No início desta semana recebi um telefonema a dar-me conta de que Clara Sánchez vai estar em Portugal a propósito do lançamento de “Os monstros também amam” que chega nesta altura ao nosso país depois de conquistar os leitores internacionais. Não conhecia o livro. Do outro lado disseram-me “Vou enviar o livro para apreciação e depois diz-me alguma coisa!” ficou combinado, mas assim que chegou a capa e sinopse, só para não ficar completamente às escuras sobre o que o correio iria trazer, fui ler. Fui ler e fiquei logo presa, ao ponto de estar no trânsito e estar a pensar no assunto e concluir que não, os monstros humanos (se é que se pode chamar humanos a gente assim) não podem conseguir amar. Gente que esteve envolvida nas atrocidades cometidas na época Nazi não podem saber o que é gostar de alguém quanto mais amar com tudo o que se tem dentro do corpo. Mas será que é mesmo assim? O livro venceu o Prémio Nadal, é um romance, mas mistura muito suspense, transmite medo e emoção. Eu ainda não o li, mas deste fim-de-semana não passa. Acabou de me chegar à minha mesa de trabalhos. Tem uma capa que nos deixa presos, sobretudo se sobermos que a história gira em torno de uma mulher que, não estando propriamente feliz, decide mudar-se para a costa leste espanhola. Num passeio de praia conhece um casal na casa dos 80 anos e que dizem ser Noruegueses. São felizes e transmite-lhes calma e acaba por fazer deles a sua própria família. Mas um dia um homem recém chegado conta-lhe que eles não são quem aparentam ser. Ou pelo menos já foram seres que ninguém gostaria de conhecer, numa Alemanha que todos gostaríamos que nunca tivesse pintado de tão negro a história mundial.
Estou inquieta para ler e descobrir, sem nada saber sobre a raça humana, de que massa, afinal, somos feitos.
O livro já apaixonou mais 500 mil pessoas pelo mundo inteiro, com Espanha Itália a encabeçar os países com mais fãs.
A edição é da Matéria Prima e o livro já está à venda.
Se precisavam de uma sugestão de leitura para este fim-de-semana aproveitem esta que me parece um tiro em cheio!
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