Há dias em que é muito fácil ter três filhos. Há dias em
que tudo corre tão bem que até ficamos com medo. Hoje foi um desses dias. Fui buscar
o filho do meio à escola, para irmos com a mana crescida à natação e a primeira
coisa que me diz foi: “hoje portei-me bem, mamã”. E tinha-se portado, como
aliás ele próprio tinha prometido quando acordou: “Hoje vou portar-me bem, mamã”.
Fomos os dois lanchar, sem birras, sem pedidos estapafúrdios, sem pedir um bolo
de anos gigante para comer ao lanche. Conversámos muito à mesa, não andou a
correr (tenho que o escrever para ter a certeza que ele um dia foi capaz
disto), esteve comigo à mesa, o tempo todo a contar-me coisas do seu dia.
Voltámos para a piscina e não tive que o chamar a atenção nem uma única vez.
Aliás, estive atenta à aula da Carolina, coisa que já não acontecia há muito
tempo.
O mesmo aconteceu com a filha pequena que parecia estar a
morrer de saudades nossas. Deu-me um abraço forte, forte, como nunca o tinha
dado, quando m viu chegar à sala. Mas melhor do que isso, foi vê-la abraçar da
mesma forma o irmão e logo depois a irmã. Logo ela que é tão “bicho do mato” e
consegue bater primeiro que dar um beijo! Mas hoje estava assim, toda beijos e
abraços para todos. Os irmãos doidos com ela, felizes da vida com tanto mimo. Hoje
não tive só uma filha calminha e dois filhos pequeninos a fazer trinta por uma
linha. Hoje tive três filhos impecavelmente bem comportados e isso é digno de
nota.
Será que foi do fim-de-semana bom? Será que foi saudades
do fim-de-semana, de estarmos os cinco sem intervalo?
Há dias em que ter três filhos é muito fácil. Há dias em
que tudo corre tão bem que até dá medo e é por isso que hoje me apetece ficar
assim, suspensa a olhar para eles, tão bons, tão lindos, apenas a dormir. Há coisa
melhor?
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