terça-feira, 11 de dezembro de 2012

A Imperatriz de todas as Rússias


Aqui há dias recebi na minha mesa de trabalhos este livro: “Catarina, A Grande”. Um escrito de Sílvia Miguens, editado pela Casa das Letras e que dá a conhecer a vida apaixonante da Imperatriz de todas as Rússias.
Lembrei-me de vos dar a conhecer, não só porque é Natal e precisamos todos de boas sugestões para deixar debaixo da árvore de cada um, mas também porque é uma história que mostra como uma mulher pode fazer toda a diferença na vida de um país. Ainda num dia destes, na minha hora de almoço, passei por um grupo de três ou quatro homens que comentava o estado “miserável” do nosso país e um disse: “Isto devia ser comandado por uma mulher. Se fosse uma mulher a mandar, a ver se isto não se endireitava?”. Deu-me vontade de rir, mas eu própria fiquei a pensar no assunto, pois se nas nossas casas são as mulheres que governam, que gerem o dinheiro e os gastos, vai na volta e pode estar mesmo nas nas mãos de uma mulher endireitar este país.
E é mais ou menos isto que tarta o livro de que vos falo agora.
Em 1762, o czar Pedro III é alvo de uma conspiração, acabando por morrer. A sua mulher, Catarina, sucede-lhe como imperatriz tornando-se, aos trinta e três anos, «Sua Majestade, Catarina II, imperatriz única e soberana de todas as Rússias».
O seu reinado revitalizou a Rússia, transformando-a numa das maiores potências europeias. Os seus sucessos dentro da complexa política externa são sobejamente conhecidos assim como as represálias, por vezes violentas, aos movimentos revolucionários. Conferiu maior poder à nobreza e aos senhores da terra, constituindo o seu reinado o ponto alto da aristocracia russa. Poucas mulheres geraram tanta controvérsia em redor de si como Catarina, a Grande. Inteligente, culta, autoritária, sagaz, apaixonada, grande estratega e envolta em todos os tipos de conspirações da corte, a imperatriz que governou a Rússia com punho de ferro é, sem dúvida, um dos principais intervenientes na agitação política do século XVIII, que mudou a História do Mundo.
Esta emocionante narrativa, que não deixa de fora o rigor histórico, revela as vivências e a intriga palaciana e pessoal da grande imperatriz, a sua peculiar e intensa vida sexual, os seus medos, as suas deficiências e os seus fracassos.
Eu acho que vou gostar mesmo de ler isto. Acho, acho.  

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