Acabei de ler esta notícia da Agência Lusa é acho importante partilhar aqui, onde sei que há leitores/as pais de gente pequena que gosta de chucha. Eu, por acaso tive três filhos que tiveram com a dita amiguinha de todas as horas relações muito diferentes: a mais crescida usou quase até aos 3 anos, o rapaz do meio deitou-a fora quando não tinha um ano e meio e a cria mais nova nunca gosto e sempre a cuspiu. Eu sempre defendi o uso de chucha porque acalma de facto as crianças. Não sei se coincidência se não, a minha filha mais crescida é a mais calma de todos. Mas depois de ler este estudo vejo que há muita coisa em que o uso da chucha pode ser de facto menos bom e que à partida nos passa completamente ao lado.
Mas como sempre, um estudo vale o que vale e cabe a cada um fazer a sua própria leitura...
Aqui fica a notícia:
“O uso intensivo de chucha na infância pode atrasar o desenvolvimento emocional nos rapazes porque tira aos bebés a oportunidade de treinar expressões faciais, indica um estudo de investigadores norte-americanos.
Nas conclusões de um estudo publicado esta semana no Jornal de Psicologia Básica e Aplicada, uma equipa de psicólogos da universidade de Wisconsin-Madison relaciona o uso da chucha nos rapazes com mau desempenho em vários testes de maturidade emocional.
Na sua página na internet, a instituição salienta que é a primeira vez que se apontam consequências psicológicas ao uso de chuchas, apesar de tanto a Organização Mundial de Saúde como a Associação Americana de Pediatria já terem apelado a um uso "limitado" daquele objeto para promover o aleitamento e evitar infeções auditivas ou problemas dentários.
O problema da chucha nos rapazes é que os inibe de imitar as expressões e a linguagem corporal das pessoas que os rodeiam, referem os académicos no estudo.
O que acontece, referiu, é que os adultos usam "o tom da voz e as expressões faciais" que os bebés mimetizam, a não ser que tenham uma chucha na boca, o que os torna menos capazes de imitar as expressões e emoções que veem.
A principal responsável pelo estudo, Paula Niedentha, afirma que muita da comunicação nos bebés assenta nas expressões faciais e que uma chucha "limita a sua capacidade de compreender e explorar as suas emoções".
Outra descoberta do estudo parece indicar que as meninas são mais imunes aos efeitos perniciosos da chucha, o que Paula Niedenthal justifica afirmando que "as meninas desenvolvem-se mais cedo e é possível que consigam crescer emocionalmente antes de começarem a usar chucha ou apesar de a usarem".
A explicação pode também residir num comportamento diferente dos pais em relação às meninas, que “as estimulam de outras maneiras para se expressarem, uma vez que, à partida, se espera que as meninas sejam mais emotivas que os rapazes".
"Provavelmente, o uso da chucha não é sempre mau. Já sabemos, a partir deste trabalho, que usar a chucha durante a noite não faz diferença, porque em princípio é uma altura em que os bebés não estão a observar e a imitar os adultos à sua volta", ressalvou.
Paula Niedenthal reconhece que esta conclusão pode ser impopular para muitos pais, ao sugerir que um gesto tão comum como dar a chucha aos filhos pode ter consequências duradouras.
Os investigadores descobriram que meninos de seis e sete anos que passaram mais tempo com a chucha na boca quando eram bebés imitavam menos as expressões faciais que lhes foram mostradas num ecrã de vídeo.
No âmbito do estudo, um grupo de estudantes universitários fez um teste padrão de inteligência emocional, medindo o modo como tomavam decisões baseando-se na avaliação das emoções das pessoas à sua volta e os piores resultados foram registados pelos que indicaram ter usado mais a chucha durante a infância.”
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