Está soberba a peça que Diogo Infante apresenta a partir de amanhã (13 de Setembro) na sua “casa”, no Teatro Maria Matos. “Hamlet” de William Shakespeare é sobejamente conhecida de todo público e está especialmente bonita nesta versão encenada por João Mota, que celebra assim 50 anos de carreira e 35 anos que está à frente do Teatro Comuna. Muito intensa, a peça parte de uma tradução do mestre dramaturgo inglês, feita pela grande Sophia de Mello Breyner Andresen, e talvez por isso se note ainda mais o brilhantismo do texto. Tão forte, tão incrivelmente actual. A história todos a conhecem: Hamlet, Príncipe da Dinamarca, quer vingar a morte do pai, assassinado pelo próprio irmão para ficar com a rainha e com o reino. Diogo Infante, que sempre quis fazer este papel, tem aqui um dos seus grandes momentos de carreira, mas todo o elenco está maravilhoso. Todos sem excepção. A música é tocada ao vivo, o cenário é simples, mas visionário. São duas horas e vinte minutos de peça. São oito mortes. Mas nada assombros. A peça não dá sono, não aborrece, não nos faz querer sair de lá. Assisti ontem ao ensaio. Apeteceu-me aplaudir de pé, mas estava a trabalhar, não era público. Não o fiz. Faço-o agora, em jeito de recomendação viva para que não percam este grande espectáculo. A peça vai estar em cena até dia 21 de Outubro, de quarta-feira a sábado, às 21h30, e domingo, às 17 horas.
(Fotografia de Margarida Dias, cedida pela Produção)
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