Foi verdadeiramente delicioso o lançamento do livro “Quando
fores mãe, vais ver e outras pérolas do folclore materno”. O que eu me ri… O livro de capa sugestiva
resulta numa verdadeira homenagem às mães, ou será vingança? - como disse às tantas Rui Zink, convidado a
apresentar a obra de Ana Saragoça, com Marina Albuquerque. Ao longo de poucas
páginas e com vários salpicos de divertidos desenhos, Ana Saragoça faz uma
viagem individual ao seu passado, para nos relembrar a todos as deliciosas
aventuras do nosso colectivo. Nem os passeios ao Guincho e à Boca do Inferno,
ao domingo à tarde, com o relato a dar na telefonia do carro escapam! Todos nós
nos cansámos de ouvir a nossa mãe a mandar fazer isto ou aquilo, a perguntar se
já bebemos o leite, que não comer as cenouras que acompanham o peixe é um
crime, com tanta fome no mundo. Todos nós nos irritámos por ver como elas, as
mães, tinham razão quando fazíamos uma coisa à nossa laia e… pimbas, dava
asneira. Como é que sabiam sempre tudo? E como é que percebiam que não, não nos
tínhamos penteado como nos tinham dito para fazer? E quantos de nós não ouvimos
repetidamente, depois da asneira feita “eu bem te disse, mas tu não me ouves…”?
São todas essas pérolas que a mãe da Ana Saragoça disse à filha, que a minha
mãe me disse, que as vossas mães vos disseram que estão todas reunidas aqui
neste simpático e divertido livro. Pérolas essas que, sejamos honestos, hoje
aplicamos nós aos nossos filhos. Ponha a mão no ar que nunca disse “não corras”
a um filho mal ele entra na escola…
O livro tem edição da Planeta e é para mim um achado no que
toca ao bom humor. Por isso, se querem passar um bom bocado entre linhas de
escrita, é favor comprar. Sim, sim, porque o dinheiro não cai do céu! (Não me
digam que ouviram isto em qualquer lado que eu não acredito!)
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