Aqui há dias foi tornado público um estudo que revelava que as mães portuguesas são as mais dedicadas e também por isso recebem dos filhos os maiores sinais de gratidão. É um estudo, vale o que vale, sobretudo porque hoje em dias fazem-se estudos a torto e a direito, de tudo e de nada. Mas, na reportagem que passaram na televisão, na sexta-feira ou no sábado (eu própria já nem sei a quantas ando, quanto mais...) acrescentavam ainda que em média, a mãe portuguesa tem 29 minutos do seu dia só para si. 29 minutos. Ora eu pergunto, onde é que estão esses meus 29 minutos, hum? A dormir conta? Quando passo a ferro? Já sei, no trânsito. E se a estrada contar eu tenho uma hora e meia todos os dias para mim, mais coisa menos coisa. Luxo. A verdade é que eu, ainda ontem, com a filha mais pequena agarrada a mim feita koala, mas com um sensor nos pés que fazia activar um mega alarme sempre que tocava no chão, tal era o cansaço, lá tive que vestir as minhas calças de pijama com ela ao colo. Verdade, verdadinha, pela minha saudinha, palavra de honra. Mas preferi esse número de contorcionista a ouvi-la berrar, mais e outra vez. Hoje, estou imprópria para consumo. Há dois dias que tenho insónias, com a espertina a chegar por volta das três ou quatro da manhã, o que vem aumentar a minha dívida ao sono, já bastante avolumada. Mas hoje, hoje, acordei especialmente sem paciência nenhuma e estou aqui que não me recomendo, entre os remorsos de me ter zangado com os três logo de manhã, a uma segunda-feira sempre difícil de regresso à rotina. Mas mais logo, quando os deitar a todos na cama, depois dos banhos tomados e jantares engolidos, cozinha arrumada e história lida, vou tentar sentar-me no sofá e não olhar para a pilha de roupa que há para passar, nem nos tapetes que há para sacudir ou na mochila na natação para ultimar. E vou ficar ali a contar 29 minutos e pintar as unhas, fazer uma limpeza à pele, quem sabe, ler uma revista. Não, se calhar não tanto. Se calhar e com o sono que trago, vou deixar-me aninhar com eles nos lençóis enquanto lhes leio a história e transfiro os meus 29 minutos de hoje para amanhã e junto os que não tive da semana passada e qualquer dia tiro uma tarde...
A vida é uma maravilha. É mesmo, de verdade! E é por ser assim, tão preciosa e única que é tão fugaz. Nós por aqui somos 5 e somos muitos diferentes! 5 mais um cão e adoramos viver e todos os dias fazemos mais qualquer coisa para sermos mesmo felizes!
segunda-feira, 26 de março de 2012
29 minutos
Aqui há dias foi tornado público um estudo que revelava que as mães portuguesas são as mais dedicadas e também por isso recebem dos filhos os maiores sinais de gratidão. É um estudo, vale o que vale, sobretudo porque hoje em dias fazem-se estudos a torto e a direito, de tudo e de nada. Mas, na reportagem que passaram na televisão, na sexta-feira ou no sábado (eu própria já nem sei a quantas ando, quanto mais...) acrescentavam ainda que em média, a mãe portuguesa tem 29 minutos do seu dia só para si. 29 minutos. Ora eu pergunto, onde é que estão esses meus 29 minutos, hum? A dormir conta? Quando passo a ferro? Já sei, no trânsito. E se a estrada contar eu tenho uma hora e meia todos os dias para mim, mais coisa menos coisa. Luxo. A verdade é que eu, ainda ontem, com a filha mais pequena agarrada a mim feita koala, mas com um sensor nos pés que fazia activar um mega alarme sempre que tocava no chão, tal era o cansaço, lá tive que vestir as minhas calças de pijama com ela ao colo. Verdade, verdadinha, pela minha saudinha, palavra de honra. Mas preferi esse número de contorcionista a ouvi-la berrar, mais e outra vez. Hoje, estou imprópria para consumo. Há dois dias que tenho insónias, com a espertina a chegar por volta das três ou quatro da manhã, o que vem aumentar a minha dívida ao sono, já bastante avolumada. Mas hoje, hoje, acordei especialmente sem paciência nenhuma e estou aqui que não me recomendo, entre os remorsos de me ter zangado com os três logo de manhã, a uma segunda-feira sempre difícil de regresso à rotina. Mas mais logo, quando os deitar a todos na cama, depois dos banhos tomados e jantares engolidos, cozinha arrumada e história lida, vou tentar sentar-me no sofá e não olhar para a pilha de roupa que há para passar, nem nos tapetes que há para sacudir ou na mochila na natação para ultimar. E vou ficar ali a contar 29 minutos e pintar as unhas, fazer uma limpeza à pele, quem sabe, ler uma revista. Não, se calhar não tanto. Se calhar e com o sono que trago, vou deixar-me aninhar com eles nos lençóis enquanto lhes leio a história e transfiro os meus 29 minutos de hoje para amanhã e junto os que não tive da semana passada e qualquer dia tiro uma tarde...
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