quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

“Michael Clayton – uma questão de consciência”… literalmente


Sempre tive muita dificuldade em perceber como é que um advogado conseguia defender alguém que sabia ser culpado de um crime. Um dia em conversa com uma amiga, advogada de profissão, ela explicou-me que nesses casos não se trata de defender a pessoa, propriamente, mas sim tentar atenuar a pena. Aceitei, como aceito que todos têm direito a falar, mas sinceramente continuei sem perceber como é que alguém conseguia viver bem com o factor de ter trabalhado em prol de atenuar qualquer tipo de castigo a quem não merece. É disto mesmo que trata “Michael Clayton – Uma questão de consciência”, na tradução portuguesa. O filme está nomeado para seis Óscares, entre as categorias de Melhor Filme, Melhor Realização (Tony Gilroy), Melhor Actor Principal (George Clooney), Melhor Actor Secundário (Tom Wilkinson), Melhor Actriz Secundária (Tilda Swinton) e Melhor Argumento Original. Ainda não vi todos os filmes candidatos à estatueta de Melhor Filme, nem tão pouco os apenas relativos a melhor Actor. Não posso por isso dizer se vai ou não ganhar algum prémio, mas asseguro que merece de facto estar na lista dos candidatos. Especialmente no que respeita ao trabalho de George Clooney, que é definitivamente muito bom. Este é um filme que vive da personagem. Está centrado nela. Vemos as coisas pelo olhar daquele homem, do Michael Clayton, um misto de advogado/detective, actualmente a trabalhar como cobrador. É ele que nos guia. O argumento é muito bom, sem dúvida. A história poderia muito bem ser real e com certeza que já se passaram muitas situações destas pelo mundo. Eu vi, gostei e recomendo, claro! A estreia em Portugal acontece dia 21 deste mês, poucos dias antes do veredicto.

Nenhum comentário: