quarta-feira, 26 de agosto de 2020

As férias são um caso sério

 


 

A vida está para poucas brincadeiras, é certo, mas até que ponto não espairecer a cabeça vai resolver ou minimizar alguma coisa. Julgo que pouco ou nada.

Infelizmente, muitos foram os portugueses que decidiram este ano não fazer férias. Reforço o infelizmente porque para mim, as férias são um direito do qual não devemos abdicar. Podemos adiar, podemos reduzir, mas nunca abdicar. Infelizmente tenho amigos que tiraram férias oficialmente, mas não foram para lado nenhum. Que ficaram em casa e praticamente fizeram uma vida igual à do resto do ano. 

É verdade que nem todos estamos a viver situações exatamente iguais. A pandemia afectou-nos todos, mas como em tudo, a uns mais que a outros. Há desemprego em algumas famílias e medo em quase todas. Há poucas perspectivas de melhorias numa parte e há total pessimismo numa outra. Nem todos conseguem utilizar o subsídio de férias para aquilo para o qual foi criado: ir de férias. Na verdade nem todos têm subsídio de férias. Há uma parte que utiliza esse extra para compor as contas familiares ou para melhorias em casa: repor um electrodoméstico que se avariou, pintar a casa que preciso de uma mão há vários anos. Há ainda quem prefira poupar que o futuro promete ser complicado. E há ainda quem não tenha podido tirar férias nesta fase e tenha sido obrigado a gastar os dias de férias em pleno confinamento. 

E tudo isto é legítimo, mais que legítimo. Mas eu acho que as férias não são apenas um direito, muito menos um luxo. Na verdade, uns dias de descanso e diversão, podem fazer a diferença no nosso futuro. 

Não ir de férias para lado nenhum pode ter um impacto muito negativo no rendimento dos meses longos de trabalho que lá vêm. O outono e o inverno vão chegar cheios de incertezas. Neste momento ainda é possível sair e passear, com todos os cuidados, mas com alguma segurança garantida. O Vírus enfraquece com o sol e o calor e a nós a vitamina D fortalece-nos.

Há vários destinos que podemos visitar, muito perto de casa, sem necessidade de ficarmos a dormir fora de casa, que nos dão a sensação de férias.


 

Évora é sempre uma boa opção

A uma hora e meia de Lisboa, Évora fica suficiente longe para fugir do ambiente normal da capital e perto para uma visita de um dia. 

Eu, particularmente, gosto muito de Évora e já lá passei vários fins de semana. Tem excelente hóteis, mas neste post, falo apenas da ideia de ir de manhã e voltar ao final do dia. Porque é uma cidade muito simpática, com muito para visitar e excelentes restaurantes. O Templo de Diana e a capela dos ossos são incontornáveis, assim como também é uma bebida refrescante na praça do giraldo. Eu gosto de me misturar com as pessoas locais. De Aproveitar para fazer uma compras, saber qual o bolo típico, apreciar o rebuliço próprio de cada dia. É uma cidade universitária e por isso tem todas as lojas boas que gostamos, as lojas de confecções próprias, e as últimas novidades.  


 

Mafra e Ericeira a meia hora de caminho

Sou suspeita, eu sei. Há mais ou menos 20 anos escolhi a Ericeira para viver e adoro, sobretudo de setembro a Julho!!! Na verdade, Agosto é caótico em todo o lado, mas de facto esta vila piscatória fica cheia de gente neste mês de férias por excelência. Está a pouco mais de 30 minutos de Lisboa pela auto estrada. É muito bonita, tem boas praias fantásticas e ótimos restaurantes de peixe que sabe sempre tão bem nos meses quentes. Ninguém pode sair daqui sem comer um Ouriço da Casa Fernanda, junto à muro dos pescadores ou deliciar-se com um Pastel de Nata das Maria no Jogo da Bola. É normal acordar nublada e por isso acho que se pode rentabilizar o tempo com uma ida a Mafra, a capital do concelho e visitar o Palácio, para sempre um dos meus monumentos preferidos, o Jardim do Cerco, o Parque desportivo ou a Tapada de Mafra que é um património natural muito rico.


Sintra e Cascais, do óbvio ao extraordinário

Há muito que consideramos Cascais e Sintra, como Lisboa de tão perto que estão, mas o ambiente é totalmente diferente e faz todo o sentido incluir aqui, por mais óbvio que pareça.

Há quanto tempo não passeia em Cascais? Há quanto tempo não visita um dos muitos e extraordinários monumentos de Sintra.

Conhece O Palácio da Pena? O castelo dos Mouros? A Quinta da Regaleira? O Palácio de Monserrate?

Há quanto tempo não come uma gelado em frente à Baia de Cascais? Ou na Marina?

Há mil e um motivos para seguir viagem desde manhã cedo e só regressar a casa ao final do dia. Vai ver que vai parecer que foi para bem longe!


Muitas outras sugestões podiam caber neste post, como Óbidos, Arrábida, Sesimbra, e nunca mais daqui saiamos. Façam-se à estrada. Não fiquem presos ao medo do dia a dia. Saiam de casa, com todo o cuidado, visitem sítios novos, passem noutros que já não se lembram da última vez que lá foram, mas divirtam-se e aproveitem os últimos dias de verão. 

Faz bem ao corpo e à alma. A vossa cabeça vai agradecer!

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