A vida é uma maravilha. É mesmo, de verdade! E é por ser assim, tão preciosa e única que é tão fugaz. Nós por aqui somos 5 e somos muitos diferentes! 5 mais um cão e adoramos viver e todos os dias fazemos mais qualquer coisa para sermos mesmo felizes!
quarta-feira, 23 de junho de 2010
O direito ao trabalho na diferença
Há projectos com os quais me identifico e não podiam passar em branco neste meu espaço, que mais não quer do que passar a palavra sobre o que eu gosto e que vale a pena conhecer. Esta manhã estive com o CECD – Centro de Educação para o Cidadão Deficiente de Mira Sintra, nos seus viveiros de flores, ali para os lados da Terrugem (Sintra), para a inauguração de uma nova estufa. Tem flores ma-ra-vi-lho-sas. É o que vos digo. E são todas tratadas por 35 trabalhadores/utentes do CECD, ou seja, gente que é deficiente, mas que é capaz. E isto deixou-me cheia de orgulho. De peito inchado e sorriso na cara, por haver esta possibilidade de mostrar aos outros, supostos normais, que quem tem problemas fisicos ou mentais, ou ambas as coisas, tem capacidades que devem ser aproveitadas e não ignoradas. Por enquanto o espaço apenas está aberto aos dias de semana, mas por marcação qualquer um de nós pode lá passar ao fim-de-semana e comprar vasos de flores. Cheios de ideias, os responsáveis pelo CECD querem dinamizar os viveiros e estão já abertos à realização ali de festas de aniversário, em que as crianças podem andar de burro, ou participar numa quintinha pedagógica, por exemplo. E, muito importante, os pais das crianças convidadas, não têm que ir embora e voltar mais tarde para as ir buscar. Os viveiros têm espaço suficiente para acolher os pais que podem tomar uma água, ler um livro, conversar com os outros pais, enquanto a acção decorre. Durante a semana, as escolas ou as pessoas a título individual podem passar por lá também e levar os mais novos a conhecer quem trata das flores, flores essas que depois encontramos em espaço públicos, como o Centro Histórico de Sintra. A isto chama-se a educação pela diferença e eu gosto disso. Não é uma promessa, é um “a fazer” na minha agenda: vou lá passar com os meus miúdos. Para que saibam que há gente diferente, mas igual a todos nós no que mais importa, no coração e no gosto pela vida.
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