananas da Madeira, que são bem mais pequenas, e também bem mais saborosas, que as que nos chegam da Costa Rica, por exemplo. Mas bananitos, nunca tinha ouvido sequer falar. E o preço? Mais de 12 euros o quilo. Claro que a avó comprou, pois era destas que eu dava aos miúdos... Todos provámos e todos dissemos o mesmo. Muito boas. Muito amarelas. Digamos que são, por assim dizer, bananas concentradas. Muito pequenas e com muito sabor...

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Devo ter cuidado?


Todos os dias quando chego a casa tenho um gato preto (presumo que sempre o mesmo) no parapeito da minha janela da garagem. Isto é coisa para se ficar com medo ou não? Pelo sim pelo não, deixa cá ter os olhos bem abertos!

o melhor do mundial 2010...

Não sou especial fã da Shakira, mas engracei com este "Waka Waka", o que fazer?

quinta-feira, 15 de julho de 2010

À noite, na Praia


Ontem fui dar um passeio pela Praia, à noite. Há dois anos que não o fazia, o que não é dificil, já que há um ano atrás o meu príncipe tinha por esta altura pouco mais que uma semana. Mas ontem, sem filhos em casa e com um jantar rápido, fomos até à Praia do Sul, mesmo ali perto de casa. Confesso que vou mais para ali de Inverno que no Verão. Tem um passeio simpático para dar umas caminhadas e deixar os miúdos à vontade. Mas é uma praia muito engraçada para se estar com crianças no Verão. Mesmo ao lado do Hotel da Ericeira e com toldos que transpiram a férias e a boa disposição, nesta praia há bolas de berlim (quem não gosta?) e sempre bom ambiente. Ontem, por momentos, regressei às férias em Biarritz, há precisamente dois anos, com aquelas passeatas de frente para o Casino. Gostei tanto. Pena é que a temperatura na Ericeira não tenha lá muito a ver com a que apanhámos por lá... Mas soube-me muito bem. E foi o suficiente para transformar um dia banal de trabalho, num dia diferente...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A bicicleta, ao terceiro dia


- Mãe, queres ver uma coisa?

- Sim, mostra filha! - disse eu a pensar que ela ia fazer uma curva apertada sem pôr os pés no chão, ou ia travar com o travão e não com os pés, enfim, alguma coisa mais normal para quem tem uma bicicleta há três dias.

- Olha eu sem mãos!


Fiquei assim sem saber muito bem o que lhe dizer. Estupefacta com a destreza e com a inclinação que os miúdos têm para o disparate logo assim desde pequenos...

Agora só espero que os avós não me telefonem a dizer que ela também já anda sem dentes!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Já conhecem os Bandarra?


São Açorianos e prometem ser uma das revelações da música portuguesa deste ano 2010. Os Bandarra acabam de lançar um CD homónimo e recuperam sons tradicionais portugueses, mas dando-lhes uma nova roupagem, irreverente, atrevida e divertida. Com Carlos Guerreiro (Gaiteiros de Lisboa), na produção, Luís Varatojo (Peste e Sida, Despe e Siga, Linha da Frente e NAIFA), na co-produção, a banda tem todos os ingredientes para se tornar num caso sério da música feita e cantada em português. Os treze temas originais com que nos presenteiam, têm títulos tão sui generis como “Um dia saio de Casa”, “Valsa da Carroça”, “Fado do Desencontro”, “Tango da Neblina” ou “Canção do Velho”. Eu, que já tenho o CD e já o ouvi de fio a pavio, digo-vos que se sente à distância o toque original de Luís Varatojo. Depois de terem apresentado em primeira mão o CD no Faial, os Bandarra andam pela Grande Lisboa e quem quiser vê-los e ouvi-los fica a sugestão de passarem hoje, terça-feira, dia 13, pela Fnac do Chiado (18h30), quarta-feira, dia 14, na Fnac do Colombo (18h30), quinta-feira, dia 15, no Incrível Clube Almadense (22h) e sexta-feira, dia 16, no Maxime, Lisboa (23h). Nas lojas Fnac, a entrada é gratuita, no Incrível Clube Almadense custa 5 euros, e no Maxime 8 euros.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Há segundas e segundas...

Ontem houve festa lá em casa para celebrar o primeiro aniversário do príncipe, hoje parece que fui atropelada por um comboio. E quanto mais o dia avança, mais dores encontro...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Gosto disto


Sempre que olho para este cartaz do SW identifico-me. Se há coisa que não gosto é de ficar a olhar a vida a passar. Gosto de viver e nunca é demais dizê-lo. E, não só para o Festival da Zambujeira, mas para a Vida inteira, não há melhor mensagem. Vens ver ou vens viver?

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Isto está de tal forma que dá medo

Acabo de saber que o Rádio Clube Português está a fechar portas. Parece que domingo é o último dia. Ainda a semana passada, ou na outra, fechou o 24 horas. São nomes conhecidos da comunicação social e mesmo assim não resistem. E a quantidade de jornalistas que vêm para a rua é assustadora. Isto está de tal maneira que dá medo. Muito medo.

Alive

Quer-me cá parecer que Algés vai ficar mais perto do Tejo. Já está tanta gente no Optimus Alive que acredito que a zona ribeirinha, ou porque não Lisboa mesmo, sofra uma ligeira inclinação nestes três dias de música.

Lulla Bye – One Way (ou o que eu ando a ouvir)



Aqui há dias (o mais provavel é terem sido meses, que o tempo desde lado voa a uma velocidade aterradora!) recebi na minha mesa de trabalhos a edição especial do CD “One Way”, dos portugueses Lulla Bye, que contém um CD extra com o concerto mais pequeno do mundo, transmitido pela Rádio Comercial. Não conhecia bem o trabalho dos Lulla Bye, se bem que “A Bigger Plan” anda na boca do mundo, como se costuma dizer e, diga-se a bem da verdade, e bem. É muito bom. Esta semana, que os miúdos já se encontram a banhos com os avós, tenho direito a colocar os meus CD's no rádio do carro, e tenho vindo a ouvi-lo (One Way) de fio a pavio. Gostei. Oiçam que vale a pena. Obrigada à Espacial pela edição e respectivo envio da mesma...

Desejos

Esta é a minha terceira gravidez e posso garantir que nunca fui assaltada por nenhum desejo. Sempre comi como antes (sim, porque depois, na altura da amamentação, aí é que é ver-me a comer como se o mundo fosse acabar). Mas hoje acordei com um desejo que não me larga, mas não é de comida. Tenho fome de férias. Preciso de parar. Será que este é um desejo de grávida que tem mesmo que ser atendido, com receio da criança nascer de cabelo em pé, ou vou ter que continuar a trabalhar com este calor?

quarta-feira, 7 de julho de 2010

São tão mentirosos...

que irrita. Acabo de chegar do supermercado. O príncipe fez um aninho na segunda-feira e vamos fazer um lanchinho especial no fim-de-semana, cá em casa. Ontem fui ao mesmo supermercado, mas no Oeiras Parque, e vi lá um Centro de Actividades para ele que comprei. Achei-o super didático e tinha a particularidade de estar com um desconto de 50 por cento em cartão. No fundo, nós sabemos que esta história dos descontos é tudo uma grandessíssima treta, mas queremos acreditar que fazemos uma boa compra. O tal brinquedo custava 19,99 euros, mas 10 euros revertiam para o cartão. Boa, pensei eu, e toca de meter o jogo no carrinho. Agora, no mesmo supermercado, mas de Mafra eis que vejo o mesmo centro de actividades, sem desconto em cartão, mas com o preço de 15 euros. Ora, das duas uma, ou a loja de Mafra é sobejamente mais barata (o que não constato noutros produtos) ou o brinquedo tinha o preço real de 15 euros e em Oeiras aumentaram para 20 para fazer o tal desconto maravilha. São tão mentirosos estes descontos que até me irrita. Apre...

Felicidade em lista de afazeres



Já o disse vezes sem conta aqui e quem me conhece sabe que é verdade: não sou de livros de auto-ajuda. Aquelas coisas do género “como salvar o seu casamento em cinco passos” ou “como alcançar o sucesso profissional numa semana” comigo não vingavam. Não sei se pelas revistas da adolescência, com as dicas rídiculas que conquistar o rapaz dos nossos sonhos, ou de nos tornarmos na rapariga mais famosa do liceu, ou porque me está no sangue, habituei-me a etiquetar todo este estilo de livros com “inútil”. No entanto, aqui há dias aterrou na minha mesa de trabalho este “Projecto Felicidade” e porque podia muito bem ter sido escrito por mim, porque me identifico com esta ideia de que a vida é veloz e há que fazer de tudo para a aproveitar ao máximo, decidi abri-lo e vou lendo-o. Não o leio todos os dias, não é um romance que ande desesperada por saber o final. É um livro engraçado e com humor que nos mostra o caminho de uma rapariga igual a todas as outras que decide pôr em marcha um projecto de vida para ser mais feliz. Identificar o que é que gosta realmente, o que quer ser, como quer ser vista. E eu acho que, secretamente, todos já tentámos pôr o nosso projecto felicidade em pé, dando-lhe outro nome, fazendo listas de objectivos a cada inicio de ano ou depois de cada festa de aniversário. Acima de tudo tenho-me identificado e divertido e isso já é bom. Ainda para mais o livro nasceu num blogue e eu sou assumidamente fã de blogues: pela falta de editores, pela liberdade certa de escrita. A edição é da Casa das Letras.

Quer-me cá parecer

que o blogue não anda lá muito bem. Os informáticos bem podem dizer que não, mas acredito que o tempo tem influência nestas coisas e acho que o meu pc não se deve dar com este calor todo. Na sexta-feira e no domingo, não me deixou publicar nada. Eram textos da altura, que só faziam sentido naqueles dias, por isso não os vou publicar. Na sexta começou a escrever sozinho, umas sinaléticas dificeis de decifrar, no domingo, pura e simplesmente ignorava as minhas ordens. Ontem, autorizei comentários que não apareceram, mas hoje já estão visiveis. Enfim, se alguém deixar aqui um comentário e não o encontrar depois, não fui eu que ignorei as palavras, foi aqui o sistema que auto censura sem dar uma satisfação...

terça-feira, 6 de julho de 2010

Um

O meu príncipe fez ontem um ano. O primeiro ano da vida dele. Um ano ímpar na minha vida. Apesar de todos os problemas de saúde dele, que de não serem nada de especial me trouxeram dores de cabeça e noites sem dormir, digo apenas aquilo que é a mais pura verdade. Sou tão mais feliz por tê-lo. Ainda somos quatro, a caminho de cinco, lá em casa e a vida foge. Não fossem eles e o desenvolvimento deles, o que eles me surpreendem, e eu não seria de certo tão feliz. E ontem foi um dia muito bom. Dedicado a ele e a ela em cem por cento. Fomos à praia e só saimos de lá expulsos pelas Gaivotas, pelas 20 horas. Há um ano choveu a 5 de Julho, este ano foi apenas e só o dia mais quente do ano. E foi vivido em pleno. Sem horários, nem pressões. Com eles e para eles.

domingo, 4 de julho de 2010

Mundial

Impressão minha, ou falava-se numa hegemonia da América Latina?

quinta-feira, 1 de julho de 2010

A Fada da Sopa de Arroz



Se o fraco do meu principe são as otites (tantas que eu já lhes consegui perder a conta, só nestes últimos 4 meses), da minha princesa, as maleitas andam ali mais à volta do estômago. Não há vírus de gastroentrite que passe na escola que ela não o apanhe e esta semana, na terça-feira, lá tivemos um desses quadros desagradáveis. Tão desagradável quanto o cheiro que ficou no meu carro, depois de ela vomitar a 500/1000 metros da escola. Nestas coisas (e acho que em mais algumas) sai à mãezinha. Eu não me lembro de festa de anos que não acabasse comigo a dizer “estou mal disposta”. Pois que ela se queixou, na viagem para escola, de dores de barriga, e pumba, sem outro aviso, desatou a vomitar como se tivesse bebido litros de leite de manhã. Nunca percebo como é que conseguimos guardar tanta coisinha cá dentro. Mas adiante. A verdade é que pouco depois começou com febre e no regresso a casa fiz-lhe uma sopa de arroz e cenoura. Mal me viu de volta das cenouras, disse de imadiato que não comia. E eu, que adoro inventar histórias para os meus pequenotes, lá lhe disse que a receita foi-me dada por uma fada que apareceu no carro, assim que ela entrou na escola, para me ajudar a limpar o carro. Quis saber tudo: como estava vestida, como se chamava, como apareceu, se era grande, pequena, voava, tinha totós, enfim, tudo e mais alguma coisa. E eu lá fui apimentando a história até chegarmos à sopa mágica que a ía pôr boa num instante. Ela acreditou. Acreditou como só as crianças têm capacidade de acreditar e ficou fascinada, que, em termos fisicos, equivale a dizer “de boca aberta”. Quando começou a comer, claro que não gostou. Eu sabia que ela não ia gostar. Sobretudo porque lhe dei assim, com a cenoura à vista, e ela só come sopa passada. Continuei a minha história e, para ela comer mais quatro colheres, acrescentei que a fada, que sabia sempre de tudo, ainda me disse que preparava sempre uma surpresa a todos os meninos que comiam aquela sopa. Ela comeu as quatro colheres e eu, claro, cumpri a palavra da Fada da Sopa de Arroz e ontem levei um presente para casa. Foi o delírio. “Eu sabia que a fada me ia dar um presente, eu sabia”, gritava ela pela casa toda com as mãos na cabeça. Quando se deitou, muuuiito depois, ainda me disse. “Oh mãe, a fada foi mesmo minha amiga. Ajudou-me a ficar boa e ainda me deu um presente”. Ela hoje já está boa e eu muito mais feliz por tê-la feito sonhar daquela maneira...