Venceu o Prémio do Público do último Festival de Toronto e é de uma humanidade incrivel. “Bella” é aquilo que se pode chamar de verdadeira história de amor. Não é romance. É Amor. Baseado em factos verídicos, o filme de Alejandro Gomez Monteverde transpira veracidade e rapidamente entramos pelo filme dentro fazendo-nos crer confidentes daquelas vidas. O ponto de partida da história é simples: um homem vê uma colega ser despedida sem ter tempo de explicar o atraso e ao chegar à fala com ela sabe que ela descobriu que está grávida. Antes disso sabemos que ele já teve outra vida, mas não sabemos a dimensão do seu passado nem a imaginamos o que uma gravidez de uma amiga pode mudar para sempre a sua própria vida. Porque há situações e pessoas que mudam completamente o rumo das nossas histórias. Porque há passados que deveriam ser esquecidos, mas que por não serem nos transformam por dentro como se fizessem nascer outros eus. É disso que trata este filme. Mostra-nos como todos sosmos pessoas, com fraquezas, com segredos, com lágrimas prontas a saltar cá para fora. Protagonizado por Eduardo Verástegui e Tammy Blanchard, “Bella” é de uma crueza atroz. Prova, como se dúvidas houvesse, que é à familia que vamos beber toda a nossa personalidade, quer queiramos quer não. Nós somos o que vivemos na infância, para o bem e para o mal, nem que seja para decidirmos por onde não ir. O filme é feito de constrastes, de pólos opostos, para falar de coragem e sobretudo Amor. O final é merecidamente justo... Estreia na próxima semana, a 5 de Março, e o Vida Maravilha recomenda com toda a força.
O melhor: a humanidade atroz das personagens
O pior: o filme em si não tem nada de menos bom, mas a sua distribuição pode ficar aquém do merecido... a ver vamos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário