Eu recebo dezenas de estudos por semana: ou do café ou das intenções de compra, ou dos telemóveis e do tabaco. Sei lá, são efectivamente muito e na grande maioria deles, não lhes presto grande atenção. Mas este, este tocou-me particularmente. Se há coisa que gosto mesmo de fazer é viajar. Gosto muito de passear por cá e temos lugares absolutamente fabulosos. Mas aquela coisa de ir para um lugar de língua diferente, de outros hábitos, com comidas à partida esquisitas, faz-me vibrar. E a verdade é que tenho cada vez menos hipótese de o fazer, e cheira-me que vai piorar.
Aqui ficam as linhas gerais do estudo:
Portugueses são os que menos viajam para fora do país
O Observador Cetelem 2012 procurou saber com que frequência as classes médias europeias vão de férias e de fim-de-semana para fora do país. Entre os países da Europa Ocidental, Portugal surge com a menor frequência. 16% dos portugueses afirmam que viajam para fora do país faz pelo menos uma vez por ano, quando a média europeia se situa nos 24%.
Relativamente ao número de vezes em que viajam “para fora cá dentro”, os portugueses acompanham a tendência da classe média da Europa Ocidental – 65% dos inquiridos em Portugal afirma que o faz pelo uma vez por ano, comparativamente com uma média europeia que se situa nos 68%. 20% dos portugueses chega a revelar que o faz mais do que duas vezes por ano.
Nesta análise do Observador Cetelem destaca-se ainda o caso específico da Alemanha, os que mais viajam para o estrangeiro (35%) e os que menos passeiam dentro do próprio país (55%).
«Podemos dizer que a classe média atual possui o “sonho das viagens”. È uma tendência que foi surgindo com a melhoria das condições de trabalho, nomeadamente da limitação do horário. Temos assistido a um aumento massivo das saídas em fins-de-semana prolongados, no território ou no estrangeiro. As infraestruturas rodoviárias, ferroviárias e aéreas melhoraram consideravelmente em toda a Europa, e a Internet facilitou entretanto os processos de reserva. Se juntarmos a isto, a chegada recente das companhias low-cost na Europa e o aumento da acessibilidade aos voos de longo curso e às férias mais baratas (parques de campismo, clubes, etc.), compreendemos melhor que a classe média viaje não só mais do que a geração anterior, mas também com mais frequência para o estrangeiro», afirma Diogo Lopes Pereira, diretor de Marketing do Cetelem.
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