Não temos grandes planos para as férias da Páscoa. A Carolina faz anos precisamente no fim-de-semana do meio e gosta sempre de fazer uma festa com as amiguinhas. Depois faz a minha mãe já no fim-de-semana da Páscoa e tornava-se difícil organizar assim uma coisa muito elaborada. Ainda ponderámos fazer uma viagem, mas os preços foram demasiado assustadores. Fico sempre com esta impressão que na altura da Páscoa tudo sobe de preço. Será mesmo assim, ou impressão minha? Bom, a verdade é que planos para esta pausa escolar só tenho um, enorme por sinal: não dar em doida com os três em casa, nem andar aos berros até eu própria ficar farta de mim. Hoje o dia foi incrivelmente calmo, porque a Matilde e o Francisco ainda ficaram na escola. O pré-escolar só inicia as férias na quarta e isso é uma grande ajuda. A algumas pessoas pode fazer confusão ficar em casa com uma e ir pôr os dois mais novos à escola, mas a verdade é que faz toda a diferença. Com os três em casa não consigo fazer rigorosamente nada e só com um, ainda para mais a Carolina, dá para fazer tudo. Enquanto trabalhei de manhã, ela fez parte dos trabalhos de casa e depois saímos para comprar as últimas coisas para a festa de sábado e almoçámos as duas. É incrivelmente diferente estarmos só com um filho de cada vez. Adoro ser mãe de três e confesso que há dias que penso como seria bom até ter mais um (mas depressa me passa!!!), mas estes momentos só com um filho (e já os tive inúmeras vezes com qualquer um dos três) sabem mesmo bem. Conversamos tanto, ouvimos tanto, estamos tão mais próximos. Faz mesmo, mesmo falta de vez em quando estarmos só com um! Eles ficam tão diferentes. E depois vem logo essa vontade de estar de novo com os irmãos.
Já com os três em casa, depois da escola, estivemos a abrir presentes de Natal. Sim, sim: de Natal. Cá em casa faço questão que os meus filhos desembrulhem todos os presentes de Natal, no Natal. Quero que vejam, que saibam quem deu e que agradeçam por isso. Mas depois não gosto que abram logo as caixas todas. Têm tempo. Prefiro que brinquem a sério com cada um dos brinquedos que recebem, do que abrir tudo, misturar peças e não tirar proveito nenhum. Por isso hoje, fui buscar algumas caixas que ainda estavam por abrir e parecia Natal outra vez!
Como tinha um jantar híper simples para fazer e com a sopa já pronta, fiquei a brincar com os três quase três horas no chão: a colar autocolantes, a montar kits de cenários, a brincar mesmo. Não tenho muito jeito para brincar, mas já fui criança e acho que não conta só dar brinquedos, há que mostrar-lhes como tirar proveito deles. Nem sempre tenho tempo para o fazer, mas fico sempre com a sensação que eles ficam muito mais calmos de cada vez que me deixo ficar ali, sem pressas no mundo deles! E depois, isso traduz-se na enorme recompensa de não haver birras à hora da refeição! E isso vale ouro...
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