Se o fraco do meu principe são as otites (tantas que eu já lhes consegui perder a conta, só nestes últimos 4 meses), da minha princesa, as maleitas andam ali mais à volta do estômago. Não há vírus de gastroentrite que passe na escola que ela não o apanhe e esta semana, na terça-feira, lá tivemos um desses quadros desagradáveis. Tão desagradável quanto o cheiro que ficou no meu carro, depois de ela vomitar a 500/1000 metros da escola. Nestas coisas (e acho que em mais algumas) sai à mãezinha. Eu não me lembro de festa de anos que não acabasse comigo a dizer “estou mal disposta”. Pois que ela se queixou, na viagem para escola, de dores de barriga, e pumba, sem outro aviso, desatou a vomitar como se tivesse bebido litros de leite de manhã. Nunca percebo como é que conseguimos guardar tanta coisinha cá dentro. Mas adiante. A verdade é que pouco depois começou com febre e no regresso a casa fiz-lhe uma sopa de arroz e cenoura. Mal me viu de volta das cenouras, disse de imadiato que não comia. E eu, que adoro inventar histórias para os meus pequenotes, lá lhe disse que a receita foi-me dada por uma fada que apareceu no carro, assim que ela entrou na escola, para me ajudar a limpar o carro. Quis saber tudo: como estava vestida, como se chamava, como apareceu, se era grande, pequena, voava, tinha totós, enfim, tudo e mais alguma coisa. E eu lá fui apimentando a história até chegarmos à sopa mágica que a ía pôr boa num instante. Ela acreditou. Acreditou como só as crianças têm capacidade de acreditar e ficou fascinada, que, em termos fisicos, equivale a dizer “de boca aberta”. Quando começou a comer, claro que não gostou. Eu sabia que ela não ia gostar. Sobretudo porque lhe dei assim, com a cenoura à vista, e ela só come sopa passada. Continuei a minha história e, para ela comer mais quatro colheres, acrescentei que a fada, que sabia sempre de tudo, ainda me disse que preparava sempre uma surpresa a todos os meninos que comiam aquela sopa. Ela comeu as quatro colheres e eu, claro, cumpri a palavra da Fada da Sopa de Arroz e ontem levei um presente para casa. Foi o delírio. “Eu sabia que a fada me ia dar um presente, eu sabia”, gritava ela pela casa toda com as mãos na cabeça. Quando se deitou, muuuiito depois, ainda me disse. “Oh mãe, a fada foi mesmo minha amiga. Ajudou-me a ficar boa e ainda me deu um presente”. Ela hoje já está boa e eu muito mais feliz por tê-la feito sonhar daquela maneira...
A vida é uma maravilha. É mesmo, de verdade! E é por ser assim, tão preciosa e única que é tão fugaz. Nós por aqui somos 5 e somos muitos diferentes! 5 mais um cão e adoramos viver e todos os dias fazemos mais qualquer coisa para sermos mesmo felizes!
quinta-feira, 1 de julho de 2010
A Fada da Sopa de Arroz
Se o fraco do meu principe são as otites (tantas que eu já lhes consegui perder a conta, só nestes últimos 4 meses), da minha princesa, as maleitas andam ali mais à volta do estômago. Não há vírus de gastroentrite que passe na escola que ela não o apanhe e esta semana, na terça-feira, lá tivemos um desses quadros desagradáveis. Tão desagradável quanto o cheiro que ficou no meu carro, depois de ela vomitar a 500/1000 metros da escola. Nestas coisas (e acho que em mais algumas) sai à mãezinha. Eu não me lembro de festa de anos que não acabasse comigo a dizer “estou mal disposta”. Pois que ela se queixou, na viagem para escola, de dores de barriga, e pumba, sem outro aviso, desatou a vomitar como se tivesse bebido litros de leite de manhã. Nunca percebo como é que conseguimos guardar tanta coisinha cá dentro. Mas adiante. A verdade é que pouco depois começou com febre e no regresso a casa fiz-lhe uma sopa de arroz e cenoura. Mal me viu de volta das cenouras, disse de imadiato que não comia. E eu, que adoro inventar histórias para os meus pequenotes, lá lhe disse que a receita foi-me dada por uma fada que apareceu no carro, assim que ela entrou na escola, para me ajudar a limpar o carro. Quis saber tudo: como estava vestida, como se chamava, como apareceu, se era grande, pequena, voava, tinha totós, enfim, tudo e mais alguma coisa. E eu lá fui apimentando a história até chegarmos à sopa mágica que a ía pôr boa num instante. Ela acreditou. Acreditou como só as crianças têm capacidade de acreditar e ficou fascinada, que, em termos fisicos, equivale a dizer “de boca aberta”. Quando começou a comer, claro que não gostou. Eu sabia que ela não ia gostar. Sobretudo porque lhe dei assim, com a cenoura à vista, e ela só come sopa passada. Continuei a minha história e, para ela comer mais quatro colheres, acrescentei que a fada, que sabia sempre de tudo, ainda me disse que preparava sempre uma surpresa a todos os meninos que comiam aquela sopa. Ela comeu as quatro colheres e eu, claro, cumpri a palavra da Fada da Sopa de Arroz e ontem levei um presente para casa. Foi o delírio. “Eu sabia que a fada me ia dar um presente, eu sabia”, gritava ela pela casa toda com as mãos na cabeça. Quando se deitou, muuuiito depois, ainda me disse. “Oh mãe, a fada foi mesmo minha amiga. Ajudou-me a ficar boa e ainda me deu um presente”. Ela hoje já está boa e eu muito mais feliz por tê-la feito sonhar daquela maneira...
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2 comentários:
lindo amiga... amei.bjo marisa
Que ternura :)
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