quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O (novo) Fantasma da Ópera




As vozes são fabulosas. Os figurinos também não desiludem. O formato é inovador. Atrevo-me a dizer que, se calhar, inovador de mais. E por isso não me consigo definir se gostei muito ou assim-assim. Que é um bom espectáculo, disso não há dúvida, até porque chega a Lisboa pela mão da UAU e isso, para mim, é sempre um selo de qualidade. Mas, uma coisa é ser um bom espectáculo, que é, outra é ser a minha cara. Não sei. É completamente diferente do que eu tinha visto. “O Fantasma da Ópera, de Vox Lumiere – Silêncios que se podem ouvir” é um musical sem seguir os parâmetros ditos normais dos musicais. Parte de um filme, de um filme mudo que passa integralmente em grande plano, atrás dos bailarinos, cantores e músicos. Gostava de ter ficado menos presa ao filme e olhar mais para os bailarinos, mas a verdade é que a história está toda na tela, legendada em português. O trabalho dos bailarinos, cantores e músicos é no fundo fazer a banda sonora, visualmente marcante é certo, do filme. É enfatizar com a voz o que as cenas cinematográficas nos mostram. É carregar no susto, na dor, no amor. No fundo, se esta subcategoria existisse, diria que este espectáculo é um concerto cinematográfico teatralizado. O espectáculo está em cena no Auditório dos Oceanos, até 12 de Fevereiro de terça-feira a domingo, às 21h30, e aos sábados e domingos também às 17 horas. Os bilhetes custam entre 25 e 30 euros.

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