É absolutamente extraordinário o espectáculo que os Momix estrearam ontem no Auditório dos Oceanos em Lisboa. “Opus Cactus” vai ficar em cena até dia 16 de Março e tem quadros verdadeiramente incríveis que saltitam entre a dança vanguardista e jogos de luzes e sombras. A começar pela banda sonora de todo o espectáculo que, confidencio-vos, se o Casino Lisboa, tivesse ali uma banca com os CD’s, no final da apresentação, eu seria daqueles que sem qualquer dúvida teria comprado um, tudo ali parece escolhido a dedo. Mas o mais notável, é que tudo parece perfeitamente natural e sem exigir qualquer esforço. Mas como é que isso pode ser possível quando, por exemplo, as bailarinas (ou serão acrobatas?!!) conseguem equilibrar-se com os joelhos apoiados nas mãos dos seus pares enquanto estes deslizam em skates muito lentamente (o que convínhamos é muito mais difícil, certo?). Elas parecem que andam no ar. Quando saltam parecem que têm molas nos pés e conseguem até ficar suspensas muito mais tempo do que o normal. O primeiro número é absolutamente encantador, o que se mostrou numa promessa de um óptimo espectáculo. Ali encontramos uma menina/mulher a rebolar e a saltar de uma cama de rede para o chão. Até a nós nos apetece ir para ali. Há ainda números que nos lembram outras paisagens, como países islâmicos ou árabes, mas também danças tribais ou um cheirinho de oriente com um número de leques gigantes. O deserto também marca presença, com um desfile de criaturas de várias pernas e braços conseguidas com a sobreposição dos diferentes bailarinos. São momentos muito intensos, muito diferentes do que até aqui foi feito. O espectáculo está em cena de terça-feira a sábado, às 22 horas, e sábados e domingos também às 17 horas. Bilhetes entre os 30 e 35 euros.
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