sábado, 8 de setembro de 2012

Da nossa janela



São helicópteros que chegam e partem com gente dentro a precisar de cuidados. São aviões que levantam voo e passam aqui por cima ainda tão próximos e logo outros que já lhes falta pouco para aterrar. São ambulâncias amarelas de luzes azuis em velocidade farta que faz os pneus chiar à sua travagem. São buzinadelas de carros, logo ali em frente, nos semáforos. São pessoas que se encontram aqui mesmo por baixo da janela. São carros e carros em filas nas horas de ponta. É um movimento impressionante. E nós as duas aqui deste lado de cá da janela. Só à espera que o tempo passe e leve com ele a infecção que nos trouxe até aqui. É a prova de que tudo continua, toda a azáfama da cidade, toda esta vida de formiguinhas batalhadoras que levamos. Quase que me sinto como uma espectadora de um filme real, de uma peça de teatro, ou como uma espia, uma mosquinha que vai vendo tudo, enquanto mais nada pode fazer!

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