quinta-feira, 25 de setembro de 2008

O que tem Lisboa debaixo do chão?



É já neste fim-de-semana que abrem mais uma vez ao público as Galerias Romanas na Rua da Prata. Tive ontem oportunidade de fazer a visita e posso dizer-vos que cada visita não demora mais de 30 minutos, com todas as explicações que cada responsável dá sobre a estrutura. O espaço a percorrer não é muito grande, pelo contrário e há até um espaço que tem uma altura muito reduzida pelo que muitos visitantes acabam por não ver. Alerto para o facto de que quase todo o percurso tem água no chão, pelo que é bom pensar no calçado a levar, se bem que altura da água não é mais do que as tradicionais poças da chuva do inverno, por exemplo. Todo o percurso está bem iluminado e é interessante saber que estamos perante uma construção do século I, durante o apogeu romano, que aqui encontrou um sítio estratégico para as trocas comerciais que vinham ou do Atlântico Norte ou do Mediterrâneo. Ao contrário do que se chegou a pensar, as Galerias não eram Termas Romanas, por comparação com todas as outras existentes no mundo, inclusivamente as de Conimbriga, que não correspondem à mesma tipologia, mas serviu apenas para garantir a estabilidade da construção superior. As Galerias, que neste momentos estão acessíveis em cerca de 2/3 da sua estrutura original, não ocupam mais do que um quarteirão da baixa pombalina e podem ser visitadas esta sexta-feira, sábado e domingo, entre as 10 e as 18 horas, sempre em visita guiada. Nos últimos anos registaram-se mais de cinco mil visitantes, este não deve ser diferente, pelo que quem quer mesmo fazer esta visita deve garantir presença logo a partir da manhã. A entrada é gratuita e a entrada faz-se pela Rua da Conceição.

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