É um dos prazeres que não abdico: ler com os meus filhos.
E a leitura cá em casa não se limita ao aconchego dos lençóis, na hora de
dormir. Muitas vezes sentamo-nos no tapete da sala, ao final do dia (temos a
sorte de ser quente e fofo) e pegamos em vários livros, enquanto o jantar acaba
de fazer. Hoje por exemplo lemos este livro que a filha mais pequena trouxe
ontem da escola, logo ao pequeno-almoço, entre iogurtes, cereais, fruta e doce
de abóbora. Foi muito engraçado, porque revi-me
completamente no livro. Eu tive a sorte de ter um avô que me ia buscar à
escola, que lanchava comigo, que brincava comigo. Hoje em dia é um feito cada
vez mais raro, com as pessoas a trabalharem cada vez até mais tarde. E se por um lado há cada vez mais pais desempregados,
também é verdade que há cada vez mais gente desesperada por não ter emprego e
que por isso nem sequer consegue brincar com os filhos, porque parece que é
tempo perdido, que devia era estar a trabalhar e por isso acaba por nem sequer
usufruir dos momentos bons em família.
Este é um livro deveras simples. Um livro de alguém que
tem um avô com quem partilha momentos deliciosos, como aqueles que temos na
nossa memória. Eu gosto das coisas simples, e por isso acho mesmo que começámos o fim-de-semana na melhor companhia: com um avô compincha!
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