Não consegui acreditar à primeira quando ouvi a notícia. Falei com ela meia dúzia de vezes e entrevistei-a uma, ao mesmo tempo que a vi cozinhar. Sempre tão pronta, tão descontraída e bem humorada. Foi um dos trabalhos que mais gostei de fazer. Custa-me mesmo a acreditar que tenha morrido. Tão incrivelmente jovem. Era daquelas pessoas que não envelhecia. Tenho alguns livros dela, não todos, e não há qualquer dúvida que deixou um legado enorme à nossa gastronomia. Se houve quem soubesse dar lições de como cozinhar para muitos quando para um já era pouco, foi ela. Lembro-me de ouvi-la contar histórias da sua infância e de lhe retribuir com episódios que a minha avó me contava, de "uma sardinha dar para três"! Lembro-me de provar um risoto acabado de fazer e de como estava delicioso. Mas mais importante que tudo isso, lembro-me de chorar a rir com os programas do Herman e da famosa Paprika e mais: de a ver perdida de riso com a brincadeiras também. E quem sabe rir de si próprio, quem se diverte quando os outros fazem paródia consigo mesmo, só pode ser alguém enorme. Eu gostava tanto da Filipa Vacondeus...
Hoje, fiquei triste.
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