Há reuniões que nos ficam na memória por serem boas. Há outras que nos ficam na cabeça por serem muito más, mas na maioria das vezes, o sentimento é genérico: fazem-se reuniões a mais e não servem para nada na sua grande maioria. AS expectativas são quase sempre baixas, mas depois há momentos que podem valer ouro ou cada milha de avião percorrida. Esta semana tive o privilégio de participar numa reunião que me transformou. Completa e profundamente. Foi a melhor reunião onde alguma vez estive. Pode não vir a mudar a minha vida ou até pode, não sei. Mas mudou a minha maneira de estar de forma imediata.
Acho que já o disse aqui: 2020 começou demasiado morno para mim. Senti-o logo na passagem de ano, no primeiro dia. Comecei com a motivação e a auto estima em baixo. Um cansaço enorme e violento que originou uma gigante bola de neve. Todos os dias a alimentar-me com menos energia, menos vontade, mais amorfa.
A verdade é que todos nós precisamos de um empurrão de vez em quando e esta reunião de dois dias em Madrid abanou-me dos pés à cabeça. Assisti a intervenções verdadeiramente maravilhosas, de pessoas que sabem bem o que fazem e como tocar os outros e vi o vídeo que aqui estou a partilhar. Vi uma e vi duas vezes e vejo agora outra vez que estou aqui a escrever estas linhas. A educação pela positiva, a atitude positiva perante a vida é TUDO.
É mais fácil dizer a alguém que não tem jeito ou talento para alguma coisa e dar a dica para mudar de hobbie, desporto ou trabalho, do que pegar e perante a paixão assumida por algo, incentivar e ajudar a desenvolver habilidades. É mais fácil na escola repreender os miúdos que não se enquadram na estrutura do ensino, do que abrir.lhes os horizontes e mostrar-lhes outros caminhos. Todos podemos ser diamantes em bruto, se tivermos paixão por alguma coisa. O reconhecimento vem depois, com muito trabalho feito. O Ronaldo que é o Ronaldo também precisou que alguém acreditasse nele. Tinha talento logo ao início, tinha. Mas seria o que é se não trabalhasse tanto como trabalha? Ainda hoje. Todos os dias. Sem dúvida que não.
Nem todos temos vocação para professor. Nem todos têm capacidade para ser chefe. Ser professor não é só obrigar a seguir a norma. Ser chefe não é mandar. Ser professor é acolher e motivar. Ser chefe e ouvir e desenvolver.
E quando tudo parece não resultar, é sentir que se fez de tudo para conseguir que isso já vale muito a pena. Porque, uma viagem não é chegar ao destino, mas sim fazer com que cada Km conte!
Há algum Mr. Jensen por aí?
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