terça-feira, 15 de janeiro de 2008

O inferno de matar


Quando acabou apeteceu-me gritar. Gritar bem alto. Muito. Saí da sala atarantada e completamente esmagada. É simplesmente magnífica a história de “No vale de Elah”. O filme conta com os pesados (no melhor sentido que consigam encontrar) Tommy Lee Jones, Charlize Theron e Susan Sarandon, sob a realização de Paul Haggis. A história parte de factos reais e conta o desaparecimento de um soldado que esteve em missão no Iraque, supostamente com o objectivo de levar a Paz a um povo desfeito. O filme não tem cenas de guerra, mas tem implícita uma enorme violência. É profundo, leva-nos a ver e a saber o que não queremos. Habituamo-nos aos muito peditórios que se fazem em nome de Veteranos da Guerra, mas nunca pensamos verdadeiramente nos fantasmas com que eles são obrigados a viver, diariamente, hora a hora, minuto a minuto. Este filme mostra-nos esse terror de matar. De viver com isso para o resto da vida. Alistar-se no exército e aceitar entrar numa missão de guerra ou paz, como queiram chamar, não faz a diferença, é sem dúvida, isso sim interessa, alistar-se no corredor da morte. Não que os inimigos voltem à traição para os matar, mas porque eles próprios se encarregarão disso. “No Vale de Elah” estreia dia 7 de Fevereiro. Não percam.
A propósito: sabiam que uma bandeira colocada ao contrário significa um pedido de socorro internacional, quando alguém, uma nação, o mundo, já não consegue resolver um problema sozinho? Verdade. Tenho medo de começar a encontrar por aí verdadeiras bandeiras hasteadas de pernas para o ar…

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