segunda-feira, 22 de outubro de 2007

O Misticismo da Regaleira

Sabe sempre tão bem voltar à Quinta da Regaleira! Situada muito perto do Centro Histórico, se tivermos em contas as distâncias a que se encontram o Palácio da Pena, Monserrate, Capuchos ou Castelo dos Mouros, este é daqueles espaços de visita obrigatória para quem vai até Sintra. Cheia de misticismo, como aliás acontece em toda a Serra, a Quinta da Regaleira, está aberta ao público desde 1998, e guarda uma história bem diferente dos restantes monumentos ditos históricos. Aqui, não há cenários de reis e rainhas, nem tão pouco o edifício relembra contos de fadas. Esta foi uma casa construída por um novo rico e revela gostos da altura do neo-manuelino, com todos os recantos pensados ao pormenor. O principal destaque vai para o Poço iniciático de 27 metros de profundidade, ao longo de uma escadaria em espiral, que, depois de nos conduzir em túneis labirínticos completamente escuros (há partes onde não se vê absolutamente nada), nos devolve à luz do dia, por um caminho de pedras num pequeno e simpático lago. A experiência é verdadeiramente gratificante. Com preços distintos para quem quer fazer visita guiada ou andar por si próprio, a Quinta da Regaleira demora cerca de uma hora e meia a ser visitada. Eu recomendaria a visita guiada, mas acho também muito interessante a ideia de andar por ali ao sabor dos nossos próprios apetites. Para quem vai sozinho, chamo apenas a atenção para o facto da entrada do poço estar muito bem camuflada pela natureza e passar despercebida a muitos visitantes. O ideal é ter atenção ao mapa que é facultado à entrada do recinto. Durante o período de Inverno, de Novembro a Janeiro, a Quinta encerra às 17h30.

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