Podem chamar-me antiquada, velho do Restelo, chatinha, sei lá
o quê, mas há uma tradição da qual não abdico. De tal forma que já a passei há
muito à minha filha crescida o mesmo gosto e é ela que fala nisso primeiro que
eu: enviar postais de Natal. Podem haver sms à borla, podem fazer-se chamadas
do local do trabalho que ninguém dá conta, podem enviar-se mil e trezentos
e-mails, mas para mim nada substitui um postal de natal na caixa do correio. Adoro
de paixão. Sobretudo se for feito com amor. Se for feito do coração. Há quatro
anos que é a minha filha crescida que os faz e agora já nem precisa que seja eu
a escrever a mensagem. Escolhe o postal, diz para quem é, põe purpurinas,
estrelinhas brilhantes, faz desenhos. Dedica-se de verdade a esta tarefa e
quando todos estiverem como ela quer lá vamos aos correios para seguirem os
seus caminhos. E, claro, não se esqueceu de fazer um especialíssimo para o Pai
Natal. Aliás, é de louvar a iniciativa dos CTT que dá resposta a todos os
postais e cartas que as crianças lá deixam no Natal. É sempre uma alegria,
mesmo se já passarem muitos dias sobre a festa, quando abrimos a caixa do
correio e estão lá as três cartas de volta para os meus três meninos. E trazem
sempre algo que eles vibram: ou um livrinho de colorir, como foi o ano passado,
ou um “Quantos-queres?”, como aconteceu há dois anos. Se ainda não
experimentaram, façam-no. Não têm que pagar nada, basta deixar um envelope (com
carta ou postal) endereçado ao Pai Natal e com remetente, para a devida
resposta, que os CTT fazem o resto. E Feliz, Feliz Natal!!!
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