No final deste mês chega às salas de cinema nacionais um filme forte e polémico (não tanto como seria há 30 anos atrás quando os acontecimentos aconteceram na realidade, mas ainda assim polémico, com certeza!), que vai surpreender e, de certeza, encantar. “Milk” de Gus Van Sant e com Sean Penn, numa belíssima interpretação, conta a história verídica de Harvey Milk um homem homossexual que um dia resolve “sair do armário”, como ele próprio diz e assumir-se perante a sociedade. Abdica do seu bem remunerado trabalho, porque sabe que ao contar que é “gay” é automaticamente despedido. Os homossexuais são vistos como doentes ou imorais, no mundo dos anos 70 e Milk sabe o que é viver escondido e com medo de tudo e todos. Resolve assumir-se. Vai para São Francisco com o namorado e desencadeia uma série de encontros entre a comunidade gay para lutar por direitos iguais. O filme mistura produção, com imagens reais, captadas nos anos 70 durante os desfiles gays da altura. Mostra seres preciosos, com a grande particularidade de terem uma orientação sexual diferente. Mostra como há atitudes feias em qualquer acto de discriminação, como o simples e patético acto de limpar a mão cada vez que um gay é cumprimentado. Naquela altura os homossexuais são perseguidos e assassinados. Logo desde o início sabemos que Harvey Milk também não vai escapar. Aliás não é preciso isso, o mundo inteiro sabe esta história de um dos mais persistentes líderes políticos: o primeiro assumidamente homossexual a ser eleito para um cargo político. O que começou por ser uma luta por direitos iguais transformou-se numa caminhada até à câmara de S. Francisco. É preciso gente assim, que lute pelos direitos dos mais oprimidos e é nessa atitude de Milk que reside a diferença. Ele não quer mais direitos para homens que gostam de homens ou mulheres que gostam de mulheres. Ele quer que ninguém viva com medo e fechado em casa por ser diferente. Só pela história extremamente forte, o filme vale a pena, mas a interpretação de Sean Penn é um cartão de visita e está irrepreensível, assim como a realização. Será ainda preciso dizer que o Vida Maravilha recomenda-o? Sente-se uma enorme expectativa no público face à estreia deste filme biográfico e a garantia é dada: as mais elevadas garantias não saem goradas. A estreia é dia 29 deste mês e este espaço dedicado ao melhor que se vai passando pelas nossas bandas alerta: vão ver.
A vida é uma maravilha. É mesmo, de verdade! E é por ser assim, tão preciosa e única que é tão fugaz. Nós por aqui somos 5 e somos muitos diferentes! 5 mais um cão e adoramos viver e todos os dias fazemos mais qualquer coisa para sermos mesmo felizes!
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Viver como “Milk” e fazer a diferença...
No final deste mês chega às salas de cinema nacionais um filme forte e polémico (não tanto como seria há 30 anos atrás quando os acontecimentos aconteceram na realidade, mas ainda assim polémico, com certeza!), que vai surpreender e, de certeza, encantar. “Milk” de Gus Van Sant e com Sean Penn, numa belíssima interpretação, conta a história verídica de Harvey Milk um homem homossexual que um dia resolve “sair do armário”, como ele próprio diz e assumir-se perante a sociedade. Abdica do seu bem remunerado trabalho, porque sabe que ao contar que é “gay” é automaticamente despedido. Os homossexuais são vistos como doentes ou imorais, no mundo dos anos 70 e Milk sabe o que é viver escondido e com medo de tudo e todos. Resolve assumir-se. Vai para São Francisco com o namorado e desencadeia uma série de encontros entre a comunidade gay para lutar por direitos iguais. O filme mistura produção, com imagens reais, captadas nos anos 70 durante os desfiles gays da altura. Mostra seres preciosos, com a grande particularidade de terem uma orientação sexual diferente. Mostra como há atitudes feias em qualquer acto de discriminação, como o simples e patético acto de limpar a mão cada vez que um gay é cumprimentado. Naquela altura os homossexuais são perseguidos e assassinados. Logo desde o início sabemos que Harvey Milk também não vai escapar. Aliás não é preciso isso, o mundo inteiro sabe esta história de um dos mais persistentes líderes políticos: o primeiro assumidamente homossexual a ser eleito para um cargo político. O que começou por ser uma luta por direitos iguais transformou-se numa caminhada até à câmara de S. Francisco. É preciso gente assim, que lute pelos direitos dos mais oprimidos e é nessa atitude de Milk que reside a diferença. Ele não quer mais direitos para homens que gostam de homens ou mulheres que gostam de mulheres. Ele quer que ninguém viva com medo e fechado em casa por ser diferente. Só pela história extremamente forte, o filme vale a pena, mas a interpretação de Sean Penn é um cartão de visita e está irrepreensível, assim como a realização. Será ainda preciso dizer que o Vida Maravilha recomenda-o? Sente-se uma enorme expectativa no público face à estreia deste filme biográfico e a garantia é dada: as mais elevadas garantias não saem goradas. A estreia é dia 29 deste mês e este espaço dedicado ao melhor que se vai passando pelas nossas bandas alerta: vão ver.
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