sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

“Pai em Construção” – outro livro que, se ainda não se fala, deve-se vir a falar… e bem!


O titulo desta mensagem saiu-me maior que a encomenda, mas de facto e na sequência da minha recomendação anterior não podia ser outro. Há dias recebi um press sobre o livro “Pai em Construção”. O facto de dizer logo à cabeça “com ilustrações de Nuno Markl” foi mais do que meio caminho andado para ficar hiper curiosa com o conteúdo das palavras. Porque só podia ser um livro bem disposto, senão não faria sentido ter a mão de Nuno Markl. E, claro, que assim é. Recebi-o hoje aqui na minha mesa de trabalhos e só de ler as primeiras páginas posso assegurar-vos que é um testemunho em primeira pessoa muito peculiar sobre a questão de “ter um filho” ou melhor como ele corrige e realmente faz toda a diferença “ir ser pai”. Com assinatura de Francisco Abelha, outrora jornalista e actualmente à frente da escrita de guiões para televisão, o livro, também pequenino como outro, jeitosinho por isso para levar como companhia em qualquer viagem, não é só interessante para homens, já pais ou em vias de o ser. É tão divertido perceber como o sexo oposto recebe a noticia do “Estou grávida”, sem falsas modéstias ou sentimentalismos, que acho até mais engraçado ser lido por mulheres do que por homens. Francisco Abelha é ele próprio pai de duas crianças e acredito piamente que tudo o que ali escreve saiu-lhe directamente do coração, sem estar muito tempo a fermentar no cérebro, ainda que saibamos que todos os livros são revistos, aconselhados e editados! Deixo aqui as duas citações que a editora Verso da Kapa elege para a lombada interior do livro e que são de facto uma boa amostra do que ali se diz. “…fui acordado pela minha mulher com a noticia que tinha entrada em trabalho de parto. E eu ia entrando em coma. Não se acorda ninguém assim. Foi um milagre eu conseguir voltar a falar e a articular os músculos da cara.” (pág. 35); “Numas ilhas japonesas, a mulher que dá à luz fica na cama, envolta numa faixa e durante o mês que se segue ao parto é alimentada e tratada por avós, tias e primas. No Ocidente, também se aconselha a que a mulher reduza a actividade e procure recuperar fisicamente do esforço do parto. Mas, felizmente, estamos longe do exagero nipónico de as enfaixar. Caso contrário, cabia-nos a nós, a viver na cidade longe de avós, tias e primas, tratar não só dos bebés, como também das múmias”. (pág. 43).

Um comentário:

Carla Machado disse...

Ontem ouvi na rádio algo a propósito desse livro e fiquei curiosa, pelo simples facto de o poder oferecer ao marido! Andamos a fabricar um crianço!!! Obrigada pelas dicas referentes ao livro :))