Preocupações para ele: uma camisa aos quadrados e calças de ganga dobradas em baixo (o traje típico do pescador da Ericeira é com calças também aos quadrados, sem precisar de condizer com a camisa, mas cá por casa não temos, nem sequer de pijama, por isso, as banais calças de ganga servem na perfeição), um chapéu preto (ou boina) e um cachecol preto atado na cintura. O típico pescador anda descalço, mas como é lógico os miúdos vão calçados com o que quiserem, que o tempo está frio!
Preocupações para ela: uma camisa branca e um lenço ao pescoço ou na cabeça. Uma saia de pregas em fazenda e um avental por cima e umas meias grossas. A isto ainda vou juntar umas crocs amarelas que ela tem!
Ele vai munido de canas de pesca (feitas por mim, por altura da festa dos quatro anos dele, com o tema Verão) e ela ainda há-de carregar uma canastra que uma amiga lhe vai emprestar de tempos idos, com peixes recortados por mim, nas mais coloridas folhas de papel!
Precisei eu de matar a cabeça à procura de fatos de Carnaval? Não, e também não precisei de mexer na carteira!
Aliás, com os dias que correm parece mesmo desnecessário alguém ter que gastar dinheiro numa máscara de Carnaval. O que eles precisam mesmo é de umas boas botas e um belo casaco para os dias de chuva e frio. O resto chega com a imaginação. Não sou a fã nº1 do Carnaval, não sou. Mas faço questão que eles aproveitam o lado melhor que ele traz: a fantasia.
Claro que os meus filhos também querem ser super-heróis e princesas, quais as crianças que não querem? Mas eles têm quatro dias para se mascarar e podem muito bem ser uma personagem cada dia e já agora, uma personagem bem económica! E claro, aproveitar fatos de outros anos (compro sempre maior até porque usam roupa por baixo) e dos primos e dos amigos, sei la!
Já no ano passado dei a ideia de recriar uma florista, com umas jardineiras de ganga, uma camisa às flores, um chapéu de palha e um regador numa mão e flores na outra. Há muitas profissões que eles podem ser e eu nós lhes podemos criar com as coisas mais banais que temos em casa, como a dica deste ano para pescadores e varinas. E se fossem cozinheiros? Quem não tem avental e colher de pau para emprestar?
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