Eu mais os meus quatro pares de pernas!

Aquando das doze badaladas que anunciaram a chegada do novo ano eu só pedi saúde. Saúde para mim e para os meus. Há muito mais coisas que eu preciso, muitas, muitas mais. Mas desejar mesmo lá do fundo do coração e sabendo eu que há tantos pedidos por aí fora, é só peço mesmo saúde, para nós. Se tivermos saúde, o resto acaba por acontecer por acréscimo... digo eu. Por ironia do destino acabei por começar 2014 com uma gastroenterite ou uma intoxicação alimentar ou uma macacoa qualquer que me levou à cama por dois dias, só com possibilidade de correr com vómitos e dores de barriga a cada meia hora, para a casa de banho. Hoje já estou um pouquinho melhor. Já consigo pelo menos aguentar-me mais em pé. E com a rotina rígida a chegar já na segunda-feira, hoje quisemos já começar a marcar o ritmo e a acordar mais cedo. Os últimos dias têm sido de preguiça absoluta, com a chuva e o vento lá fora e os brinquedos novos para estrear aqui no quente de casa. Mas hoje tenho o aniversário do meu pai, que faz 67 anos, e o da minha cunhada, que faz 47 (ou será 48?... já nem sei), e toca de levantar mais cedo. Mas com a chuva, trovoada, vento e tudo e tudo que acontecia lá fora e depois de beber o meu chá para acalmar as minhas dores de estômago, lá nos enfiamos na cama, eu e os meus quatro pares de pernas favoritos. E ali ficámos os cinco na ronha mais uma hora. Os dez pés a sobreporem-se uns aos outros, a vozes também que há sempre alguém que quer falar mais e primeiro e mais alto e tem algo mais importante para dizer. E eu já não sei viver assim, sem sermos cinco pares de pernas todas coladas. E percebi que apesar do infortúnio de começar o ano doente (maldita sorte) eu sou uma verdadeira afortunada por ter pés tão quentinhos para partilhar os meus dias. E se tivesse que eleger o melhor dos meus dias, seriam com toda a certeza estes momentos tão simples e tão bons, debaixo dos meus lençóis! Bom fim-de-semana!