quarta-feira, 30 de junho de 2010

Portugal, o Mundial e Cristiano

Comparado com o balde de água fria que foi a final do Euro 2004, a derrota de ontem frente a Espanha quase não foi nada. Ficámos tristes, ficamos sempre, falo por mim, mas bem lá no fundo, a descrença face à nossa equipa era mais que muita. Eu própria passei por vários estágios: não acreditava que passássemos da primeira parte, mas depois dos 7-0 (ainda que frente à equipa mais fraca do mundial) comecei a sonhar e passei a acreditar no grupo. Ontem alguma equipa tinha que ser eliminada e nem é isso que mais me chateia. Foi de facto a forma como nos despedimos do mundial que se torna vergonhosa, sobretudo pela atitude de Cristiano Ronaldo depois do jogo. Todos os jogadores têm os seus dias bons e seus dias maus e ele, lá porque tem o rótulo de “melhor no mundo” não tem que estar sempre bem e, por isso mesmo, não tem que estar sempre em campo. Nós percebemos isso, mas parece que ele não. Tenho que ser franca e dar-lhe valor por ter trocado tão cedo o colo da mãe por uma carreira que ele construiu a pulso. É um facto. Tem mérito. Veio do nada e hoje tem tudo. Mas se calhar teve tudo rápido demais. Tem uma falta de humildade que só pode ser fruto desse desapego infantil. É típico “a culpa morrer solteira”, faz parte da natureza humana “sacurdir a água do capote”, mas pelo menos poderiam ter a dignidade de sair unidos. Derrotados, mas francamente unidos. E a falta de elos é visivel nesta selecção... É uma pena.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Ora aí está a data extra!

Bem dito, bem certo. A Ritmos e Blues acaba de anunciar uma data extra para o concerto de Roger Waters em Lisboa. Quem não foi a tempo de comprar o bilhete para dia 21 de Março, pode comprar agora, a partir do meio-dia de hoje (daqui a meia hora, precisamente), um bilhete para o concerto do dia seguinte: 22 de Março.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Esgotou

Acaba de ser oficializado: o concerto de Roger Waters, agendado para dia 21 de Março do próximo ano, 2011, está esgotado. Em cerca de um mês foram vendidos cerca de 16 mil bilhetes para o Pavilhão Atlântico, no âmbito da digressão mundial dos 30 anos do álbum The Wall. Será que a organização vai anunciar uma segunda data?

Shock Store

Para quem gosta de moda, mas não gosta lá muito de abrir os cordões à bolsa (e a maior parte das vezes para se estar bem nem sequer é mesmo preciso!), é bom saber que vem lá mais uma edição do Shock Store. A partir de amanhã, no CascaiShopping, e até ao próximo domingo, dia 4, os interessados podem encontrar, num espaço próprio criado para este efeito, grandes marcas como Dolce & Gabanna, Diesel, Hugo Boss, Mochino, Cavalli e Rosa Chá, entre outras, com descontos superiores a 50%, mas também usufruir de descontos especiais em algumas lojas que participam na iniciativa com peças de colecções descontinuadas a preços muito apelativos. Eu, nunca lá passei, mas fica a dica para quem quiser ter a experiência. Com a necssidade que tenho de remodelar o meu guarda-roupa, cheira-me que é este ano que passo por lá...
(se for, depois dou o meu parecer...)

Eco-Clima

Foi preciso pisar o primeiro metro de chão de Oeiras para ver o Sol. Ontem, tal como hoje, na minha mui querida terrinha (!), estava de chuva, mesmo, e frio, como se Inverno se tratasse. Os miúdos obrigatoriamente de manga comprida, os pais a quererem também um aconchego, e a roupa estendida de manhã chegou à noite como se tivesse sido acabada de tirar da máquina. É um lugar à parte, sem dúvida... infelizmente com muito pouco Verão!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Modo: Embarcada



Não me lembro de fazer parte das quase 900 mil pessoas que visitaram a Fragata D. Fernando II e Glória, quando ela esteve aberta ao público, pela primeira vez, na EXPO 98. Acho que na altura tive aquela perspectiva de ver tudo aquilo que depois se ia embora e tanto a Fragata, como o Oceanário era possível ver depois da exposição fechar. E foi o que fiz. No entanto, se ao Oceanário fui logo de imediato, a Fragata, essa deixei de a ver e perdi-lhe o rasto. A verdade é que há dois anos e pouco ela está aberta enquanto embarcação-museu, em Cacilhas. Ontem fui até lá, numa das reportagens que dificilmente esquecerei. Porquê? Porque o comandante da fragata, José António Rocha e Abreu deu-me uma aula de história como nunca tinha tido em toda a minha vidinha de estudante! Saí de lá com ideias concretas sobre as viagens do final do século XIX, entre Índia e Portugal. O que era passar 5 meses em alto mar. Como era viver ali dentro com mais 300 homens. Levantar mesas e esticar camas de rede todas as noites. Andar para cima e para baixo com pólvora, quando era preciso dar uso aos canhões. Ir à casa de banho, como qualquer pessoa nornal tinha necessidade de ir. Sei que quem lá vai, por si só, com direito a um audio-guia que explica tudo, pode não ter acesso a histórias curiosissimas sobre a vida real daquela Fragata, contadas a mim pelo Comandante. Mas digo-vos, o passeio vale a pena. É parte da nossa história, da nossa identidade enquanto povo de marinheiros. E ser marinheiro há dois séculos atrás deveria ser tudo, menos uma tarefa fácil. Gostei mesmo. A Fragata D. Fernando II e Glória pode ser vista de terça-feira a domingo, das 9 às 17 horas. A entrada custa 3 euros para o público em geral (maiores de 18 anos), é grátis para crianças até aos 6, e os jovens até aos 17 pagam apenas 1,5 euros. Passem por lá.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Haja dinheiro

Para miúdos e graúdos, gente que gosta de dançar e outros que apreciam sons alternativos, a partir deste fim-de-semana inicia-se uma maratona de cinco festivais seguidos para quatro fins-de-semana... haja dinheiro, meus senhores, haja dinheiro.
De modo que é assim:
Este fim-de-semana, dias 26 e 27: Festival Panda (Oeiras), para quem tem gente minúscula; e Ericeira Summer Fest, com sons de Reggae junto à Praia de Ribeira D'Ilhas
Fim-de-semana, 2, 3 e 4 de Julho: Delta Tejo (Alcântara) com muita música portuguesa, brasileira e reggae também
Fim-de-semana 8, 9, 10 de Julho: Optimus Alive, no Passeio Marítimo de Algés, com os Pearl Jam como cabeça de cartaz
Fim-de-semana 16, 17 e 18: Super Bock Super Rock, pela primeira vez na Praia do Meco, com o Prince a fechar.
Isto para já não falar que o Rock in Rio já passou e ainda vêm pela frente os habituais festivais Sudoeste, na Zambujeira do Mar, Marés Vivas, no Porto, e o mais recente de Sagres...
Muita música consumimos nós.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

O direito ao trabalho na diferença

Há projectos com os quais me identifico e não podiam passar em branco neste meu espaço, que mais não quer do que passar a palavra sobre o que eu gosto e que vale a pena conhecer. Esta manhã estive com o CECD – Centro de Educação para o Cidadão Deficiente de Mira Sintra, nos seus viveiros de flores, ali para os lados da Terrugem (Sintra), para a inauguração de uma nova estufa. Tem flores ma-ra-vi-lho-sas. É o que vos digo. E são todas tratadas por 35 trabalhadores/utentes do CECD, ou seja, gente que é deficiente, mas que é capaz. E isto deixou-me cheia de orgulho. De peito inchado e sorriso na cara, por haver esta possibilidade de mostrar aos outros, supostos normais, que quem tem problemas fisicos ou mentais, ou ambas as coisas, tem capacidades que devem ser aproveitadas e não ignoradas. Por enquanto o espaço apenas está aberto aos dias de semana, mas por marcação qualquer um de nós pode lá passar ao fim-de-semana e comprar vasos de flores. Cheios de ideias, os responsáveis pelo CECD querem dinamizar os viveiros e estão já abertos à realização ali de festas de aniversário, em que as crianças podem andar de burro, ou participar numa quintinha pedagógica, por exemplo. E, muito importante, os pais das crianças convidadas, não têm que ir embora e voltar mais tarde para as ir buscar. Os viveiros têm espaço suficiente para acolher os pais que podem tomar uma água, ler um livro, conversar com os outros pais, enquanto a acção decorre. Durante a semana, as escolas ou as pessoas a título individual podem passar por lá também e levar os mais novos a conhecer quem trata das flores, flores essas que depois encontramos em espaço públicos, como o Centro Histórico de Sintra. A isto chama-se a educação pela diferença e eu gosto disso. Não é uma promessa, é um “a fazer” na minha agenda: vou lá passar com os meus miúdos. Para que saibam que há gente diferente, mas igual a todos nós no que mais importa, no coração e no gosto pela vida.

O Fado e Carlos Zel



Quem gosta de fado não deve perder o novo CD editado pela Movieplay e que recupera uma das maiores vozes masculinas, desaparecido permaturamente há alguns anos: Carlos Zel. O Casino Estoril, onde Carlos Zel desenvolveu um dos seus últimos projectos de fazer regressar o fado à Linha, serviu de cenário à apresentação do disco “Quartas do Fado”, em que se recuperam duetos ali vividos e experimentados por Carlos Zel e, por exemplo, Bernardo Sassetti, Fernando Maurício e João Ferreira-Rosa, entre outros. Obrigada Sónia Ramos, pelo CD, um testemunho da nossa história cultural!

terça-feira, 22 de junho de 2010

No Campo



Há dias dos quais não esperamos nada e ficam gravados na nossa história. O último domingo foi um dia assim. Tivemos uma almoçarada de amigos no Cadaval, ali para os lados de Torres Vedras. Era um encontro que andava para ser marcado ao tempo e por estas e aquelas razões ia ficando para depois. Mas neste domingo lá fomos, o dia estava bom para se viver o campo. Não estava calor, nem frio. Ameno. E da casa destes nossos amigos, a única coisa que se via era esta paisagem. Parecia que estávamos noutra dimensão. Longe de tudo. Não passou nenhum carro desconhecido e segundo eles que ali moram, por dia passam no máximo dois ou três carros, e sempre de vizinhos! E melhor, não se ouviram telemóveis. Um sossego que me encantou. É certo que a almoçarada foi longa, começou às 13h e só depois das nove da noite é que nos fizemos ao caminho de regresso a casa, mas a verdade é que foi um dia tão fora do circuito habitual que quando cheguei a casa parecia que tinha passado o fim-de-semana fora, de tal forma tinha as energias compensadas. Acho que foi da vista desafogada. Os miúdos, esses, estavam delirantes. Era vê-los correr para ver os pintainhos, os mémés, como eles diziam extasiados por poderem estar ao lado deles tão facilmente. Apanharam caracóis e correram até não aguentar mais. Fizeram festas ao cão e assustaram os gatos. Não falaram uma única vez de televisão, nem precisavam de brinquedos. Uma vida diferente, de facto.

Como ocupar os miúdos


Na grande Lisboa há campos de férias para todos os estilos e gostos dos mais pequenitos ou pré-adolescentes

Com a chegada do Verão começam as dores de cabeça dos pais para saber como ocupar os tempos livres dos filhos, agora que a escola interrompe para as chamadas Férias Grandes. Em Lisboa, o Grupo de Teatro Infantil Animarte (www.grupoanimarte.com) tem agendadas duas oficinas: Pró Ambiente, para crianças doa 4 aos 11 anos, e Produção de Teatro, para jovens dos 12 aos 16 anos. A primeira propõe actividades sempre ao ar livre, no Jardim Botânico da Ajuda, de 28 de Junho a 30 de Julho, durante todo o dia, das 9 às 18 horas, com iniciativas que vão da jardinagem ao teatro e expressão plástica. Os preços variam consoante seja só uma semana, uma quinzena, o mês inteiro, todo o dia ou periodos da manhã ou tarde. Já o Campo de Férias de Produção de Teatro, que se prolonga durante todo o mês, no mesmo horário, conta com a orientação de Sofia Espírito Santo e Fernando Silva, ambos com provas dadas na arte de representar, que vão mostrar tudo o que é preciso saber para produzir um espectáculo. O teatro é aliás uma forte aposta nos campos de férias deste ano, com a Gato que Ladra, em Campo de Ourique a chamar miúdos dos 4 aos 12 anos para aprender a representar, assim como a Tcharan, que aposta no intervalo etário dos 7 aos 13 anos. No Museu da Marioneta também são muitas e variadas as propostas, não só para antes de Agosto, com o ateliê, por exemplo, de construção de marionetas de Água, como os primeiros dias de Setembro, que convida a descobrir os segredos do teatro. Quem gosta mais de aventura e desportos radicais pode optar por aprender a fazer Bodyboard pela Equinócio (www.equinocio.com), em semanas internas a realizar durante o mês de Agosto.

(Há muitas mais sugestões para ocupar os miúdos e eu prometo que vou dando resposta aos pedidos de divulgação que me forem chegando por aqui...)

segunda-feira, 21 de junho de 2010

7

PORTUGAL!!!!!!!
Hoje sim, estávamos lá. 7-0 é muiiiiito bom!

Verão

Parece que o Verão está a chegar por estas alturas. Espero que chegue não só no calendário, mas também na realidade. Tem pouco mais de 90 dias para se redimir da pouca ajuda que deu à Primavera em nos aquecer este ano. Vamos ver o que faz a partir de hoje.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

José Saramago

Acabo de ouvir nas notícias que morreu um dos meus autores preferidos: José Saramago. Prémio Nobel da Literatura, José Saramago não me conquistou pelo "Memorial do Convento" como aconteceu com muitos dos meus colegas de escola, mas arrebatou-me com o "Evangelho Segundo Jesus Cristo" e o "Ensaio Sobre a Cegueira". Os livros, esses, ficam para sempre...

Foi desta

Eu, autora deste blogue me confesso: ainda não conhecia os croissants do “Careca”, da pastelaria do Restelo. Como já o disse, isto de viver a 50 quilómetros de Lisboa tem os seus senãos e se não vou ao Restelo durante a semana, não me faço ao caminho ao domingo, sobretudo para comer croissants. Mas a verdade é que já tinha ouvido falar tanto deles, que hoje dei corda aos sapatos e fui lá bater com os costados, que é como quem diz com a barriga no balcão e só saí de lá com o bendito croissant folhado na mão, acompanhado da também reputada meia-de-leite, cheia de espuma de leite. Um pequeno-almoço simplesmente delicioso. A pastelaria tem uma esplanada muito agradável, de lado tem umas mesas com bancos corridos que faz lembrar um parque de merendas, o que é óptimo para depositar por lá os miúdos que podem andar a brincar à vontade enquanto os paizinhos se deliciam com as iguarias. Parece que “O Careca” ficou conhecido pelos Palmiers, mas esses não provei. Fui sozinha, não queria sair de lá mal-disposta. Os croissants folhados são pequenos, na medida certa. À primeira dentada trouxe-me logo à memória os pequenos biscoitos Areias, aqueles feitos de manteiga. Isto porque a massa destes croissants é uma mistura entre a folhada e a de manteiga. Não tem recheio, porque não precisa, são húmidos pela quantidade enorme de manteiga e por cima têm açúcar fininho que acaba por se derreter. Estão sempre a sair fornadas e todos têm direito a um croissant quentinho acabado de sair do forno. Parece que já estou a ver o meu próximo Inverno. Lá dentro, digamos que não é o melhor sítio para estar, tem sempre tanta gente ao balcão e há tanto barulho que é difícil estar ali descansado a ler as notícias do dia. E se eu gosto de tomar o pequeno-almoço na companhia das letras. Mas num dia fresco, mas bom de estar na rua, já me estou a ver a enfardar croissants como se o mundo fosse acabar. Não sei se são os melhores croissants de Lisboa como muitos apregoam, mas que foi dos melhores que alguma vez já comi, ai isso foi.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Obrigada Senhores da Amway


Adivinharam ou sabiam mesmo que a minha cara está uma lástima e eu estava mesmo a precisar de uns produtos novos para me reciclar? Esta marca, que tenho que ser sincera eu desconhecia até hoje, enviou-me uma caixa com creme, leite de limpeza, reparador de olhos, máscara e um gloss e eu só posso dizer muito obrigada. A ver pelo cheirinho, já vos digo que mal posso esperar por amanhã para experimentar. Cheira a creme mesmo. Bom. A Amway lançou agora a gama a Beautycycle composta por quatro linhas inspiradas nos quatro elementos do Planeta: Ar, Água, Terra e Fogo, e ainda uma linha Cor, para iluminar ainda mais a tez, neste Verão. Cada pessoa pode comprar a linha que lhe convier mais: Ar reaviva o teor de oxigénio na pele; Água confere uma hidratação profunda; Terra ajuda a alcançar o equilíbrio e Fogo tem como propósito dar mais energia. Ou então misturar e escolher um produto de cada linha. Na oferta que me enviaram, e parece mesmo que foi pensada propositadamente para mim, calhou-me um Leite de Limpeza Ar, um Reparador de Olhos Fogo (e ainda bem, com estas últimas noites tão mal dormidas, o que preciso mesmo é de energia), um Creme Hidratante Água (durante as minhas gravidezes sempre utilizei cosméticos à base de água), uma máscara e um gloss clarinho e discreto como eu gosto. O que posso dizer? MUITO OBRIGADA!

Esta semana andei por aqui...


O Museu do Ar instalou-se no final do ano passado na Base Aérea de Sintra, na Estrada que liga Sintra a Mafra. Ainda está em fase de crescimento, mas tem uma colecção interessante, franca e acima de tudo, tem pessoas à frente dele que querem elevar o seu nome aqui e além fronteiras. E isso é o principal. Está aberto de terça-feira a domingo, entre as 10 e as 17 horas, e há visitas guiadas duas vez por dia: às 10h30 e 14h30. A entrada custa 3 euros.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Concertos à borla… é o que se quer!


Quero ver se não perco o primeiro dos Concertos de Verão do Casino Estoril. É do Pedro Abrunhosa e eu gosto tanto da “Fazer o que ainda não foi feito”. Aqui há uns dois anos, mais coisa menos coisa, fui ao concerto dele no Centro Cultural Olga Cadaval. Fui sem grande expectativa e saí de lá rendida. Diverti-me como não me diverti em muitos dos concertos que aguardei com expectativa. Este ano, os Concertos de Verão são um pouquinho menos que nas edições anteriores, terminam mais cedo e juntam aos grandes nomes nacionais, outras que dão que falar lá por fora. Aqui fica a agenda para que não se percam.
Julho: Pedro Abrunhosa (dia 8), Mafalda Veiga (dia 15), Jorge Palma (dia 22) e Mayra Andrade (dia 29)
Agosto: Jazzanova (dia 5), Muxima (dia 12), Tiago Bettencourt & Mantha (dia 19) e Deolinda (dia 26)
Setembro: Nouvelle Vague (dia 2) e Rui Veloso (dia 9).

Para além de Pedro Abrunhosa gostava de ver Mayra Andrade, que também já vi e gosto muito, os Deolinda, Nouvelle Vague e Rui Veloso, que nunca me canso de ouvir…

terça-feira, 15 de junho de 2010

O Coelho de Miguel Sousa Tavares



“Os homens são estranhos, Ismael. Nem sempre escolhem o que mais gostam, aquilo que os faz ser felizes.”


“Ismael e Chopin” é o novo livro para o público infantil de Miguel Sousa Tavares. Foi editado há algumas semanas pela Oficina do Livro e tem recados para se perceber os grandes. Não é um livro alegre, que faça os mais pequenos rir às gargalhadas. Segue a própria linha critica do autor, que insiste em chamar as coisas pelos nomes, quando assim é preciso. Neste livro em que nos dá a conhecer o coelho bravo Ismael, o número 29 de 53 filhos, Miguel Sousa Tavares chama “estúpidos” aos homens mais do que uma vez. Porque a bem da verdade, muitos de nós segue caminhos que contrariam a sua própria felicidade, só porque “é assim” ou “tem que ser”. Com capacidades que ultrapassam qualquer animal, Ismael consegue comunicar com os homens. Não fala, mas percebe a sua língua ao ponto de a escrever. E trava conhecimento com Chopin, o grande compositor que antes de morrer lhe deixa uma composição nova, até agora mantida algures numa toca de coelho. Quando, num dia qualquer ouvir a notícia do encontro de uma nova partitura de Chopin, vou acreditar que Isamel existiu e que foi um descendente seu que arrumou a toca e deitou cá para fora um conjunto de papéis com sinaléticas que ao serem transferidas para o piano podem gerar a mais bela das melodias. Fico à espera.

Greve de sono

O príncipe lá de casa está em greve de sono, contra a otites e eu apoio-o incondicionalmente. Já era tempo dessas fulanas, que gostam de atazanar a vida a quem é pequeno e tem dentes a querer romper, darem-lhe alguma trégua. Desde Fevereiro que não descansa os ouvidos e há duas noites que berra para todos os vizinhos saberem o que dói. Estive quatro dias em casa para descansar e agora que voltei ao activo, estou há duas noites sem dormir... Por acaso não dá para encomendar por aí, algures, numa empresa de gente inovadora portuguesa, um feriado para esta semanita, não?

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Já ganhei o dia


Acaba de chegar à minha mesa de trabalhos e até vem acompanhado por um avental, este novo livro de cozinha de Mafalda Pinto Leite, "Dias com Mafalda". Parece-me que vai ser a minha biblia dos próximos tempos, então eu que ando cada vez com menos tempo para estar entre tachos e panelas. Prometo voltar em breve para falar das receitas e dizer de minha justiça. Mas, digo já, convenceu-me. A

edição é da Casa das Letras. É grande, de lombada larga e parece-me muito bem....

ah, pois é...

Habituadinhos que estamos a descansar à quinta-feira (o que é bom enraiza-se rapidamente na nossa rotina!), cheira-me que esta semana vai parecer de elástico.

domingo, 13 de junho de 2010

As Bolas da Foz

Aos domingos é assim. Permite-se tudo. Pode dormir-se até mais tarde (quando os filhos não resolvem acordar ainda mais cedo do que nos dias de trabalhos, porque nesses quase que é preciso arrancá-los da cama). Pode-se não almoçar e juntar o pequeno-almoço a essa hora com um lanche almoçarado, ou um brunch como agora está tão em voga. Dizem que no Chiado há Brunches de trás da orelha, mas isto de eu viver a 50 km de Lisboa e de obrigatoriamente ter de os percorrer de segunda a sexta, faz com que aos domingos queira dar folga aos quilómetros, e, claro, ainda não fui até lá. Também há quem aproveite para fazer um daqueles almoços de família, juntar muita gente, muita risada e trabalho na cozinha que chegue para uma semana. Eu cá, sou adepta dos domingos sem regras, sem pressões, sem horas e sem dietas. É por isso que aos domingos dou grandes facadas nas leis da boa nutrição. Este domingo acordou tão soalheiro que vesti os miúdos para a praia, não me lembrei foi de fazer primeiro uma investida à varanda virada a norte, de frente para a praia. Resultado: à chegada à praia da Foz do Lizandro, praia maravilhosa para quem tem gente minúscula, o frio vencia o sol. Sentámo-nos pois a beber café e a comer a boa da Bola de Berlim. É um ritual, acredito. Quem vai à Foz do Lizandro tem que comer uma Bola de Berlim. São diferentes das outras, com um creme, igualmente de ovo, mas mais esbranquiçado, sem aquele amarelo sintético. Uma ma-ra-vi-lha, podem confiar. Do Limipicos ao Na Onda, que é como quem diz, de uma ponta à outra, não há esplanada que não as venda. E à minha volta, enquanto punha a leitura em dia, ao lado do príncipe mais pequeno, e enquanto a princesa mais crescida tentava ir a banhos com o pai, não vi nenhuma mesa sem a sua Bola da ordem. Um ritual domingueiro que, eu sei, vai instalar-se no meu rabiosque para o resto do Verão. Mas que sabe bem, sabe... Paciência: o resto da semana fico a sopa.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

E depois perguntam-me...


E não estás a pensar mudar de casa?

Não...

O inverno é duro, é certo, mas metade do ano despeço-me dos dias com este espectáculo visto do terraço do meu quarto. E sabe tão bem...

domingo, 6 de junho de 2010

Praia


Se vos contar que há uns quatro anos que nós os dois não fechavamos um dia com um bom passeio na praia, à beira-mar, com os pés na água e de mãos dadas pelo areal a perder de vista, vocês se calhar nem acreditam. Mas é verdade. Desde que fomos pais que andamos para todo o lado com os miúdos. Eu adoro ser mãe e levo os miúdos para todo o lado. Logicamente que vão sempre para a praia connosco e não me vou pôr a andar com crianças ao colo. Fazemos outras coisas, castelos e bolos de areia, pois claro, e isso também é muito bom. Mas ontem, ao final do dia, enquanto o mais pequeno dormia, sob o olhar do avô, a mais crescida quis ir ao Parque com a avó e nós os dois aproveitámos para namorar. E soube tão bem. O passeio, a paz, as conversas... Acabar um dia com um passeio à beira-mar é das coisas mais relaxantes que sei fazer. Poder caminhar, sem pressas, sem horas marcadas, e respirar o ar da praia, é revigorante. Deu para falar de sonhos, planear férias, apanhar conchas, enfim... viver. E eu adoro viver!

Comentários

Faço este blogue porque gosto de dizer, contar, falar com pessoas. Acho que é por isso que desde muito cedo decidi ser jornalista: para partilhar. E, claro, que fico muito feliz quando me aparecem comentários. Sobretudo este último feito à minha mensagem sobre os Bonecos da Natalina, que mereceu um comentário do outro lado do Mundo: da Austrália. E isso fez de mim, hoje, uma pessoa mais feliz. Obrigada Maria João, pelo comentário, claro, mas sobretudo pela leitura e partilha do que vou fazendo.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O regresso da Abelha Maia



Acaba de aterrar aqui na minha mesa de trabalhos o novo CD infantil “Hora de Recreio 2”, da Espacial Musica. Um CD que comporta também a função de karaoke, para a festa ser completa do lado da pequenada, e que recupera velhos êxitos como a “Abelha Maia”, “Sebastião come tudo” e “O Areias (é um camelo)”. Os principes lá de casa agradecem, sobretudo ela que mal entra no carro pergunta se pode ouvir os CD's que por lá andam. E, diga-se a bem da verdade, a mãe também agradece, porque senão dava em doida sempre a ouvir as mesmas coisas. Podem ser músicas infantis na mesma, mas pelo menos vamos variando... Já estou a ver o regresso a casa, daqui a pouco! Para quem se esqueceu da prendinha do Dia Mundial da Criança fica a dica: a “Hora do Recreio 2” traz 30 músicas para alegrar os dias dos mais pequenotes.

Por mim...

Podiam haver pontes todas as semanas. Uma por mês, vá lá, senão a produtividade deste país, que já não é boa, seria ainda pior. Mas nestes dias é tão mais fácil chegar ao trabalho e estacionar...

terça-feira, 1 de junho de 2010

Os BONS miúdos de hoje

Como sabem não ligo muito a estas datas do dia mundial disto e daquilo. Mas hoje é dia da Criança e, de facto, nas últimas semanas já fiz praticamente uma dezena de reportagens em escolas. Hoje estive no Colégio Vasco da Gama, em Meleças, Sintra, e fiquei abismada com a qualidade do ensino ali praticada. Vê-se, sente-se. Para não falar das instalações, que são absolutamente fantásticas, com espaço para equitação, o que dá para perceber a dimensão do colégio. É certo que é uma instituição particular, e se os pais pagam, sobretudo quando entramos no campo da escolaridade obrigatória, quando há oferta estatal, é porque querem um ensino de excelência. Querem e podem. No entanto, e porque está na base desta minha reflexão, quero fazer aqui referência à escola 2,3 Mestre Domingos Saraiva, em Algueirão, que tive oportunidade de conhecer na semana passada e onde fiquei imensamente surpreendida com a Orquestra Juvenil que congrega. Fiquei boquiaberta com a qualidade das vozes dos miúdos, com o jeito de tocar, com a postura em frente aos convidados. Hoje, a surpresa repetiu-se, com a voz absolutamente fantástica de uma aluna do Vasco da Gama que cantou na sessão solene dos 50 anos da instituição. Tenho a certeza que no futuro vamos todos ver estas caras, ainda pequenas hoje, na televisão. A dar cartas na sociedade portuguesa. Espero que assim seja, porque eles são promissores. Sou daquelas pessoas que considera a formação musical imprescindivel na formação dos alunos. Faz bem à memória, descontrai, é um escape. Hoje em dia fala-se muito da falta de edução dos jovens. Da falta de formação, de modos. Mas também é verdade que há projectos educativos muito bons. Públicos e privados, e isso é de louvar. Os bons exemplos é para conhecer, porque quem tem filhos sabe bem que a edução e a escolha das escolas é uma verdadeira dor de cabeça.