terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

“Gran Torino” - o injusto e grande ausente



É até agora o maior ausente dos Óscares deste ano. “Gran Torino” de Clint Eastwood é um filme simplesmente genial, com uma boa (muito boa) história e uma maravilhosa (mais uma) interpretação de Clint Eastwood. Quando achamos que já vimos tudo deste magnífico senhor de Hollywood, pois que continuamos enganados e bem podemos esperar por mais, porque com certeza há muito mais para ver. Há muito que os filmes de Clint Eastwood se tornaram em referência para quem gosta de bom cinema e “Gran Torino” vai facilmente conquistar o público, quando estrear em Portugal daqui a um mês. Quando um filme acaba e poucos são aqueles que se levantam de imediato é puro sinal que quem viu ficou rendido e continua ali a digerir o que acabou de ver. O filme é passado nos EUA, mas num bairro invadido por asiáticos, por efeitos da Guerra. Aquele que começa por ser um ódio de estimação, por assim dizer, passa a uma comovente amizade. Clint Eastwood é um velho viúvo pouco dado a modernices. Já passou por muito, já viveu o pesadelo de uma guerra, já matou, já deu vida e é profundamente amargo. Sente-se fora da família. Nunca conseguiu a aproximação desejada dos filhos e agora no final da vida isso parece irremediável. É destemido e faz frente a qualquer inimigo e num bairro entregue a tantos gangs, o que mais não faltam são inimigos. O final é absolutamente esmagador, como só os finais de Eastwood conseguem ser: autênticas lições de vida. O filme é notável e merece a nota máxima do Vida Maravilha. Imprescindível de ver. Estreia a 12 de Março. Não esquecer.

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