Madrid

Por incrível que pareça nunca tinha estado em Madrid. Já lá tinha passado variadíssimas vezes: ou de carro em direção a Andorra, ou em escala no aeroporto, em voos tão diferentes como República Dominicana, Cuba, ou Costa Rica. Há muito que me impunha conhecer a capital espanhola. Foi desta! Depois de termos adiado a viagem no nosso aniversário de casamento, aproveitámos as férias de Carnaval dos miúdos e lá fomos os cinco até Madrid. E foi muito bom! Viajar com três crianças não é o mais fácil do mundo, sobretudo crianças ainda tão pequenas e sobretudo também quando viajamos para uma cidade, mas a verdade é que eles se portaram incrivelmente bem. Com birras, empurrões, amuos, claro que sim, mas com tudo a correr bem no final. Fartaram-se de andar, tanto como nós, e claro que tivemos que aceitar descansar muito mais do que queríamos e teríamos feito se fossemos só os dois, mas a verdade é que deu para ver tudo aquilo que queríamos.


Nunca pensei que Madrid tivesse tanta gente SEMPRE na rua e chegar à cidade a uma sexta-feira à noite fez-me ficar zonza. Ficámos na Gran Via, uma avenida híper movimentada, a principal avenida de Madrid, que tem um McDonald's aberto 24 horas, o que deixa perceber bem como são os dias e as noites por ali. Apanhámos muito frio, mas não apanhámos chuva, o que foi óptimo!

Com uma amiga de infância (daquelas que são de sempre e para sempre!) a viver em Madrid, tivemos sempre companhia e andámos certinhos, certinhos para todos os cantos que queríamos ver. Adorámos o Retiro e ficámos cheios de vontade de voltar a Madrid na Primavera para aproveitar aquele parque extraordinário. Eu sempre adorei conhecer cidades europeias: Paris, Roma, Florença, Veneza, Milão, Viena de Áustria, Praga, Bruxelas... mas não me lembro de ter andado sempre a pé em nenhuma delas. É da praxe metermo-nos no metro, num autocarro, ou até pagar balúrdios por umas centenas de metros de táxi, mas em Madrid fiz tudo a pé - TUDO! E isso fez-me gostar ainda mais da cidade. É uma cidade gigante, com tudo em grande: avenidas grandes e largas, prédios altos, monumentos imponentes, rotundas gigantes, mas consegue-se fazer tudo a pé. Estivemos lá três dias e já nos conseguíamos orientar bastante bem. Fiquei impressionada com a Atocha e se não estivesse acompanhada de quem tão bem conhece a cidade, muito provavelmente não teria entrado, o que a meu ver era um desperdício, porque vale muito a pena, andar pelo jardim lá dentro.

Fiquei impressionada com a quantidade de polícia nas ruas e apesar de me terem alertado várias vezes para os assaltos, a verdade é que me senti segura ali. Bastante segura.

Sem feriado e sem ligarem muito ao Carnaval, os madrilenos ainda assim organizam um desfile de Carnaval divertido e tivemos a sorte de assistir a um espetáculo de fogo de artifício (de abertura do Carnaval) na Praça de Cibeles que valeu muito a pena. Olhámos para o Palácio Real, atravessámos as Portas do Sol e a Plaza Mayor, mas o que mais me encantou em Madrid foram mesmo as ruas e ruelas que compõem a cidade... o passeio do Prado, o Bairro das Letras.


Fomos até ao mítico Estádio do Real Madrid, como tínhamos prometido ao Francisco e o miúdo não saiu da cidade sem o equipamento todo completo, com meias e bola incluídos. Ele ficou mesmo feliz!
É engraçado ver agora como tirámos tão poucas fotografias. Mas tomar conta de três crianças num lugar novo para todos e sobretudo também pelo facto de nos sentirmos mais em casa que turistas (honestamente não sei explicar porquê), fez-nos esquecer muitas vezes da máquina!
E as palavras que eles agora dizem em espanhol? Tão bom...!