Andava ansiosa com o dia de hoje. Enquanto não visse a manhã
passada não descansava. E já passou. Já passou a manhã. Já passou o renograma. Já
passou o sofrimento da minha princesa pequenina que, apesar de todo o escândalo
que fez, se portou tão, mas tão bem. Tal como os médicos me explicaram, não é
um exame propriamente difícil, mas para uma criança de dois anos é o fim do
mundo. De medicina nuclear, só o nome assusta, o renograma é um exame de contraste
e obriga à introdução de um liquido radioactivo, outro nome que assusta, e de
que maneira. Mas não tem qualquer efeito secundário, não faz alergias, nem
febre, nem nada. Deram-lhe também um laxante para fazer muito xixi durante os
25 looooongos minutos em que esteve completamente imóvel. Fez tanto esforço para
conseguir sair daqueles lençóis todos que a prendiam à máquina que quando a
desamarraram escorria água, estava completamente ensopada, triste, magoada,
sentida.
Eu odeio tudo o que são medicamentos, mas tomo sempre que é
necessário tomar (antes isso que dor, certo?), odeio químicos e tudo o resto, mas não havia alternativa.
Ela precisava mesmo de ser submetida a este exame como forma de se proceder ao
melhor tratamento para não perder o rim. Um problema que começou no final do
verão passado, com uma infecção urinária que subiu para o rim e a levou ao
internamento de cinco dias em Santa Maria. Daí vieram outros exames e a certeza
que o rim estava “doente”. Agora já vai começar a ser tratado. Vamos lá ver se
nos escapamos na cirurgia. Vamos ver.
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