Podem chamar-me louca, mas neste Natal, este mesmo em que a
Troika é convidada especial cá de casa, sinto um contentamento e conforto, se
calhar, estranho. Não que ande aí aos pulinhos contente da vida. Mas eu adoro o
Natal e neste, o meu espírito natalício está lá no alto. Custa-me pensar que não
posso oferecer isto e aquilo porque não tenho dinheiro. Evidentemente que me
custa. Mas tenho conseguido comprar algumas surpresas e mais do que isso tenho
conseguido espalhar a magia do Natal aos miúdos cá de casa. Temos lido histórias,
temos ficado deitados junto à árvore a ver as luzes, nos poucos dias que a
acendemos, fazemos desenhos, ouvimos música e fazemos presentinhos para os que
mais gostamos. Escolhemos receitas e vibramos a cada encontro de amigos.
Estamos prestes a iniciar o terceiro jantar em três dias seguidinhos. Todos feitos
em casa, dois na minha, um fora e acabo por achar que é bem mais confortável
que num restaurante. Acho que às vezes certas dificuldades fazem-nos vislumbrar
outros caminhos. Fazer outras opções que não o mais prático, o mais fácil. Mas se
a vida nos empurrou para este caminho, há que segui-lo da melhor forma possível.
Neste Natal contribui, com pouco, mas contribui, para várias campanhas de
solidariedade, escolhi brinquedos que os meus miúdos já não brincam para dar a
quem precisa mais do que nós, reduzi o orçamento de presentes para um quarto,
talvez, mas se o Natal é a união da família, é estar à mesa com os que mais gostamos,
então este é, como os outros, um bom Natal! E eu sinto-me feliz,
verdadeiramente feliz por ter comigo quem tenho. Feliz Natal!
Um comentário:
é verdade. Muitas vezes é nas alturas de maiores dificuldades que encontramos o espírito de entreajuda e de união.
vidademulheraos40.blogspot.com.
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