Aqui há dias recebi na minha mesa de
trabalhos este livro: “Catarina, A Grande”. Um escrito de Sílvia
Miguens, editado pela Casa das Letras e que dá a conhecer a vida
apaixonante da Imperatriz de todas as Rússias.
Lembrei-me de vos dar a conhecer, não
só porque é Natal e precisamos todos de boas sugestões para deixar
debaixo da árvore de cada um, mas também porque é uma história
que mostra como uma mulher pode fazer toda a diferença na vida de um
país. Ainda num dia destes, na minha hora de almoço, passei por um
grupo de três ou quatro homens que comentava o estado “miserável”
do nosso país e um disse: “Isto devia ser comandado por uma
mulher. Se fosse uma mulher a mandar, a ver se isto não se
endireitava?”. Deu-me vontade de rir, mas eu própria fiquei a
pensar no assunto, pois se nas nossas casas são as mulheres que
governam, que gerem o dinheiro e os gastos, vai na volta e pode estar
mesmo nas nas mãos de uma mulher endireitar este país.
E é mais ou menos isto que tarta o
livro de que vos falo agora.
Em 1762, o czar Pedro III é alvo de
uma conspiração, acabando por morrer. A sua mulher, Catarina,
sucede-lhe como imperatriz tornando-se, aos trinta e três anos, «Sua
Majestade, Catarina II, imperatriz única e soberana de todas as
Rússias».
O seu reinado revitalizou a Rússia,
transformando-a numa das maiores potências europeias. Os seus
sucessos dentro da complexa política externa são sobejamente
conhecidos assim como as represálias, por vezes violentas, aos
movimentos revolucionários. Conferiu maior poder à nobreza e aos
senhores da terra, constituindo o seu reinado o ponto alto da
aristocracia russa. Poucas mulheres geraram tanta controvérsia em
redor de si como Catarina, a Grande. Inteligente, culta, autoritária,
sagaz, apaixonada, grande estratega e envolta em todos os tipos de
conspirações da corte, a imperatriz que governou a Rússia com
punho de ferro é, sem dúvida, um dos principais intervenientes na
agitação política do século XVIII, que mudou a História do
Mundo.
Esta emocionante narrativa, que não
deixa de fora o rigor histórico, revela as vivências e a intriga
palaciana e pessoal da grande imperatriz, a sua peculiar e intensa
vida sexual, os seus medos, as suas deficiências e os seus
fracassos.
Eu acho que vou gostar mesmo de ler
isto. Acho, acho.
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