Desde que me lembro de mim que tenho por Sintra um carinho especial e depois de lá ter trabalhado fiquei absolutamente rendida àquela Vila Património da Humanidade. Acho que há poucos sítios em Portugal tão bonitos como Sintra e a mim faz-me bem ir até lá... não sei explicar!
No sábado, saímos depois do almoço sem um plano definido. Na verdade a ideia era apenas ir beber um café e pôr a miudagem toda na rua, já que não chovia impunha-se sair fosse para onde fosse! Começámos a andar e, como sempre, como não chegávamos a acordo a que café ir (os miúdos gostam sempre de contrariar!), de repente lembrei-me e disse: "E se fossemos lanchar a Sintra?" Começou logo um rol de queixume no banco de trás. "Não quero ir a Sintra. Ai que já estou mal disposto, ai que me dói a barriga". Olhei para os três e disse com a maior serenidade possível: "Oh, que pena. Estava a pensar irmos visitar o Museu do Brinquedo..." Depois de um breve silêncio em que com toda a certeza se entreolharam a tentar encontrar uma solução, começou a ladainha: "Sim, sim, queremos ir. Queremos ir ao Museu do Brinquedo!" Ainda estive para me fazer difícil, mas depois achei que era preferível não entrar em muita excitação. Pusemo-nos a caminho e tal como prometido, assim que estacionámos seguimos para o Museu. Os miúdos histéricos, mas sem saberem muito bem ao que iam. Eu já lá tinha estado variadas vezes, mas todas elas em trabalho e nunca os tinha levado lá. Aliás, é daqueles espaços que tenho sempre na agenda para um dia de frio, mas ou por isto ou por aquilo, acabámos sempre por adiar a visita... até este sábado. No terceiro piso, o sótão das bonecas, os miúdos ficaram fascinados com uma casa de bonecas fabulosa, a "Vivenda Odete", de madeira, enorme e com luz dentro. Ainda hoje a Carolina voltou a dizer que queria a casa nº 100 como presente de aniversário. No segundo piso, o Francisco enumerou uma lista infinita dos carros que queria levar para casa e não foi fácil dizer que ali não se compravam brinquedos, bastava olharmos e perceber que muitos até temos em casa, só temos que os tratar bem e colocar nas prateleiras certas para dar aquele efeito. Eu perdi-me de amores pelos bonecos da Playmobil, o pai gosta sempre mais do lego e a Matilde ficou vidrada na vitrine que tinha barriguitas iguais às que eu ainda tenho em casa da minha mãe, com roupeiro e cadeirinha e tudo e tudo! A cada boneco gigante da Playmobil por que passavam tiravam uma fotografia e foram os três cumprimentar o Batman. No piso da entrada deliciaram-se com a réplica da Torre Eiffel e eu tenho a esperança de um dia encher o teto do quarto do Francisco de pequenos aviões!
O Museu do Brinquedo não tem entrada gratuita, nem, infelizmente, nenhum bilhete família. Cada adulto paga 4,50 euros e cada criança 2,50 euros, mas para quem como nós, que gostamos mesmo de brinquedos, vale sempre a pena a visita!
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