Durante a noite foi a menina que está ao nosso lado que chorou com dores e falta de ar até às quatro da manhã. Não descansámos nada e a Matilde acordou, obviamente, com um feitio daqueles, e eu, com toda a certeza também, ou ainda pior. Ao mesmo tempo, acordou a mesma menina e foi uma repetição do filme da noite até ao almoço, altura em que entrou uma nova criança neste serviço que não para de chorar. Eu levanto-me, ando, vou à casa de banho, venho à internet, saio meio às escondidas dela para comer qualquer coisa rápida. Apanho sol. Vejo gente. Ela pergunta se pode ir embora para casa. Diz que quer uma bola de Berlim. Ao mesmo tempo esquece tudo e faz puzzles e diverte-se com os animais da quinta que passam no Jim Jam. Olha para mim e sorri. Pede um livro e brinca com bonecos. E eu, que estou completamente fartinha de aqui estar, pergunto-me como é que ela aguenta? Como é que ela está deitada há cinco dias - CINCO DIAS, e não desespera com isso e com tudo o resto eu se passa à nossa volta.
Todos dizem e é mesmo verdade: os miúdos têm uma capacidade de adaptação muito, mas mesmo muito, superior à nossa. E ainda bem!
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