quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Gostámos taanto!


 
No último dia do ano fomos ao cinema com a filha crescida. Pensámos levar pela primeira vez o filho do meio, com três anos, apesar de eu achar que ele não tem o mínimo perfil para ficar sentado numa sala de cinema (A Carolina é muito, mas mesmo muito, mais calma que ele e só foi ao cinema com quatro anos e mesmo assim, notámos que estava fartinha de lá estar), mas ele disse prontamente que não queria ir e queria ficar em casa da avó, com a mana mais pequena, e por isso não o levámos nem ficámos com a consciência pesada. Fomos ver “A Origem dos Guardiões” e gostámos tanto, tanto. Desde da primeira vez que ouvi falar no filme que o tinha arrumado na gaveta cerebral “Obrigatório ver com os miúdos”, mas digamos que uma ida ao cinema não é assim tão fácil de planear como isso. Primeiro que tudo: é caro ir ao cinema. Bilhete para três e respectivas pipocas e a brincadeira ficou em 30 euros. Fomos a uma segunda-feira, mas o facto de ser em 3D fez esquecer logo o desconto. Depois, da minha parte há que contar com alguém para deixar os outros dois filhotes e por isso, o último dia do ano mostrou ser perfeito, sobretudo porque íamos passar o fim de ano em família e não precisei de pensar em vestidos nem cabeleireiros.
Voltando ao filme: é muito bonito, muito divertido e, acima de tudo, uma lição para os pais. Noto que por vezes, algumas pessoas me olham de lado quando conto que a minha filha de seis anos ainda acredita no Pai Natal. E na fada dos dentes que já lhe trouxe 8 mimos para compensar as 8 perdas. É claro que ela já me veio com a tal história de “A xpto diz que quem dá as prendas são os pais”. Mas eu tento sempre dar-lhe a volta por cima. Porque acho, tal como diz o filme, logo no início, é preciso deixar as crianças sonhar, serem felizes, acreditar na magia. Há quem veja nisso uma perda de tempo: eu vejo como um fomento à imaginação. Para mim não foi nenhum drama saber que não existe o pai natal, foi algo natural, gradual e acho que é isso que vai acontecer com os meus. Vão acreditar, mas não achar que todos lhes mentimos. É uma história, uma ilusão, uma fantasia, uma magia. E quem não gosta de acreditar em coisas boas e mágicas?
O filme junta o pai natal ao coelho da Páscoa e à fada dos dentes. Eles e o guardião dos sonhos, no original Sandman, mas possivelmente chamado por cá de João Pestana, já que é ele que embala os nossos meninos, têm a função de combater o bicho papão sempre pronto a meter medo à criançada. Eles têm ainda a ajuda do Jack Gelado, personagem que eu aliás ainda não tinha ouvido falar: um menino que salvou a irmã de morrer afogada num lago gelado. Todos juntos querem manter as crianças do mundo inteiro felizes, a sonhar com um mundo melhor e vão conseguir combater o mal.
Nós gostámos mesmo muito. A miúda também, percebeu todas as piadas e vibrou mais uma vez a cada movimento 3D. O filme já não está em todas as salas e a versão 3D começa a ser rara, mas se ainda não viram, eu aconselho a correrem para uma bilheteira. Vale mesmo a pena.

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