Por mais que goste de futebol e não passe um dia sem dar pontapés numa bola, por mais que goste de piscina (mais até do que praia), por mais que adore transportar pranchas (de surf, bodyboard e skimming) para a areia, aquilo que o faz mesmo vibrar é o skate. É próprio dele, genuíno, sem quaisquer influências de terceiros. É a única coisa que o faz parar junto à televisão, mais do que um qualquer desenho animado, e todos dias pede para andar…. nem que seja uma voltinha, enquanto tiramos as compras do carro, na garagem. Se queremos vê-lo feliz é seguir caminho ao Skate Park, mesmo aqui junto a casa, na Ericeira, onde não se atrapalha com nada nem ninguém. Aos cinco anos anda bem de skate, equilibra-se vira sem medos e até já tenta subir rampas. Perde-se na loja a ver novas tábuas (!!!) e não dispensa capacete, joalheiras e cotoveleiras. Fala com os mais velhos, sonha em descer as muitas rampas que por ali há. Pode ir lá todos os dias e podemos ficar horas esquecidas ali que nunca se cansa. O skate é mesmo a praia dele, onde o Francisco é mais feliz. E eu que sou toda mariquinhas com arranhões e esfoladelas, começo a mentalizar-se com os muitos trambolhões que decerto lá vêm.
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