terça-feira, 18 de novembro de 2014

Conhecem a Maria Modista?

Vocês sabem que eu não resisto a uma boa história de alguém que mudou de vida em busca de um sonho. Trocar o certo pelo incerto em busca de uma felicidade maior. Foi por isso que quando meti os olhos na capa de “Maria Modista: Amor ao Primeiro Ponto” fiquei encantada e decidi falar com a Filipa Bibe, a autora do livro, para saber mais, para ganhar inspiração, para seguir o exemplo. A Filipa trocou a vida “cinzentona”, como ela diz (!) da contabilidade, por tecidos coloridos. Abriu uma escola de costura, que em Portugal são raras, e delicia-se no colorido dos tecidos e das criações. E segundo mostra o livro, todos nós podemos pegar na agulha e assim quisermos!

Fica a entrevista, ultra simples e descomplicada, que fiz à Filipa, que foi um amor e respondeu rapidamente ao meu pedido, mesmo estando cheia de projectos. Porque quando se gosta mesmo do que se faz, arranja-se sempre mais um tempinho.



O que podemos encontrar no livro “Maria Modista: Amor ao Primeiro Ponto”?
Podem encontrar um pouco da história de como começou a Maria Modista e de como mudou a minha vida, bem como a vida de algumas alunas.
O livro tem noções básicas do que precisam para começar a costurar e apresenta os projectos mais pedidos pelas alunas ao longo destes 2 anos de existência da escola.
Os projectos incluem moldes e passo a passo bem detalhado para conseguirem fazer sozinhos em casa.

Este é o primeiro livro depois de abrir a escola Maria Modista?
Sim.


A Filipa vem de uma família de gestores e começou por criar uma empresa de contabilidade. No entanto, a paixão pela costura falou mais alto e correu atrás de um sonho de menina. Fale-me de todo este percurso.
A minha formação é em Gestão muito para seguir as pegadas do avô, pai e tios que sempre tiveram empresas e era o curso que tinha mais saídas profissionais. Mal saí da faculdade arranquei com uma empresa de contabilidade com a minha sócia Patrícia Pinto, sócia também da Maria Modista.
10 anos em contabilidade são muitos anos e estava sempre a queixar-me à Patrícia que estava farta e que não queria fazer contabilidade para o resto da vida, que era criativa demais para uma profissão tão cinzentona e que o que queria era aprender a desenhar e a fazer roupa.
Desde cedo que costurava à mão com a avó e inventava roupas com a máquina de costura da minha mãe! Todas das amigas aproveitavam para pedir para apertar as calças na época das calças justinhas.
Decidida a tirar um curso comecei toda uma pesquisa de escolas e cursos de costura que reparei que eram quase inexistentes em Portugal, ou que eram antiquados demais para o que eu queria. Estava aí uma oportunidade de negócio…Falei com a Patrícia sobre a possibilidade de termos uma escola de costura e ela adorou! Já tínhamos o espaço e foi só pôr o plano em prática. Foi tudo muito rápido a partir daí.

A sua história não deixa de ser uma inspiração para todos aqueles que sonham em mudar de vida… Sente-se uma pessoa mais feliz agora?
Muito mas muito mais feliz, mas também com muito menos tempo, mas não faz mal porque é um tempo tão bom que passa a voar entre conversas com alunas e professoras, aulas de costura e gestão da empresa.


Quer deixar alguma mensagens ao leitores do blogue Vida Maravilha?
Eu era daquelas pessoas que admirava e que achava muito raro ter-se a profissão ideal e ser-se apaixonada pelo que se faz.
Consegui isso mas não pensei “o que é que me vai fazer rica?” pensei antes ”o que é que me vai fazer feliz?” Quando criamos um projecto do coração acho que tem tudo para resultar.
Espero que o livro também ajude alguém a mudar de vida, assim como as aulas mudaram a de muitas alunas.
A querida Filipa não sabe, mas só com estas palavras já conseguiu mudar o meu dia!

Vamos todos correr atrás dos sonhos?

O Livro tem edição da Matéria-Prima Edições e parece-me ser um feliz presente de Natal!

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