Despedi-me de uma amiga que decidiu mudar de vida e
recomeçar tudo de novo longe. Muito mais longe do que eu gostava que ela
estivesse. No último ano viveu com o coração dividido ao meio, entre cá e lá e
agora mudou-se para lá, mas com uma boa parte do coração mais pequeno que o
normal. É uma grande mudança e só espero que ela seja feliz. Passei parte da
noite acordada a pensar nela, neles os quatro. E a pensar se eu como amiga não
podia ter conversado mais com ela. Ter dado mais atenção. Ter ouvido mais, ter
falado mais, ter olhado mais, ter estado mais. Mas por outro lado, acho que fiz
bem em não dar opinião. Os amigos não podem cortar asas, quando se percebe que
há do outro lado ideias feitas, sonhos para construir. Limitei-me em entender, em aceitar e tentar
apoiar dentro dos meus possíveis. E sei que vou ter muitas saudades deles os
quatro. Mas também sei que o longe faz-se perto e que o tempo corre e não tarda
estão cá para uma visita. Com a vida desenfreada que todos levamos,
provavelmente vai haver alturas em que não nos iriamos ver mais vezes, mesmo
vivendo ao lado como antes vivíamos, do que aquelas que vamos ver. Mas custa
sempre e por isso, hoje estou assim, de orelha caída…
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